Palavra do leitor
- 23 de abril de 2009
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Política se discute?
Um dos livros pouco explorados no Antigo Testamento é Juízes. O texto relata o período que vai da morte de Josué (sucessor de Moisés) até a unção de Saul como o primeiro rei de Israel.
Neste período Israel não era organizado politicamente nem socialmente como nação. Viviam como tribos que cultivavam a terra e criavam rebanhos. Juízes relata acontecimentos envolvendo o povo de Israel durante um período em que eles ainda não eram uma monarquia.
A autoridade dos juízes, na maioria das vezes, limitou-se a áreas específicas. Eles não foram reis, mas, heróis locais que livraram porções do território de Israel dos seus opressores estrangeiros. Um famoso Juíz em Israel foi Gideão. Sua trajetória ficou marcada por sua recusa ao oferecimento de ser rei em Israel.
Eram tempos difíceis, de muito conflito, guerras e morte. Se Gideão repeliu o desejo do povo de fazê-lo rei, o mesmo não aconteceu com seu filho ilegítimo Abimeleque. Para isso, ele encomendou a morte de todos os demais descendentes de Gideão que poderiam representar alguma ameaça aos seus planos. De um total de setenta, apenas Jotão conseguiu escapar da chacina. Abimeleque não pode ser considerado o primeiro rei de Israel, uma vez que seu domínio se estendeu apenas sobre algumas poucas aldeias e povoados ao redor. A monarquia em Israel seria estabelecida somente mais tarde com Saul, Davi e Salomão.
Jotão, o filho caçula de Gideão que havia escapado à matança, decide então compor uma parábola ou alegoria que ilustrava o que havia acontecido. Do topo de um monte ele surge declamando sua fábula com o objetivo de advertir o povo contra o reinado de seu cruel irmão Abimeleque: “Certo dia as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: ‘Seja o nosso rei!’ A oliveira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores?’ Então as árvores disseram à figueira: ‘Venha ser o nosso rei!’ A figueira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu fruto saboroso e doce, para dominar sobre as árvores?’ Depois as árvores disseram à videira: ‘Venha ser o nosso rei!’ A videira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores?’ Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha ser o nosso rei!’ O espinheiro disse às árvores: ‘Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!’” (Juízes 9. 8 – 15).
Neste período Israel não era organizado politicamente nem socialmente como nação. Viviam como tribos que cultivavam a terra e criavam rebanhos. Juízes relata acontecimentos envolvendo o povo de Israel durante um período em que eles ainda não eram uma monarquia.
A autoridade dos juízes, na maioria das vezes, limitou-se a áreas específicas. Eles não foram reis, mas, heróis locais que livraram porções do território de Israel dos seus opressores estrangeiros. Um famoso Juíz em Israel foi Gideão. Sua trajetória ficou marcada por sua recusa ao oferecimento de ser rei em Israel.
Eram tempos difíceis, de muito conflito, guerras e morte. Se Gideão repeliu o desejo do povo de fazê-lo rei, o mesmo não aconteceu com seu filho ilegítimo Abimeleque. Para isso, ele encomendou a morte de todos os demais descendentes de Gideão que poderiam representar alguma ameaça aos seus planos. De um total de setenta, apenas Jotão conseguiu escapar da chacina. Abimeleque não pode ser considerado o primeiro rei de Israel, uma vez que seu domínio se estendeu apenas sobre algumas poucas aldeias e povoados ao redor. A monarquia em Israel seria estabelecida somente mais tarde com Saul, Davi e Salomão.
Jotão, o filho caçula de Gideão que havia escapado à matança, decide então compor uma parábola ou alegoria que ilustrava o que havia acontecido. Do topo de um monte ele surge declamando sua fábula com o objetivo de advertir o povo contra o reinado de seu cruel irmão Abimeleque: “Certo dia as árvores saíram para ungir um rei para si. Disseram à oliveira: ‘Seja o nosso rei!’ A oliveira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu azeite, com o qual se presta honra aos deuses e aos homens, para dominar sobre as árvores?’ Então as árvores disseram à figueira: ‘Venha ser o nosso rei!’ A figueira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu fruto saboroso e doce, para dominar sobre as árvores?’ Depois as árvores disseram à videira: ‘Venha ser o nosso rei!’ A videira, porém, respondeu: ‘Deveria eu renunciar ao meu vinho, que alegra os deuses e os homens, para ter domínio sobre as árvores?’ Finalmente todas as árvores disseram ao espinheiro: ‘Venha ser o nosso rei!’ O espinheiro disse às árvores: ‘Se querem realmente ungir-me rei sobre vocês, venham abrigar-se à minha sombra; do contrário, sairá fogo do espinheiro e consumirá até os cedros do Líbano!’” (Juízes 9. 8 – 15).
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