Palavra do leitor
- 10 de março de 2011
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Por que os pastores estão perdendo o encanto pela Igreja?
Cresce o número de líderes espirituais no meio cristão (evangélico) que estão abandonando suas funções em troca de atividades seculares. Alguns devido a deslizes morais, outros por não suportarem as pressões naturais ao ministério, outros ainda devido a perda do encanto pela vocação. O que está havendo?
O ministério pastoral está em crise à muito tempo, mas os números estão apontando para uma epidemia. Fala-se em 1.500 pastores abandonando suas funções ou partindo para o tempo parcial mensalmente, nos Estados Unidos. No Brasil ainda não temos números precisos, mas há quem arrisque: para cada igreja aberta existem outras tantas fechando ou perdendo seus pastores para o mercado de trabalho.
Conversando com amigos e colegas de ministério, vejo uma certa polarização. Alguns perderam completamente o encanto, aquele “brilho nos olhos” que faz com que a gente os siga e apóie em seus projetos e sonhos. Por outro lado conheço muitos que estão mais apaixonados por Jesus; e quanto mais o tempo passa, mas se doam, sem reservas, à Noiva de Cristo. Por quê?
Arrisco alguns palpites:
Primeiramente, a influência da mídia no modelo de ministério. Pastores endinheirados, com performances extraordinárias, escritores profícuos e excelentes capitalistas, dirigindo suas mega igrejas ou super-cruzadas, com produções high-tech, aprisionando na telinha um número cada vez maior de ovelhas que deveriam estar congregando, evangelizando e ajudando a sustentar seus pastores e não os tais “shows da fé”.
Em segundo lugar, a falta de preparo para o ministério. Movidos por avareza (perdoe-me a franqueza) muitos jovens talentosos, conhecendo o que expus acima, aventuram-se atrás de fama, reconhecimento e, por que não dizer, fortuna. Lamentável para quem pretende ser seguidor de Cristo. Mas os “modelos” estão aí, na telinha, na internet. Modelos desfigurados, “mundanizados”, secularizados, adoecidos.
Vejo também a sutil infiltração de conceitos de auto-ajuda na prática ministerial, tanto no púlpito como no aconselhamento. Lamentavelmente, pastores que outrora ministravam a Palavra, conforme ordem bíblica, hoje se especializaram em terapia (conheço muitos) e deixaram de acreditar na eficácia do evangelho puro e simples. A cruz já não é central. Não se fala em depravação total, arrependimento, graça, perseverança, etc. Logo, os resultados são poucos e de má qualidade.
Há também os que, decepcionados com ovelhas (pastores de verdade não tem este direito) deixaram a mágoa penetrar suas reservas emocionais. Às vezes mal casados e até mal resolvidos pessoalmente, sucumbem às rotas de fuga, havendo alguns que se perdem nos vícios, na pornografia e acabam vivendo uma vida dupla, perdendo a unção e o prazer em Deus.
Creio, porém, que ainda há muitos que estão encantados, deslumbrados, boquiabertos, espantados (no bom sentido) com a Noiva de Cristo. Conhecem Jesus, o Noivo Lindo e Radiante, e estão preparando para Ele, uma Noiva igualmente Linda e Deslumbrante. A estes relembro as palavras de Paulo: “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho que o Espírito Santo entregou aos seus cuidados, como pastores da Igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do seu próprio Filho” (Atos 20:28). Ou seja, vão em frente, perseverem, a vocação de vocês não é deste mundo. Não há na sociedade atual um substituto para o pastor. Mantenham sua intimidade com Jesus em crescente ascensão . Nada os tirará no caminho, exceto vocês mesmos. “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1 Co 10:13).
Seja fiel, e Deus, em sua fidelidade, te renovará.
O ministério pastoral está em crise à muito tempo, mas os números estão apontando para uma epidemia. Fala-se em 1.500 pastores abandonando suas funções ou partindo para o tempo parcial mensalmente, nos Estados Unidos. No Brasil ainda não temos números precisos, mas há quem arrisque: para cada igreja aberta existem outras tantas fechando ou perdendo seus pastores para o mercado de trabalho.
Conversando com amigos e colegas de ministério, vejo uma certa polarização. Alguns perderam completamente o encanto, aquele “brilho nos olhos” que faz com que a gente os siga e apóie em seus projetos e sonhos. Por outro lado conheço muitos que estão mais apaixonados por Jesus; e quanto mais o tempo passa, mas se doam, sem reservas, à Noiva de Cristo. Por quê?
Arrisco alguns palpites:
Primeiramente, a influência da mídia no modelo de ministério. Pastores endinheirados, com performances extraordinárias, escritores profícuos e excelentes capitalistas, dirigindo suas mega igrejas ou super-cruzadas, com produções high-tech, aprisionando na telinha um número cada vez maior de ovelhas que deveriam estar congregando, evangelizando e ajudando a sustentar seus pastores e não os tais “shows da fé”.
Em segundo lugar, a falta de preparo para o ministério. Movidos por avareza (perdoe-me a franqueza) muitos jovens talentosos, conhecendo o que expus acima, aventuram-se atrás de fama, reconhecimento e, por que não dizer, fortuna. Lamentável para quem pretende ser seguidor de Cristo. Mas os “modelos” estão aí, na telinha, na internet. Modelos desfigurados, “mundanizados”, secularizados, adoecidos.
Vejo também a sutil infiltração de conceitos de auto-ajuda na prática ministerial, tanto no púlpito como no aconselhamento. Lamentavelmente, pastores que outrora ministravam a Palavra, conforme ordem bíblica, hoje se especializaram em terapia (conheço muitos) e deixaram de acreditar na eficácia do evangelho puro e simples. A cruz já não é central. Não se fala em depravação total, arrependimento, graça, perseverança, etc. Logo, os resultados são poucos e de má qualidade.
Há também os que, decepcionados com ovelhas (pastores de verdade não tem este direito) deixaram a mágoa penetrar suas reservas emocionais. Às vezes mal casados e até mal resolvidos pessoalmente, sucumbem às rotas de fuga, havendo alguns que se perdem nos vícios, na pornografia e acabam vivendo uma vida dupla, perdendo a unção e o prazer em Deus.
Creio, porém, que ainda há muitos que estão encantados, deslumbrados, boquiabertos, espantados (no bom sentido) com a Noiva de Cristo. Conhecem Jesus, o Noivo Lindo e Radiante, e estão preparando para Ele, uma Noiva igualmente Linda e Deslumbrante. A estes relembro as palavras de Paulo: “Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho que o Espírito Santo entregou aos seus cuidados, como pastores da Igreja de Deus, que ele comprou por meio do sangue do seu próprio Filho” (Atos 20:28). Ou seja, vão em frente, perseverem, a vocação de vocês não é deste mundo. Não há na sociedade atual um substituto para o pastor. Mantenham sua intimidade com Jesus em crescente ascensão . Nada os tirará no caminho, exceto vocês mesmos. “Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar” (1 Co 10:13).
Seja fiel, e Deus, em sua fidelidade, te renovará.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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