Palavra do leitor
- 30 de janeiro de 2009
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Por que o mar está revolto?
"Todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim." Jonas 2:3b
Sempre tive convicção de que Deus nunca se engana. E também sempre acreditei que o lugar mais seguro para se estar é no centro da vontade do Senhor. Essas certezas me levaram a orar, diversas vezes, pedindo a Ele a direção em momentos importantes da minha vida, quando eu desejava não errar. A última vez que fiz isso foi há uns seis meses. E o Senhor me respondeu, dando-me um norte que considerei extremamente antipático. O caminho que Deus apontou para que eu chegasse ao meu destino e atingisse meu alvo foi, no meu ponto de vista, longo e árduo demais.
Eu argumentei. Vinha argumentando, até hoje, tentando levar o Senhor a ponderar comigo que há alternativas para alcançar o mesmo objetivo. Vinha tentando lembrar a Deus de que ele é Deus e, como tal, pode todas as coisas, inclusive facilitar a minha vida, tornando mais agradável o percurso até o lugar onde Ele deseja que eu esteja. Mas eu não O estava sensibilizando. E, na minha alma, latejava uma pergunta sem resposta, baseada no meu próprio senso de justiça: “Como é que Deus pode exigir isso de mim, ainda, considerando todo o tempo pelo qual tenho esperado e tudo pelo que tenho passado, por conta desse alvo que nem fui eu quem estabeleceu?” Foi nesse momento que me peguei pensando em Jonas.
Jonas recebeu uma ordem clara de Deus: ir à cidade de Nínive e profetizar contra o seu povo, porque a maldade daquela gente havia despertado a ira do Senhor. Mas Jonas decidiu fugir da presença de Deus, já pensando que de nada adiantaria anunciar a mão pesada do Senhor sobre aquele povo, exatamente pelo fato de Ele poder acabar se compadecendo daquela gente. Então, Deus fez vir sobre o mar uma tempestade fortíssima. Só depois que Jonas foi jogado na água, a tormenta cessou. E Jonas ainda acabou engolido por um peixe enviado pelo Senhor. Somente após passar um grande aperto no ventre daquele peixe, Jonas resolveu ir à Nínive para dar o “recado” para o qual fora designado. E o povo se converteu das suas maldades, e Deus voltou atrás no castigo que lhes preparara. Foi quando Jonas se indignou com o Senhor, considerando ter sido enviado à Nínive à toa, e novamente acabou disciplinado por Deus, sob o sol escaldante, do lado de fora da cidade.
Fugir de quem nos incomoda é uma atitude automática, eu diria. Evitamos as pessoas chatas, as inconvenientes, as que, na nossa opinião, dizem ou fazem o que não devem. Jonas julgou que Deus estiva sendo inconveniente, quando o mandou à Nínive, especialmente porque sabia que Ele teria misericórdia do povo. Eu também achei muito inconveniente, da parte do Senhor, mandar-me trilhar um caminho difícil até meu destino. Mas nem Jonas, nem eu pensamos na conseqüência de seguir uma direção distinta da direção de Deus: a tempestade, que coloca em risco também os outros que estão no nosso barco.
Todos aqueles que estão ligados a nós sofrem com os nossos erros. A tormenta que vem com a nossa desobediência sacoleja a embarcação em que eles, inocentes, também estão. E nós não podemos culpá-los de nos jogar para fora do barco, se isto for necessário. Mais, ainda: não podemos esperar que, quando isso acontecer, será mais confortável e seguro para nós estar à deriva, por mais que a calmaria venha em seguida. Na água, podemos até saber nadar, mas não seremos mais ágeis que os naturais habitantes do oceano. É quase certo que o pior aconteça e, se não for a misericórdia de Deus, que esteve com Jonas no “fundo do abismo”, não vamos acabar em terra seca, mas, sim, “digeridos” no “estômago de um grande peixe”.
Os desígnios de Deus podem parecer antipáticos ou inconvenientes, às vezes. Mas isso é só uma impressão. Segundo a Palavra da Verdade, a vontade do Senhor é boa, perfeita e agradável. Por mais difícil que possa ser acreditar nisso, em determinados momentos, não duvidar pode manter-nos a salvo.
Sempre tive convicção de que Deus nunca se engana. E também sempre acreditei que o lugar mais seguro para se estar é no centro da vontade do Senhor. Essas certezas me levaram a orar, diversas vezes, pedindo a Ele a direção em momentos importantes da minha vida, quando eu desejava não errar. A última vez que fiz isso foi há uns seis meses. E o Senhor me respondeu, dando-me um norte que considerei extremamente antipático. O caminho que Deus apontou para que eu chegasse ao meu destino e atingisse meu alvo foi, no meu ponto de vista, longo e árduo demais.
Eu argumentei. Vinha argumentando, até hoje, tentando levar o Senhor a ponderar comigo que há alternativas para alcançar o mesmo objetivo. Vinha tentando lembrar a Deus de que ele é Deus e, como tal, pode todas as coisas, inclusive facilitar a minha vida, tornando mais agradável o percurso até o lugar onde Ele deseja que eu esteja. Mas eu não O estava sensibilizando. E, na minha alma, latejava uma pergunta sem resposta, baseada no meu próprio senso de justiça: “Como é que Deus pode exigir isso de mim, ainda, considerando todo o tempo pelo qual tenho esperado e tudo pelo que tenho passado, por conta desse alvo que nem fui eu quem estabeleceu?” Foi nesse momento que me peguei pensando em Jonas.
Jonas recebeu uma ordem clara de Deus: ir à cidade de Nínive e profetizar contra o seu povo, porque a maldade daquela gente havia despertado a ira do Senhor. Mas Jonas decidiu fugir da presença de Deus, já pensando que de nada adiantaria anunciar a mão pesada do Senhor sobre aquele povo, exatamente pelo fato de Ele poder acabar se compadecendo daquela gente. Então, Deus fez vir sobre o mar uma tempestade fortíssima. Só depois que Jonas foi jogado na água, a tormenta cessou. E Jonas ainda acabou engolido por um peixe enviado pelo Senhor. Somente após passar um grande aperto no ventre daquele peixe, Jonas resolveu ir à Nínive para dar o “recado” para o qual fora designado. E o povo se converteu das suas maldades, e Deus voltou atrás no castigo que lhes preparara. Foi quando Jonas se indignou com o Senhor, considerando ter sido enviado à Nínive à toa, e novamente acabou disciplinado por Deus, sob o sol escaldante, do lado de fora da cidade.
Fugir de quem nos incomoda é uma atitude automática, eu diria. Evitamos as pessoas chatas, as inconvenientes, as que, na nossa opinião, dizem ou fazem o que não devem. Jonas julgou que Deus estiva sendo inconveniente, quando o mandou à Nínive, especialmente porque sabia que Ele teria misericórdia do povo. Eu também achei muito inconveniente, da parte do Senhor, mandar-me trilhar um caminho difícil até meu destino. Mas nem Jonas, nem eu pensamos na conseqüência de seguir uma direção distinta da direção de Deus: a tempestade, que coloca em risco também os outros que estão no nosso barco.
Todos aqueles que estão ligados a nós sofrem com os nossos erros. A tormenta que vem com a nossa desobediência sacoleja a embarcação em que eles, inocentes, também estão. E nós não podemos culpá-los de nos jogar para fora do barco, se isto for necessário. Mais, ainda: não podemos esperar que, quando isso acontecer, será mais confortável e seguro para nós estar à deriva, por mais que a calmaria venha em seguida. Na água, podemos até saber nadar, mas não seremos mais ágeis que os naturais habitantes do oceano. É quase certo que o pior aconteça e, se não for a misericórdia de Deus, que esteve com Jonas no “fundo do abismo”, não vamos acabar em terra seca, mas, sim, “digeridos” no “estômago de um grande peixe”.
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