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Palavra do leitor

Pirataria evangélica

Condeno! É um absurdo! Afirmo logo de cara. Não roubarás dita uma das leis do decálogo.

- Mas copiar não é roubar, irmão... - Justificou-se aquele crente esperto acostumado já bem antes da sua conversão com o nosso jeitinho brasileiro.

Nosso jeitinho não é algo necessariamente maligno. Ele não passa de uma atitude de criatividade para se levar vantagem em tudo. Certo? Essa característica cultural que nos influencia em diversas ou talvez todas as facetas da vida. Se não fosse ele os mais pobres nos Brasil não conseguiriam sobreviver e os menos pobres escutar CDs, e ver DVDs ou sequer usar um PC. Por isso pode ser aceitável.

Algum leitor ou outro mais legalista pode agora se sentir ferido em sua consciência mais sensível e dizer: “Pera lá! Maracutaia é pecado, pirataria é pecado e ponto final”. Nesse momento ele já fechou a janela e foi procurar outra coisa na internet que só Deus sabe o que... Então prossigamos em frente, agora com um grupo mais seleto de leitores para tratarmos de dois pontos: consciência e propriedade.

1) A consciência, “digo, porém não a tua, mas a do outro” (1Co 10.29) pode ser mesmo ferida em certas circunstâncias. Daí é melhor evitarmos certas coisas, pois “nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos” (Rm 15.1). Aqui se trata de pessoas novas na fé. Pois isso não significa viver sob a tirania de pessoas “fracas”, as quais são normalmente líderes e antigas na igreja e para as quais tudo é pecado. Paulo explica que Cristo também não agradou a si mesmo. E se olharmos o exemplo de Jesus veremos que ele não viveu para agradar homens, pois se fosse assim ele não beberia vinho, não andaria como publicanos e, como diz Frank Viola, ele deixaria para curar no domingo ou na sexta. E assim ele agradaria aqueles fariseus hipócritas. 

2) A propriedade de uma coisa é normalmente clara. Mas nem tudo que temos nos pertence. Isso que Jesus quer dizer com a famosa frase: “Dai, pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22.21). Aquela moeda que tinham em mãos tinha a marca de César e pertencia a ele. Ao Deus de Israel pertenciam os dízimos e ofertas (Ml 3.8). Aliás, tudo pertence a Deus, assim como todo dinheiro em circulação pertencia a César. Porém estado e igreja, instituições que deveriam representá-los, pedem somente uma parcela (igual quanto) de volta daquilo que já lhes pertencem. Sobre estes dois pilares a consciência de uma pessoa (subjetivo) e a quem pertence determinada coisa (objetivo) assenta-se toda a lógica da transação envolvida na compra, cópia ou roubo.

Achava engraçado no início de minha vida evangélica cantarmos num coral usando Xerox de partituras que vez por outras tinham como nota de rodapé: “irmão, favor não copiar esse material...”. Achava também interessante missões que trocavam seus dólares com doleiros no mercado paralelo para obterem um preço melhor e assim poderem ajudar uma criança a mais. Tudo isso me vez levar um pouco mais a sério dois outros versos bíblicos: “Não sejas demasiadamente justo, nem demasiadamente sábio; por que te destruirias a ti mesmo?” (Ec 7.16) e outro que diz “todas as coisas me são lícitas” (1Co 10.23). E assim prefiro andar na graça de Deus, na lei perfeita que me dá liberdade. Sabendo que a mesma Bíblia diz que “nem todas as coisas convêm e nem todas as coisas edificam” e também “não sejas demasiadamente ímpio, nem sejas louco; por que morrerias fora de teu tempo?” (Ec 7.17).

Assim como não queremos destruir a nós mesmos e nem muito menos morrer fora do tempo (nem antes e nem depois), evitamos a Pirataria seja ela de material evangélico ou não. Mas nem por isso condenamos quem divulga gratuitamente o material e o trabalho de outros para aqueles que aguardam ansiosamente uma oportunidade econômica ou financeira para poder adquirir a obra original e sustentar tais gênios desse mundo tecnológico.

E quem nunca copiou que atire a primeira pedra.

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Fürth - EX
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