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Palavra do leitor

Por uma eclesiologia libertadora

Existencialmente, experimentamos no mundo hoje um peso de natureza escatológica, vivemos em meio a muitas crises em todos os níveis e dimensões da sociedade. Há pouco tempo atrás, sofremos um pouco na pele as implicações de uma crise econômica mundial. Vimos, numa perspectiva macro, a relação entre países trincarem.

Podemos observar também, grandes empresas multinacionais, tendo que dispensar quantidades enormes de seu contingente trabalhista. Funcionários esses, chefes de casa e pais, tendo agora, que lidar com a falta de chão consistente para pisar, do ponto de vista econômico. E, são nessas condições, que muitas famílias se encontravam e ainda se encontram. Onde o desespero na figura da fome bate à porta, onde a decepção na pessoa do cobrador do aluguel da casa é iminente, onde a angústia ante as necessidades mais básicas de sua família o estupra emocional e psicologicamente. É justamente nessa realidade que a maioria das famílias de nossa nação se encontra.

Sim, é na condição do mais abjeto objeto, que muitas de nossas adolescentes se prostituem nas esquinas de nosso país. Por mais que não desejem, muitas de nossas crianças não têm outro destino a não ser, ser um problema social. Os relacionamentos experimentam o esfriamento do calor humano, que desemboca na banalização dos sentimentos quanto ao outro. Politicamente, quase em sua totalidade, não temos uma referência de integridade. A mesma, que era para ser a via pela qual possibilitaria qualidade de vida salutar para o povo, só tem olhos para seus desejos vaidosos e egoístas. A religião, que sempre se autodenominou detentora do Divino na terra, se propondo como única alternativa espiritual para o homem, se estabeleceu como anti-deus entre os mesmos. É em meio a esse contexto sócio-econômico-politico-relacional-espiritual conflituoso, trincado e desgastado que a igreja está plantada. A realidade é dura, porém, o convite é para não se dobrar ante as circunstancias. As escrituras são claras ao afirmarem que a igreja tem como vocação ser resposta de Deus a esta realidade. Porém, qual resposta a igreja tem dado a esta realidade? A igreja cumpre a missão do Pai na medida em que ela exerce sua vocação, de ser sal da terra e luz do mundo (Mt. 5. 13).

Gostaria ainda, de destacar dois exemplos de ação missionária equivocada. Em primeiro lugar, “os que buscam fazer missão por ganância, tendo como objetivo satisfazer seus interesses e desejos pessoais. Suas motivações são espúrias, são manchadas pelo egocentrismo. Buscam notoriedade entre os homens, fazem apenas, e tão somente, para serem encontrados na condição de homens diferenciados do 'contingente comum evangélico'”. O segundo grupo, “são os que de fato realizam a missão nutrindo motivações corretas, porém, se baseiam em suas próprias forças, se apóiam em seus próprios braços. Esperam mais de seus métodos, estratégias, sabedorias do que no agir criativo, potencializador e direcionador do Espírito Santo”.

As escrituras nos informam que a Igreja é a resposta de Deus a essa presente (des)-ordem do mundo, ela é a resposta de Deus a este caos, ao sofrimento, a relativização e banalização das relações sujeito-sujeito, ela é resposta a uma economia falida e a uma política ineficaz. Também, resposta a falta de consciência na sociedade da proposta de Deus quanto ao nosso papel de sermos mordomos do Planeta. Devemos buscar em Deus propor um modelo bíblico para a ação da igreja. Uma proposta eclesiológica mais contextualizada, teologicamente mais bíblica, sensata e profunda; mais santa, menos legalista, que possui uma proposta sadia de comportamento cristão, não uma proposta comportamentalista de controle; culturalmente ativa e criativa; politicamente efetiva e íntegra; do ponto de vista relacional sadia, humilde e amorosa.

Precisamos de forma equilibrada pensar e repensar, buscando construir algo da parte de Deus ainda que haja necessidades de desconstruções, na busca de sermos vanguarda do Reino de Deus na Terra.
Paracambi - RJ
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