Palavra do leitor
- 30 de junho de 2011
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"Porque a letra mata, mas o espírito vivifica"
Primeiramente é importante esclarecer que a segunda Epístola aos Coríntios não se trata de uma obra profundamente teológica, pois, na referida carta, o apóstolo Paulo dedicou-se principalmente a defender seu ministério contra as críticas de algumas pessoas que tentavam influenciar os cristãos coríntios a abandonarem os seus ensinamentos.
Merril Frederick Unger1 comenta que a referida Epístola "...É a mais pessoal e a menos doutrinária das epístolas paulinas, com exceção de Filemom...(...)...Paulo, atacado por críticos, apresenta uma grande defesa de sua vida e ministério nos capítulos 1-7...".
Desde o versículo 14, do capítulo 2, Paulo apresenta o caráter de seu ministério. Nos primeiros versículos do capítulo 3, Paulo salienta a desnecessidade de cartas de recomendação acerca de suas obras, porque os próprios irmãos coríntios deveriam ser estas cartas vivas. Para Unger2, "...O apóstolo achava pouco inteligente e desnecessário justificar-se ou elogiar-se por cartas de recomendação. A obra pessoal por Cristo deve ser uma credencial óbvia, e nossa melhor recomendação...".
No versículo 6, do capítulo 3, Paulo assevera que Deus havia lhe dado capacidade para ser ministro de um novo testamento, ou seja, de apresentar a nova aliança em Cristo, as boas novas do Evangelho, não baseado puramente na “letra da lei”, na antiga aliança, mas sim, com base na “espiritualidade da lei” que conduz a Cristo, “Porque bem sabemos que a lei é espiritual...” (Rm. 7.14a3) e “...nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl. 3.244).
Paulo não está desprezando a lei, pois ela cumpriu sua função de apontar o pecado e conduzir o pecador a Cristo, que cumpriu toda a lei em nosso lugar. Paulo disse aos Romanos: “...pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm. 3.20b5).
Lawrence O. Richards6 diz que “...Ao tratar o Antigo Testamento como letra, como palavra que pretende invocar o esforço próprio em vez da fé, a nação de Israel foi morta, em vez de ser vivificada. Mas agora, abordando as mesmas Escrituras no Espírito, o crente descobre que a lei aponta para Alguém que viria mais adiante, para Cristo, e invoca a completa confiança da graça de Deus que constitui a fé salvadora...”.
Muito embora não possamos afirmar que a expressão “espírito” se trata do Espírito Santo de Deus, pois no original grego a palavra “pneuma” sempre está escrita em letra minúscula, podemos ter certeza que toda obra espiritual procede de Deus, porque, como bem se manifesta Russell Norman Champlin7 a respeito, “...por toda a parte do N.T. fica subentendido que o princípio espiritual tem tal qualidade porque o Espírito Santo opera nos corações dos homens...”.
BIBLIOGRAFIA
1. UNGER, Merril Frederick. Manual Bíblico Unger, Reimpressão Revisada da 1.ª Edição, São Paulo, SP: Editora Vida Nova, 2008, p. 525.
2. Op. cit.: Nota 1, p. 527.
3. BÍBLIA SAGRADA, traduzida em português por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Corrigida, São Paulo, SP: Editora Vida, 1981, p. 1343.
4. Op. cit.: Nota 3, p. 1367.
5. Op. cit.: Nota 3, p. 1354.
6. RICHARDS, Lawrence O.. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, 1.ª Edição, Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2007, p. 369.
7. CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, 1.ª Edição, Volume 4, São Paulo, SP: Editora Hagnos, 2002, Reimpressão Fevereiro de 2005, p. 314.
Merril Frederick Unger1 comenta que a referida Epístola "...É a mais pessoal e a menos doutrinária das epístolas paulinas, com exceção de Filemom...(...)...Paulo, atacado por críticos, apresenta uma grande defesa de sua vida e ministério nos capítulos 1-7...".
Desde o versículo 14, do capítulo 2, Paulo apresenta o caráter de seu ministério. Nos primeiros versículos do capítulo 3, Paulo salienta a desnecessidade de cartas de recomendação acerca de suas obras, porque os próprios irmãos coríntios deveriam ser estas cartas vivas. Para Unger2, "...O apóstolo achava pouco inteligente e desnecessário justificar-se ou elogiar-se por cartas de recomendação. A obra pessoal por Cristo deve ser uma credencial óbvia, e nossa melhor recomendação...".
No versículo 6, do capítulo 3, Paulo assevera que Deus havia lhe dado capacidade para ser ministro de um novo testamento, ou seja, de apresentar a nova aliança em Cristo, as boas novas do Evangelho, não baseado puramente na “letra da lei”, na antiga aliança, mas sim, com base na “espiritualidade da lei” que conduz a Cristo, “Porque bem sabemos que a lei é espiritual...” (Rm. 7.14a3) e “...nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados por fé” (Gl. 3.244).
Paulo não está desprezando a lei, pois ela cumpriu sua função de apontar o pecado e conduzir o pecador a Cristo, que cumpriu toda a lei em nosso lugar. Paulo disse aos Romanos: “...pela lei vem o pleno conhecimento do pecado” (Rm. 3.20b5).
Lawrence O. Richards6 diz que “...Ao tratar o Antigo Testamento como letra, como palavra que pretende invocar o esforço próprio em vez da fé, a nação de Israel foi morta, em vez de ser vivificada. Mas agora, abordando as mesmas Escrituras no Espírito, o crente descobre que a lei aponta para Alguém que viria mais adiante, para Cristo, e invoca a completa confiança da graça de Deus que constitui a fé salvadora...”.
Muito embora não possamos afirmar que a expressão “espírito” se trata do Espírito Santo de Deus, pois no original grego a palavra “pneuma” sempre está escrita em letra minúscula, podemos ter certeza que toda obra espiritual procede de Deus, porque, como bem se manifesta Russell Norman Champlin7 a respeito, “...por toda a parte do N.T. fica subentendido que o princípio espiritual tem tal qualidade porque o Espírito Santo opera nos corações dos homens...”.
BIBLIOGRAFIA
1. UNGER, Merril Frederick. Manual Bíblico Unger, Reimpressão Revisada da 1.ª Edição, São Paulo, SP: Editora Vida Nova, 2008, p. 525.
2. Op. cit.: Nota 1, p. 527.
3. BÍBLIA SAGRADA, traduzida em português por João Ferreira de Almeida, Edição Revista e Corrigida, São Paulo, SP: Editora Vida, 1981, p. 1343.
4. Op. cit.: Nota 3, p. 1367.
5. Op. cit.: Nota 3, p. 1354.
6. RICHARDS, Lawrence O.. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento, 1.ª Edição, Rio de Janeiro, RJ: CPAD, 2007, p. 369.
7. CHAMPLIN, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo, 1.ª Edição, Volume 4, São Paulo, SP: Editora Hagnos, 2002, Reimpressão Fevereiro de 2005, p. 314.
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