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Palavra do leitor

Por que o Natal?

A pergunta é procedente! Mas a resposta tem várias versões, várias motivações, várias descrições, várias celebrações, várias colorações religiosas.

Para alguns, e são tantos, a data é para que a família se reúna e festeje, na passagem do dia 24 para o dia 25 de dezembro, a própria reunião em si; filhos que moram em outros locais, pais que viajam muito, mães que estão sempre trabalhando, outros familiares, de longe, que se veem apenas uma vez por ano, no Natal.

Para outro tanto, e talvez seja a maioria, a data é dedicada a presentear, trocar presentes entre os parentes, e, muitas vezes, entre os colegas de trabalho, colegas de estudo, no célebre amigo oculto (ou amigo secreto); mas quase que não se fala a respeito da razão desse intercâmbio de pacotes multicoloridos.

Também, para muitos, é época de "comes e bebes", quando mais se bebe do que se come; e no dia seguinte há grandes ressacas, dores de cabeças, enxaquecas, fraqueza, problemas gastrointestinais!...

Mas, pelo menos nos grandes centros, é "feriadão", fim de semana prolongado, quando multidões se dirigem às praias ou casas de campo: descansar (...) cansando-se de outra maneira [horas e horas nas estradas congestionadas].

A verdade é que, como já temos dito há vários anos, esse é o dia em que o aniversariante é o menos lembrado no seu próprio dia, ou sequer é convidado para a festa que é sua.

A melhor definição, para a data natalícia de Jesus, a encontramos na palavra do anjo que anunciou o Seu nascimento:

"Eis aqui vos trago boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o SALVADOR, que é Cristo, o Senhor (Lc 2. 10-11).

Jesus já nasceu, já veio ao mundo, através de uma mulher santa que Deus escolheu para ser sua mãe, Maria, com a sua missão definida, conforme Deus profetizou através de homens santos [profetas].

E, temos dito também a cada vez que o assunto é levantado, sempre que a pergunta é feita por outrem:

- Ele não se tornou Salvador porque nasceu de uma virgem;

- Ele não se tornou Salvador porque nasceu em um estábulo;

- Ele não se tornou Salvador porque todos afluíram para conhecê-lo, na manjedoura, entre os quais pastores e magos do oriente;

- Ele não se tornou Salvador porque José e Maria, avisados pelo anjo, foram para o Egito para que não fosse Jesus morto juntamente com todas as crianças menores de dois anos;

- Ele não se tornou Salvador porque mais tarde se reuniu no Templo, aos 12 anos de idade, para discutir com os doutores da lei, os quais ficaram estupefatos com a sua sabedoria e o seu profundo conhecimento;

- Ele não se tornou Salvador porque iniciou seu Ministério aos 30 anos, fazendo milagres e maravilhas, isso após ter jejuado 40 dias e noites no deserto, tendo se livrado das tentações de satanás, ao respondê-lo sempre com a Palavra de Deus;

- Ele não se tornou Salvador porque reuniu um grupo de 12 homens [depois 70], seus discípulos, que mais tarde se tornaram seus continuadores na obra salvífica que Ele personificou;

Ele nasceu Salvador porque morreu em uma cruz, Ele nasceu Salvador porque, no 3º dia, ressuscitou dentre os mortos e ainda permaneceu neste mundo por mais alguns dias fazendo sinais e maravilhas. Foram a morte e ulterior ressurreição que o marcaram como Salvador, e não os fatos anteriores.

Se Ele não morresse e, logo em seguida, não ressuscitasse seria vã a nossa fé; estaríamos adorando um "deus" morto [como os outros credos] e a sua missão de salvação, de curas, de libertação dos possuídos de demônios, sua obra de tantos sinais e maravilhas, nada mais teria sido senão uma ilusão, uma esperança inútil.

Mas Ele está vivo [à direita do Pai], continua fazendo os sinais que confirmam a pregação dos seus seguidores (Mc 16. 20); seguidores, entre os quais estamos todos nós, que O recebemos, no coração, como nosso único e suficiente Salvador e Senhor.

Mas a história ainda não acabou: Ele voltará nos ares, entre nuvens, para buscar os que são seus [arrebatamento]; e, tempos depois, voltará conosco [2ª vinda] para reinar sobre as Nações, a partir de Jerusalém; isso depois de derrotar o anticristo com o sopro de sua boca.

Essa é a razão, esse é o porquê do Natal: a celebração da “boa nova de grande alegria, que o será para todo o povo”, conforme anunciou o anjo; sendo que ainda falta muita gente para ser alcançada, para que, ao terminar o tempo dos gentios [povos não judeus], o Senhor Jesus volte para os seus [os judeus], com os quais reinará sobre todos os povos, juntamente com a Igreja arrebatada, que volta com Ele.

Para a humanidade, esse será o único e verdadeiro tempo de paz, tempo impar de harmonia, tempo exclusivo de unidade dos Seus, tempo de ausência de perigos, quando as crianças brincarão com animais (Is 11. 1-8), os quais, nos dias de hoje, são feras perigosas.

Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!
São Paulo - SP
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