Palavra do leitor
- 25 de janeiro de 2014
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Pluralizar a singularidade Divina
“A quem me assemelhareis, e com quem me igualareis, e me comparareis, para que sejamos semelhantes?” Is 46; 5
Deus propõe mediante o profeta um desafio a seus ouvintes: Que se lhe apresente outro semelhante a Ele. Mas, não está escrito que Deus mesmo disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”? Está. Então, bastaria apresentar ante Ele um ser humano e o desafio estaria cumprido? A coisa não é tão simples assim. Nem mesmo Hércules se candidataria com sucesso a esse “trabalho”.
Duas coisas precisamos considerar. Primeira: O contexto refere-se a outros deuses, pois, diz: “Gastam o ouro da bolsa, e pesam a prata nas balanças; assalariam o ourives, e ele faz um deus, e diante dele se prostram e se inclinam. Sobre os ombros o tomam, o levam, e o põem no seu lugar; ali fica em pé, do seu lugar não se move; e, se alguém clama a ele, resposta nenhuma dá, nem livra alguém da sua tribulação.” Vs 6 e 7 Tais deuses carecem transporte, são mudos e inócuos, de modo que nem de longe se assemelham ao Criador.
Segunda: A semelhança humana foi uma condição pré-queda, quando a perfeita comunhão com o Eterno era ainda possível. O pecado trouxe numa mão a culpa, noutra o medo; de modo que a similitude inicial se perdeu desde então. A perfeita comunhão com O Santo é o “Everest” espiritual e moral, o apogeu. Dali só é possível mudar de plano para baixo. Assim a humanidade, quanto mais andou no monte do tempo mais se afastou do Criador.
Desse modo, não apenas deixou a beleza espiritual da inocência que a fazia semelhante nos atributos Divinos comunicáveis, como ainda se tornou injusta nas relações laterais, feito que a Palavra denuncia: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” Rom 3; 10
Isso privou ao Pai de seu “espelho” por alguns milênios. Não contemplava mais Sua Santa imagem na face do homem que tão belo criara. Assim, a pergunta Edenica, “Onde estás” era antes, emocional que intelectual; feita por Aquele que É Onisciente. Não era uma presença a razão da busca, mas, uma essência.
Havia sobejas razões, pois, para a intervenção emotiva dos Céus, quando, uns quatro milênios depois, a “resposta” caminhou sobre a Terra. “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mat 3; 16 e 17 Eis a resposta ao desafio feito mediante Isaías!
Quem se poderia comparar a Deus de modo a ser semelhante? O Eterno disse que no Filho tinha prazer; Esse, por Sua vez asseverou: “Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” Jo 14; 9 E o autor da epístola aos Hebreus corrobora: “…sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa,…” Heb 1; 3
Nosso desafio, pois, não é apontarmos, simplesmente, para Um que todo o Novo Testamento descreve; antes, na medida do possível nos tornarmos semelhantes a Ele. Paulo o fez de tal forma, que arrancou uma expressão veraz sobre a saga de Cristo, dos lábios de quem sequer O conhecia; “…Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós.” Atos 14; 11 Isso foi precisamente o que O Salvador fez, embora, o tenham dito dos apóstolos, ao invés de identificar ao Senhor que atuava neles.
O mesmo Paulo coloca a “faixa de chegada” na nossa maratona espiritual: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” Ef 4; 13 Essa semelhança não se mede por títulos eclesiásticos tão em voga, antes, em serviço abnegado e humildade. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo…” Fp 2; 5 a 7
Então, em Cristo, é possível e desejável muitos filhos da ressurreição, regenerados, exibindo traços espirituais do Pai. Pois, se é vero que nos domínios materiais as aparências enganam, no âmbito espiritual as pessoas são tais, quais, parecem. E desde já podemos ver Deus nas relações interpessoais, “…contemplarei a tua face na justiça;…” Sal 17 ; 15 e na placidez de uma hígida consciência; “os limpos de coração, … verão a Deus;” Mat 5; 8
Deus propõe mediante o profeta um desafio a seus ouvintes: Que se lhe apresente outro semelhante a Ele. Mas, não está escrito que Deus mesmo disse: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança”? Está. Então, bastaria apresentar ante Ele um ser humano e o desafio estaria cumprido? A coisa não é tão simples assim. Nem mesmo Hércules se candidataria com sucesso a esse “trabalho”.
Duas coisas precisamos considerar. Primeira: O contexto refere-se a outros deuses, pois, diz: “Gastam o ouro da bolsa, e pesam a prata nas balanças; assalariam o ourives, e ele faz um deus, e diante dele se prostram e se inclinam. Sobre os ombros o tomam, o levam, e o põem no seu lugar; ali fica em pé, do seu lugar não se move; e, se alguém clama a ele, resposta nenhuma dá, nem livra alguém da sua tribulação.” Vs 6 e 7 Tais deuses carecem transporte, são mudos e inócuos, de modo que nem de longe se assemelham ao Criador.
Segunda: A semelhança humana foi uma condição pré-queda, quando a perfeita comunhão com o Eterno era ainda possível. O pecado trouxe numa mão a culpa, noutra o medo; de modo que a similitude inicial se perdeu desde então. A perfeita comunhão com O Santo é o “Everest” espiritual e moral, o apogeu. Dali só é possível mudar de plano para baixo. Assim a humanidade, quanto mais andou no monte do tempo mais se afastou do Criador.
Desse modo, não apenas deixou a beleza espiritual da inocência que a fazia semelhante nos atributos Divinos comunicáveis, como ainda se tornou injusta nas relações laterais, feito que a Palavra denuncia: “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.” Rom 3; 10
Isso privou ao Pai de seu “espelho” por alguns milênios. Não contemplava mais Sua Santa imagem na face do homem que tão belo criara. Assim, a pergunta Edenica, “Onde estás” era antes, emocional que intelectual; feita por Aquele que É Onisciente. Não era uma presença a razão da busca, mas, uma essência.
Havia sobejas razões, pois, para a intervenção emotiva dos Céus, quando, uns quatro milênios depois, a “resposta” caminhou sobre a Terra. “E, sendo Jesus batizado, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.” Mat 3; 16 e 17 Eis a resposta ao desafio feito mediante Isaías!
Quem se poderia comparar a Deus de modo a ser semelhante? O Eterno disse que no Filho tinha prazer; Esse, por Sua vez asseverou: “Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” Jo 14; 9 E o autor da epístola aos Hebreus corrobora: “…sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa,…” Heb 1; 3
Nosso desafio, pois, não é apontarmos, simplesmente, para Um que todo o Novo Testamento descreve; antes, na medida do possível nos tornarmos semelhantes a Ele. Paulo o fez de tal forma, que arrancou uma expressão veraz sobre a saga de Cristo, dos lábios de quem sequer O conhecia; “…Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós.” Atos 14; 11 Isso foi precisamente o que O Salvador fez, embora, o tenham dito dos apóstolos, ao invés de identificar ao Senhor que atuava neles.
O mesmo Paulo coloca a “faixa de chegada” na nossa maratona espiritual: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo” Ef 4; 13 Essa semelhança não se mede por títulos eclesiásticos tão em voga, antes, em serviço abnegado e humildade. “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou a si mesmo, tomando a forma de servo…” Fp 2; 5 a 7
Então, em Cristo, é possível e desejável muitos filhos da ressurreição, regenerados, exibindo traços espirituais do Pai. Pois, se é vero que nos domínios materiais as aparências enganam, no âmbito espiritual as pessoas são tais, quais, parecem. E desde já podemos ver Deus nas relações interpessoais, “…contemplarei a tua face na justiça;…” Sal 17 ; 15 e na placidez de uma hígida consciência; “os limpos de coração, … verão a Deus;” Mat 5; 8
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