Por qual motivo não negar o Deus dos cristãos

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Por qual motivo não negar o Deus dos cristãos



‘’A geração da informação ainda não encontrou o caminho para o ouvir.’’


Se observarmos para as páginas da história da humanidade, há um convite inquestionável para baixar a guarda e, expressamente, aderir – se a uma vida desprovida do horizonte do porvir.

Em outras palavras, abrir mão de um novo céu e numa nova terra, do Reino de Deus e aceita, enfim, as regras do jogo.

Ora, afinal de contas, as guerras cessaram (sejam de origem étnica, política, econômica, religiosa e sei lá quais outras desculpas esfarrapadíssimas)?

Vou adiante, mesmo diante das conquistas inegáveis do homem, por meio da tecnologia e ciência, conseguimos diminuir as disparidades, entre incluídos e miseráveis?

Quão estranho, para não dizer hilário e triste, conseguimos nos conectar com alguém, noutro lado do mundo, e não conseguimos construir pontes de diálogo, de tolerância, de ouvir e compreender a pessoa, ao nosso lado.

Não por menos, tanto nas consideradas nações de primeiro mundo quanto como de terceiro mundo, o preconceito, a xenofobia, a discriminação, os casos de linxamento, os marginalizados na mendicância não passam e perpassam, bem a nossa frente, todos os dias?

Lastimavemente, estamos diante de um cenário órfão de uma esperança, ao qual nos faça ir a direção da vida, do próximo e de um sentido profundo. A cada dia, deparo - me com o endeusamento da imagem, com a prevalência de uma mentalidade consumista, com a aceitação de uma cultura coisificadora (ou seja, tratamo – nos como objetivos descartáveis), com uma ética utilitária e só.

Se há o decantado Reino, fica a cada um escolher crer ou não. Nessa linha de colocações, não sei quanto a você, mas, as vezes, me vejo, diante do espelho, com muitas indagações sobre o por qual motivo não negar a Cruz de Cristo?

Aliás, não somos rodeados por essas perguntas, principalmente pelos opositores do evangelho de Cristo? É bem verdade, devo reconhecer, caso fossemos medir o evangelho, por meio de templos, estaríamos numa boa situação.

Agora, noutro lado do rio, encontramos uma espiritualidade subjetivista, submetida a uma interpretação de cada um. Eis alguns fragmentos de um cenário, muito embora com tantas peculiaridades, lá no fundo, não carecemos de um ponto de equilíbrio?

Evidentemente, partir de pressuposto de o evangelho ser o antídoto para as consequências assumidas pelos homens, sem sombra de duvida, constitui – se numa posição inocente e incoerente.

Por mais que muitos relutem, mormente toda essa cacofonia de nossa vida cotidiana, a trajetória do Carpinteiro – Rabino nos chama para correr os riscos, romper com os vitrais e os murais de uma cristandade recuada, acostumada aos guetos de seus ritualismos e suas liturgias, enquanto isso, tudo no considerado lado externo, cabe ao Criador dá um jeito.

Faz – se observar, a Cruz de Cristo nos chama para ir a direção da vida, em cada ato de nascimento e morte, de partilhar as emoções, de trabalhar pelas mudanças, de partir para os recomeços, de trilhar pelos momentos de dúvida e não conceber isso como uma forma de descrença, de conceber a fé ancorada na Graça que nos torna livres e responsáveis.

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Opinião do leitor