Pensar em Deus: uma arte em esquecimento!

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"Meditarei nos teus preceitos e às tuas veredas terei respeito."
(Sl 119. 15)

O mundo globalizado se torna cada vez mais veloz. Porém, é uma velocidade inclemente, que vai deixando este mesmo mundo cansado, fatigado e estressado. Não há mais tempo para a conversa salutar em família, para as refeições com os nossos, para os passeios e os ricos momentos de lazer que fortalecem a comunhão. Não há mais tempo para Deus, para a Sua Palavra, para a revigorante reflexão nas Sagradas Escrituras. A meditação em Deus tem se tornado uma arte rara, um exercício em esquecimento. E com certeza é esse descaso que tem levado o mundo à corrupção e ao perecimento. Um simples e pequeno exemplo: campanhas de leitura da Bíblia são lançadas em diversas igrejas e as mesmas são correspondidas, na maioria das vezes, por uma pequena parcela dos membros. Geralmente, esta pequena parcela é composta por crentes humildes e sinceros que são fiéis em todas as atividades das igrejas e que sempre estão dispostos a servir ao Senhor da Igreja! São esses que sabem tomar, da Palavra de Deus, o alimento necessário para a dura jornada da fé! Aprendamos com os símplices como devemos extrair a água que irá sempre nos dessedentar durante a longa e árdua caminhada.

Como podemos transformar nosso conhecimento sobre Deus em conhecimento de Deus? A regra é simples: devemos transformar cada verdade aprendida sobre o Senhor em assunto de reflexão, de pensamento diante dEle. O que é reflexão? O que é meditação? Nada mais é do que o ato de trazer à mente o que sabemos sobre as obras, os caminhos, os propósitos e as promessas de Deus, pensando sobre eles e, principalmente, aplicando-os às nossas próprias vidas. É uma atividade de pensamento santo, sob o Seu auxílio, como meio de obter comunhão com Ele. É, na realidade, uma questão de raciocínio consigo mesmo visando esclarecer dúvidas e desconfianças até que se obtenha uma clara compreensão do poder e da graça de Deus.

Queremos dizer que para essa salutar prática não nos é, estritamente, necessário cursar seminários ou cursos de pós-graduação de teologia. Basta nos apresentarmos diante de Deus como seres famintos e sedentos pela Sua Pessoa e pela Sua Palavra. O missionário autóctone da China, Liu Zhenying (mais conhecido como irmão Yun), foi alcançado pelo exemplo simples e humilde, mas poderoso, de sua mãe: uma mulher analfabeta que ouvia atentamente as Escrituras. Diz ele em sua autobiografia O Homem do Céu: “Minha mãe não sabia ler nem escrever, e mesmo assim foi a primeira pregadora da nossa comunidade. Ela liderava uma pequena igreja em sua casa (...). Alguns dos maiores líderes das igrejas domésticas da China tiveram seu primeiro encontro com Deus através do ministério da minha mãe.”.

Em oração,

Pastor da Igreja Presbiteriana do Caju

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Opinião do leitor