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Palavra do leitor

Por quê?

Vez ou outra, perguntas me são feitas a respeito do meu modo de expressar em vídeos, gravados há 5 anos, ou no interagir em reuniões e nas redes sociais:

• Por que falar vagarosamente?

• Por que não abreviar palavras [vdd, td, pq, qd, nd, ñ e outras]?

• Por que não usar figurinhas?

Creio que os esclarecimentos, que já apresentei, atendem os questionamentos acima enunciados.

1. Reflito no que pronuncio para NADA dizer fora do contexto da Palavra de Deus; tenho sempre presente nas minhas reflexões três textos bíblicos bem claros a respeito:

"Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque no além, para onde tu vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma" (Ec. 9. 10);

"Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens, cientes que recebereis do Senhor a recompensa da herança" (Cl 3.23-24a).

"Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra cousa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus" (1Co 10.31).

Em texto anterior afirmei: "ao pensarmos em fazer alguma coisa, devemos refletir e, se concluirmos que não glorifica a Deus, é melhor abandonar a ideia."

Não podemos cair no "lugar comum" das ofensas, da gratuita agressão verbal aos supostos discordantes; atitude essa considerada "obra da carne" pela Palavra de Deus (Gl 5.19-21).

2. Medito antes de dizer algo, também, para não cometer erros gramaticais; luto para que a beleza da nossa Língua Portuguesa não caia em desuso ao substituir, por exemplo, palavras por desenhos.

Amo a língua portuguesa a partir de um "zero" em prova oral (sempre fui tímido) à frente de toda a classe, em agosto/1953, na primeira série do, então, Curso Ginasial.

Li, em 1976: "Que se vai propor, no futuro, no lugar da palavra? A escrita se fará por ideogramas?" (Casa do meu avô – p.133).

Não deu outra!

Retornando à Palavra de Deus, bússola dos meus procedimentos [sol a sol], ela vem vagarosa, mas firmemente, sendo alvo de zombaria, escárnio, descrédito ["isso é estória da carochinha" – ouvi tal coisa em 1983].

Desmente-se, sutil e propositadamente, o nosso Deus e Pai – o que não é novo, já aconteceu na época do "Dilúvio" - debocharam de quem acreditou na orientação do nosso Deus Criador e Pai cuidador - não conseguiram, todavia, deter as águas que cobriram a terra, afogaram seus habitantes, tudo o mais que havia sucumbiu, exceto quem creu e obedeceu a Deus; Noé construiu a Arca e nela se protegeu com seus familiares e animais de todas as espécies.

É célere o caminhar da humanidade para o que, biblicamente, é chamado de "Tempo do Fim"; neste nosso momento, que o Senhor Jesus designou de o "Princípio das Dores" (Mt 24.8), os sinais já se expõem, se mostram bastante perceptíveis, inteligíveis.

"Sabe, porém, isto: nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o Poder. Foge também destes" (2Tm 3.1-5).

Recomenda-nos a Palavra de Deus: "Mas, agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com esse tal, nem ainda comais" (1Co 5.11).

Entre outros motivos de nossa atenção, temos que ter cuidado com a língua, a qual a Palavra de Deus diz ser fogo: "Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade (...) e contamina o corpo inteiro..." (Tg 3.6).

Paulo recomendou a seu discípulo, Timóteo, pregar "seja ou não oportuno" (ARA), "a tempo e fora de tempo" (ARC), mas instruiu que deve ser com "longanimidade [paciência diante dos problemas] e doutrina".

Retorno, assim, a mencionar o que a Palavra de Deus denomina de "Fruto do Espírito" e elenca nove características desse fruto:

"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas cousas não há lei" (Gl 5.22-23).

Concluindo, como já afirmei anteriormente: "se não há mansidão e domínio próprio não há como se vivenciar amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, pois o fruto tem características não excludentes, as quais formam um todo indivisível".

Não há, também, que se falar "esse é o meu jeito, esse é o meu temperamento" pois "quem está em Cristo é nova criatura, as cousas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo" (2Co 5.17) – nossos "jeitos" são coisas do passado!

Por quê? Porque temos que ter o jeito do Senhor Jesus "esquecendo-nos das cousas que para trás ficam (...) prosseguindo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Fl 3.14).
São Paulo - SP
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