Palavra do leitor
- 17 de junho de 2009
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Ponto de equilíbrio
"algo
nada
na imensidão da sala
um vácuo
restolhos, lágrimas
petrificados
em sonhos efêmeros,
emaranhados de risos
disfarces, conveniências e futilidades;
uma mão
a raça pouca vale,
a lápide não tem olhos,
a mesa inerte;
as paredes acinzentadas,
o chão de verniz,
espelho de mártires,
alaridos de anônimos;
ora,
o que fui?
ateu?, messiânico?,transcendental?, dialético?;
de nada servirá,
senão o novelo na alma,
da vida ou desse piscar de olhos?"
(trecho da poesia - dilema)
O filósofo Shopenhauer enfatizou, em letras garrafais, que é mais fácil pregar a moral do que fundamentá-la.
Parafraseando-o, lanço a concernente afirmação em tela: ''é mais fácil pregar princípios de vida do que torná-la numa prática constante e efetiva nas agendas e pautas de cada dia.
Ora, pode surgir, no desfiar de tais colocações, qual a conexão dessas alusões com a temática ''Ponto de Equilíbrio''?
Sem hesitar, as fronteiras no tocante a responder respectiva interpelação de maneira sumária e pontuada são muitas.
Mesmo assim, vou dar uma de contumaz ou obstinado e procurar abrir caminhos a efeito de firmar pormenorizadas considerações.
Para isso, faz-se mister observarmos os rumos assumidos por nossa sociedade.
Vale dizer, em virtude do fato contundente de nunca ter havido tamanha fartura de discursos voltados ao equilíbrio, a sustentabilidade, a estabilidade, a harmonia transitando no âmbito da economia, da educação, da ciência, da política, da religião e etceres.
Agora, na crua e nua realidade, encontramos outro contexto.
As ações e estratégias adotadas pelos governos, pelas organizações não governamentais, pelas instiutições públicas e demais interlocutores e veículos de representanção das aspirações e dos anseios da sociedade (caso das igrejas, universidades, associações, movimentos de defesa dos direitos e garantais das tidas minorias e por ai vai) parecem desfechar ou resultar em consequências, cujos impactos são tímidos e pífios.
Neste ínterim, os jornais disseminam um undo órfão de um ponto de equilíbrio.
A devastação do meio-ambiente. O despeito e desrespeito as minorias étnicas. A violência alastrada em todas as esferas sociais. Os sinais flamejamente de um Estado de anomia e os bolsões de miseráveis incrustados nas metrópoles. A revivescência de focos de xenofobismo na europa secularizada. O soerguer de muros acentuando os díspares entre povos (judeus e palestinos, apenas para citar).
Além de outros mosaicos que enxovalham a humanidade!
Lastimavelmente, ainda não amadurecemos numa prática consistente em direção a princípios e lastros éticos.
Não por menos, trilhamos por uma panorâmica social e cultural a léguas de distância da franqueza, solidariedade e da responsabilidade ao próximo, ao mundo em que somos partícipes e habitantes.
A situação ganha foro de hemorragia crônica, quando folheamos as páginas de uma contemporaneidade despida de utopia.
Deveras, tornamo-nos especialistas de tudo e olvidamo-nos ou nos esquecemos de encararmos a vida com mais simplicidade e transparência.
Enquanto não assumirmos a responsabilidade e o dever por construirmos ideais de uma felicidade amoldada ao desvelo e a dignidade, as nossas articulações permaneceram no conformismo.
E isto, tão somente, poderá ocorrer mediante uma Igreja centrada na naquele que torna todas as coisas antagônica em equilíbrio. Ou seja, o Mediador Supremo, Cristo Jesus, conforme vem elencado em Colossenses 1. 15 a 19. Sem ufanias messiânicas e sim embevecido por uma decisão de partilhar e disseminar a vida.
nada
na imensidão da sala
um vácuo
restolhos, lágrimas
petrificados
em sonhos efêmeros,
emaranhados de risos
disfarces, conveniências e futilidades;
uma mão
a raça pouca vale,
a lápide não tem olhos,
a mesa inerte;
as paredes acinzentadas,
o chão de verniz,
espelho de mártires,
alaridos de anônimos;
ora,
o que fui?
ateu?, messiânico?,transcendental?, dialético?;
de nada servirá,
senão o novelo na alma,
da vida ou desse piscar de olhos?"
(trecho da poesia - dilema)
O filósofo Shopenhauer enfatizou, em letras garrafais, que é mais fácil pregar a moral do que fundamentá-la.
Parafraseando-o, lanço a concernente afirmação em tela: ''é mais fácil pregar princípios de vida do que torná-la numa prática constante e efetiva nas agendas e pautas de cada dia.
Ora, pode surgir, no desfiar de tais colocações, qual a conexão dessas alusões com a temática ''Ponto de Equilíbrio''?
Sem hesitar, as fronteiras no tocante a responder respectiva interpelação de maneira sumária e pontuada são muitas.
Mesmo assim, vou dar uma de contumaz ou obstinado e procurar abrir caminhos a efeito de firmar pormenorizadas considerações.
Para isso, faz-se mister observarmos os rumos assumidos por nossa sociedade.
Vale dizer, em virtude do fato contundente de nunca ter havido tamanha fartura de discursos voltados ao equilíbrio, a sustentabilidade, a estabilidade, a harmonia transitando no âmbito da economia, da educação, da ciência, da política, da religião e etceres.
Agora, na crua e nua realidade, encontramos outro contexto.
As ações e estratégias adotadas pelos governos, pelas organizações não governamentais, pelas instiutições públicas e demais interlocutores e veículos de representanção das aspirações e dos anseios da sociedade (caso das igrejas, universidades, associações, movimentos de defesa dos direitos e garantais das tidas minorias e por ai vai) parecem desfechar ou resultar em consequências, cujos impactos são tímidos e pífios.
Neste ínterim, os jornais disseminam um undo órfão de um ponto de equilíbrio.
A devastação do meio-ambiente. O despeito e desrespeito as minorias étnicas. A violência alastrada em todas as esferas sociais. Os sinais flamejamente de um Estado de anomia e os bolsões de miseráveis incrustados nas metrópoles. A revivescência de focos de xenofobismo na europa secularizada. O soerguer de muros acentuando os díspares entre povos (judeus e palestinos, apenas para citar).
Além de outros mosaicos que enxovalham a humanidade!
Lastimavelmente, ainda não amadurecemos numa prática consistente em direção a princípios e lastros éticos.
Não por menos, trilhamos por uma panorâmica social e cultural a léguas de distância da franqueza, solidariedade e da responsabilidade ao próximo, ao mundo em que somos partícipes e habitantes.
A situação ganha foro de hemorragia crônica, quando folheamos as páginas de uma contemporaneidade despida de utopia.
Deveras, tornamo-nos especialistas de tudo e olvidamo-nos ou nos esquecemos de encararmos a vida com mais simplicidade e transparência.
Enquanto não assumirmos a responsabilidade e o dever por construirmos ideais de uma felicidade amoldada ao desvelo e a dignidade, as nossas articulações permaneceram no conformismo.
E isto, tão somente, poderá ocorrer mediante uma Igreja centrada na naquele que torna todas as coisas antagônica em equilíbrio. Ou seja, o Mediador Supremo, Cristo Jesus, conforme vem elencado em Colossenses 1. 15 a 19. Sem ufanias messiânicas e sim embevecido por uma decisão de partilhar e disseminar a vida.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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