Palavra do leitor
- 08 de dezembro de 2022
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Perdoar ou desculpar?
Tenho escrito algumas vezes sobre o perdão; é um tema muito importante no contexto bíblico, melhor dizendo, no contexto das Palavras do próprio Senhor Jesus – inclusive já mencionei aqui que dou prioridade a assuntos ditados/ensinados por Ele, embora não menospreze, não descarte os demais escritores, todos homens de Deus: profetas, músicos, historiadores etc.
O Senhor Jesus deu ênfase a essa questão do perdão; disse-o no texto da Oração do "Pai Nosso", mencionou-o após o "amém" dessa oração, citou-o em alguns ensinamentos por parábolas etc.
Sempre dou destaque à oportunidade em que Ele discorria sobre o ato de ofertar, quando disse: "Quando fores levar a tua oferta ao altar e te lembrares que alguém tem alguma coisa contra ti, deixa a oferta, vai reconciliar-te com o teu próximo, depois volta e faze a tua oferta" (transcrição livre de Mateus 5. 23-24).
Via de regra, interpreto, entendo que o recebimento de nossa oferta, não necessariamente financeira, mas também de serviço, de vida só é aceitável quando não temos nada de mau na mente; temos, pois, que estar sem mágoas, sem ressentimentos, sem ódio no coração para que sejamos aceitos e, via de consequência, a nossa oferta seja recebida por nosso Deus [foi o caso de Caim, já citado em artigo recente].
Também já tive oportunidade de dizer que, em alguns momentos, a iniciativa da reconciliação deve partir do ofendido, não obrigatoriamente do ofensor; ora, se alguém tem alguma coisa no coração contra mim, quase óbvio que, antes, lhe fiz algum mal, o qual foi o "disparo" para o desentendimento.
Hoje, quero trazer à meditação a questão do desculpar ou perdoar; creio que a linguagem do "crente" é [deve ser] bem diferente do modo de falar dos que ainda não conhecem o Senhor Jesus; o cristão fala [deve falar], digamos, o "evangeliquês", e o mundo se expressa com o secular [às vezes com o vulgar].
Sem consulta aos livros, sem examinar os dicionários, muito menos sem uma olhada no Google, gostaria de desenvolver uma análise simples, despreocupada da palavra "desculpar"; o prefixo "des" significa negação; então desculpar me parece querer dizer "negar a culpa", "tirar a culpa", "afastar a culpa", "renunciar à culpa" ["des culpar"] – será?
Vou me arriscar, também, com o perdoar: o prefixo "per" pode significar "para"; então "para doar" [para dar]; podemos pensar ainda: "para entregar", "para renunciar", "para abrir mão" etc. – no caso, então, perdoar seria "para doar", principalmente, doar entendimento, doar compreensão, doar amor, o que nos conduz a renunciar ao "ego" em favor do próximo; ou seja, entregar, abrir mão, em uma contenda, em favor da opinião divergente do amigo, do irmão.
Perdoem-me se estiver "inventando" algo que não combina com os dicionários; mas que deve se aproximar, isso deve – caso contrário, perdoem-me, reitero!
Então, na contenda, no erro é melhor perdoar do que desculpar; o perdão, disse eu recentemente, é inerente ao amor – assim, quem perdoa é porque ama; quem só abre mão da culpa não vai esquecer a mágoa - não esquece porque não doa amor!
Por isso, talvez seja, o mundo, o secular prefere se desculpar [buscar desculpas, via de regra, "esfarrapadas"], quando o cristão opta por pedir perdão que é, repito, amar; "perdoar" é linguagem da Palavra de Deus que desconhece o "desculpar"; desculpar é linguagem do mundo, busca de justificativas [até de remendos], de explicações para o erro, para a falta, para o pecado.
Bateu saudades da "terrinha", do meu querido "quinhão" de terra: Minas Gerais [Belo Horizonte e Juiz de Fora]!
"Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá" (Canção do Exílio – Gonçalves Dias).
Pois é, lá na "terrinha", face a uma melhor e maior condição de locomoção, é que os encontros entre amigos, para um "bate-papo", são menos raros – é "gorjeio" aqui, é "gorjeio" ali, é "gorjeio" acolá; às vezes, ao "gorjear", cometemos algum erro, pecamos pois "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3. 23).
E o que "pisou na bola", em permanente fidelidade à Palavra de Deus, pede perdão; um dos seus interlocutores, então diz: "Não é necessário se desculpar" (sic). Desculpar não, diz o primeiro, o que pecou, "estou pedindo perdão; não estou querendo me eximir de culpa [des culpar]; não é esse o espírito da coisa; reitero, estou querendo perdão! - não estou tentando justificar o injustificável, não estou querendo afastar a minha "culpa" [des culpar], estou pedindo para ser perdoado, para continuar sendo amado."
Ensinando a orar, o Senhor Jesus normatizou a oração e a ação: "e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. (...) Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará" (Mateus 6. 12 e 14) – Amém e amém!
Pense nisto!
O Senhor Jesus deu ênfase a essa questão do perdão; disse-o no texto da Oração do "Pai Nosso", mencionou-o após o "amém" dessa oração, citou-o em alguns ensinamentos por parábolas etc.
Sempre dou destaque à oportunidade em que Ele discorria sobre o ato de ofertar, quando disse: "Quando fores levar a tua oferta ao altar e te lembrares que alguém tem alguma coisa contra ti, deixa a oferta, vai reconciliar-te com o teu próximo, depois volta e faze a tua oferta" (transcrição livre de Mateus 5. 23-24).
Via de regra, interpreto, entendo que o recebimento de nossa oferta, não necessariamente financeira, mas também de serviço, de vida só é aceitável quando não temos nada de mau na mente; temos, pois, que estar sem mágoas, sem ressentimentos, sem ódio no coração para que sejamos aceitos e, via de consequência, a nossa oferta seja recebida por nosso Deus [foi o caso de Caim, já citado em artigo recente].
Também já tive oportunidade de dizer que, em alguns momentos, a iniciativa da reconciliação deve partir do ofendido, não obrigatoriamente do ofensor; ora, se alguém tem alguma coisa no coração contra mim, quase óbvio que, antes, lhe fiz algum mal, o qual foi o "disparo" para o desentendimento.
Hoje, quero trazer à meditação a questão do desculpar ou perdoar; creio que a linguagem do "crente" é [deve ser] bem diferente do modo de falar dos que ainda não conhecem o Senhor Jesus; o cristão fala [deve falar], digamos, o "evangeliquês", e o mundo se expressa com o secular [às vezes com o vulgar].
Sem consulta aos livros, sem examinar os dicionários, muito menos sem uma olhada no Google, gostaria de desenvolver uma análise simples, despreocupada da palavra "desculpar"; o prefixo "des" significa negação; então desculpar me parece querer dizer "negar a culpa", "tirar a culpa", "afastar a culpa", "renunciar à culpa" ["des culpar"] – será?
Vou me arriscar, também, com o perdoar: o prefixo "per" pode significar "para"; então "para doar" [para dar]; podemos pensar ainda: "para entregar", "para renunciar", "para abrir mão" etc. – no caso, então, perdoar seria "para doar", principalmente, doar entendimento, doar compreensão, doar amor, o que nos conduz a renunciar ao "ego" em favor do próximo; ou seja, entregar, abrir mão, em uma contenda, em favor da opinião divergente do amigo, do irmão.
Perdoem-me se estiver "inventando" algo que não combina com os dicionários; mas que deve se aproximar, isso deve – caso contrário, perdoem-me, reitero!
Então, na contenda, no erro é melhor perdoar do que desculpar; o perdão, disse eu recentemente, é inerente ao amor – assim, quem perdoa é porque ama; quem só abre mão da culpa não vai esquecer a mágoa - não esquece porque não doa amor!
Por isso, talvez seja, o mundo, o secular prefere se desculpar [buscar desculpas, via de regra, "esfarrapadas"], quando o cristão opta por pedir perdão que é, repito, amar; "perdoar" é linguagem da Palavra de Deus que desconhece o "desculpar"; desculpar é linguagem do mundo, busca de justificativas [até de remendos], de explicações para o erro, para a falta, para o pecado.
Bateu saudades da "terrinha", do meu querido "quinhão" de terra: Minas Gerais [Belo Horizonte e Juiz de Fora]!
"Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as aves que aqui gorjeiam, não gorjeiam como lá" (Canção do Exílio – Gonçalves Dias).
Pois é, lá na "terrinha", face a uma melhor e maior condição de locomoção, é que os encontros entre amigos, para um "bate-papo", são menos raros – é "gorjeio" aqui, é "gorjeio" ali, é "gorjeio" acolá; às vezes, ao "gorjear", cometemos algum erro, pecamos pois "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3. 23).
E o que "pisou na bola", em permanente fidelidade à Palavra de Deus, pede perdão; um dos seus interlocutores, então diz: "Não é necessário se desculpar" (sic). Desculpar não, diz o primeiro, o que pecou, "estou pedindo perdão; não estou querendo me eximir de culpa [des culpar]; não é esse o espírito da coisa; reitero, estou querendo perdão! - não estou tentando justificar o injustificável, não estou querendo afastar a minha "culpa" [des culpar], estou pedindo para ser perdoado, para continuar sendo amado."
Ensinando a orar, o Senhor Jesus normatizou a oração e a ação: "e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. (...) Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará" (Mateus 6. 12 e 14) – Amém e amém!
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