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Palavra do leitor

Política e Igreja: um diálogo em questão!

‘’O amor conduz a Igreja a efeito de ir a direção da realidade do mundo e ali participar com palavras que resultem em ações promotoras de paz, de justiça e de alegria. ’’

‘’pequenas
pequeninas
pequeníssimas
revoluções,

nas trilhas da vida,
com suas ambiguidades,
suas tensões,
suas vicissitudes,

dão a forma da liberdade;

a simplicidade do olhar,
guardado na gaveta
e por que não abrir?

e se assim o fizer
encontrará a misericórdia
que nos torna livres,

a justiça
que preserva a convivência humana,

a alegria
que faz mover a vida,

o amor
que nos inspira ao próximo’’...

Posso e por que discordar sobre a interconexão entre política e igreja.

Mais detidamente, os discípulos, os servos e as testemunhas de Cristo são chamados a verter a justiça, a alegria e a paz nos meandros de uma realidade multifacetada e pluralista.

Diga – se passagem, uma realidade marcada por uma ética plasmada por um radical relativismo de valores.

É bem verdade, durante expressivos períodos da história, tanto a política quanto a igreja serviram de mecanismos inexoráveis de repressão, de manipulação, de submeter os opositores a funestas inquisições que custaram a própria vida.

Basta apenas relembrarmos o caudilho ditatorial, aqui instalado em 1964, do regime militar.

Agora, será certo prosseguir a fugir da política, como se fosse uma peste bubônica a infectar vorazmente a fé?

Parto desses enfoques com a intenção de desmistificar, de derrubar as muralhas de crendices e falácias.

Evidentemente, as miríades de escândalos envolvendo parlamentares em situações de propina, de acordos por debaixo dos panos, de desvios de recursos destinados a saúde, a educação, a cultura, a habitação e por ai vai causam uma descrença.

O pior de tudo isso, encontra – se no aflorescer de uma sensação de deixar de lado e permanece indiferente. Afinal de contas, uma andorinha não faz verão! Não é mesmo!

Deveras, política e igreja representa um diálogo a ser enfrentado, questionado e elucubrado; mormente, tetricamente, em muitos denominados arraiais evangélicos têm preponderado os discursos da oferta e da procura.

Aliás, o contexto ora vivenciado pelos evangélicos alcança contornos preocupantes, quando nos defrontamos com o pontuar e o proceder de uma gama de líderes clericais seduzidos por uma espúria simbiose de favores.

Em outras palavras, no espertar das eleições municipais de 2012, as igrejas serão disputadas acirradamente por candidatos interessados por angariar significativos votos nas urnas.

Para isso, a promessa de um telhado aqui, algumas portas acolá e alguns cabides de empregado para familiares urdiram o tecido dessas dantescas alianças.

Sem titubear, independentemente de lobos em peles de cordeiro no anseio de fazer do púlpito um palanque para a promoção e difusão de oportunistas e aproveitadores, acredito, piamente, na sacrossanta missão de a igreja assumir e exercer o papel de palavras e ações voltadas a coordenar, a confrontar, a unir e a coordenar os cristãos em favor de participarem pelo soerguer de uma política confidente da justiça, parceira da paz e movida pela alegria.

Presumidamente, parto para o compromisso da igreja ancorada a levar cada cristão no tocante a compreender a política como a decisão pela convivência pautada no respeito e na dignidade do ser humano.

De tal modo, ouso convido – lhes a conceber a política desvencilhada de uma perspectiva de conluios e acertos.

Faz – se ressaltar, isso pode verberar como algo estranho e absurdo, principalmente diante de uma retórica delimitada a demonstrar a presença de Deus na aquisição de coisas e satisfações direcionadas a atender personalidades emolduradas por uma cultura narcisista.

Tais ponderações objetivam nos levar a verdade inquestionável de enquanto permanecermos convolados a um estilo de vida movido pela razão do poder, do sucesso e do reconhecimento, a todo e qualquer custo, lastimavelmente, de forma nenhuma abriremos as portas para a relevância de haver um diálogo cooptador entre política e igreja na constituição de uma convivência curadora.

Eis uma resposta a ser assumida pelos sonhadores gestados pela fé em Cristo, como loucura para os homens petrificados pelo individualismo, pela desintegração do próximo, por tornar tudo e a todos como coisas descartáveis, inclusive o Criador.

Por fim, somos desafiados a aceitar o chamado do Siga – me.

Vale dizer, o siga – me estribado a não ser um alienado, a não se esconder numa realidade paralela, a não aceitar com que a Cruz esteja nos porões dos templos e com que Cristo fique pregado nos murais de tradições amorfas.

Diametralmente oposto, pôr os pés nos centros da vida, com suas ambiguidades, suas tensões, suas vicissitudes, com suas mudanças...
São Paulo - SP
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