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Palavra do leitor

Pode o amor existir sem o ódio?

Escolha o verbo ou substantivo que lhe apetecer: ira, raiva, fúria, malevolência, repúdio, abominação, repugnância, zanga. À leitura de artigos aqui sobre o tsunami e a tentativa de tirar Deus da reta, contraponho: premissas furadas são tão odiosas quanto explicações naturais.

Alegam uns que é da natureza divina não dar explicações; que Deus não revela a sua vontade e quando o faz é pelas metades; que ele é soberano; que Jó (sempre ele!) é um exemplo clássico de quem apanhou e ao final recebeu quatro vezes mais. Mas nem se dão conta de que Deus teria tirado 'tudo' dele, menos a esposa ranzinza, e a julgar pelo palavreado do texto, ele teria recebido 4x mais do tipo.

Se desastres naturais podem ter certo controle e predição, o esfaquear de um bebê cortando-lhe a jugular são coisas que se pode não apenas prever, mas impedir e punir.

E qual a razão de não se impedir essas e outras? Qual a razão do mal florescer de maneira tão vigorosa?

Não me venham com respostas medievais travestidas de platonismo de Santo Agostinho ou querelas de São Tomas de Aquino com as suas famosas provas ontológicas. Me enche a pleura essas baboseiras já dissecadas.

Em parte o mal floresce porque perdemos muito daquele gosto de odiar o mal para valer.

Veja o que se fazem essas casas de hambúrgueres fast-food chamadas de ‘igrejas’ onde impera o negócio do mal liofilizado no imbecil pronto para voltar para a casa sem o encosto.

Em vez de ódio consumado sobre o que é ali travestido, passa-se galho de arruda! Não, as igrejas tradicionais também perderam, há muito, junto com seus ortodoxos vazios que ficam calculando anjos dançando em cabeça de alfinete.

Perdeu-se aquela ‘gana’, aquela vontade enorme de odiar mesmo.

Veja a decisão do Supremo Tribunal Federal com respeito a ficha-limpa. Até aí tudo legal, mas liga-se a TV e estão lá os mesmos larápios, a mesma roubalheira, os mesmos gestos infames, os mesmos vigaristas da lei, os gatunos de bigodes e sem bigodes, barbeadas ou as sebosas de saia.

E vamos acostumando a isso. Não se odeia mais ao mal. O que se prefere, é justificar a Deus e sair com respostas de como Ele não tem culpa de nada, que a culpa é do homem, etc. Haja paciência!

Ouço com freqüência que Paulo abandonou a idéia de vingança do Deus do Velho Testamento. No lugar, teria colocado a figura de Jesus Cristo com toda a sua aparência de bondade, misericórdia e amor ao próximo. O ‘Jesus te ama’ de hoje.

O sermão do monte é o exemplo. Passam rápido pela narrativa do azorrague no templo. Assim, substituem a leitura do VT pelo NT mais palatável, politicamente correta, quando Deus mesmo diz: “amei a Jacó e me aborreci [odiou mesmo!] de Esaú”.

A questão não deveria ser por que Deus permite o sofrimento, mas porque é que nós permitimos tanto sofrimento! Simplesmente deixou-se de lado a motivação para aplicar a lei penal contra monstros.

Como pode o amor existir sem o ódio? Não pode!

Há sempre os aloprados da fé com a resposta na ponta da língua: devemos odiar o pecado e amar o pecador!

Quando nos casos sabidamente conhecidos, como daquele profissional à época, trabalhando no Estadão, matou a namorada com dois tiros, um na nuca, e ainda solto até hoje, por que não odiar o pecado [dele] e odiar [desejar que vá mofar na cadeia] também o pecador [no caso, réu confesso]?

Não acho que Jesus deva ser interpretado de modo a dizer que devemos amar os inimigos de Deus. Sim, os inimigos Dele. Não creio que ele tenha proposto que amemos Seus inimigos. Que tenha instruído a que amássemos nossos inimigos, isso sim!

Se em nome da fé Cristã eu ouço um John Piper (AQUI) dizer que Deus é justificado em mandar matar todo mundo, bebês inclusive, Piper, para mim se torna inimigo de Deus, não meu!

Inimigo de Deus. Em nome de uma pretensa teologia, ele ofende a Deus, e se faz conivente com as brutalidades que abundaram no mundo do Velho Testamento em nome da fé hoje!

Aqui, sim, John Piper é inimigo de Deus e merece todo o meu ódio e ira contra ele como inimigo de Deus.

Se encontrasse Piper pela estrada com pneu do carro furado eu o ajudaria, mas nem por isso deixaria de odiá-lo --- pecado e pecador --- como inimigo de Deus.

Dar a outra face?

Um pai que esfaqueou a esposa, estuprou a filha de 11 anos, queimou vivo o filho e ainda daria uma paulada no cachorro mereceria que eu desse a outra face? Em nome de uma idéia de perdão mal ajambrada, quer-se estender a mão direita para um insano desses?

Ele vai preso, converte-se ao evangelho, e através da safadeza da progressão penal, acaba por entrar na sociedade novamente. Se pedófilo, continuará no crime. Correm todos a saudá-lo pela conversão!

Se alguém fala mal, ou por via oblíqua me chama de velhaco, darei a ele o benefício da dúvida, sim, e passo por cima da provocação; mas pactuar com o xingamento é insultar a Deus.

Na verdade, se não lutarmos contra o mal, sujeito e objeto, para valer, seremos coniventes com o mal.
P - RN
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