Palavra do leitor
- 17 de agosto de 2014
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Pedófilos da fé, sanatório e realidade
''Sempre ouvia falar:
- Olhe para Cristo e não para as pessoas!
Agora, essa frase não configura e comprova o quão distante estamos de concebermos que o sacrificio da Cruz não veio resgatar nossa essência de humanidade? Vou além, se o sangue do Cristo Ressurrecto não escorrer pelas ladeiras, pelos cantos e recantos da nossa existência, acredito, então, que ruminamos uma doce fantasia e, mesmo assim, uma fantasia.''
O homem é o lobo do homem, uma frase alcunha por de Thomas Hobbes. Na mesma esteira de frases expressivas, a religião é o ópio do povo, de Karl Marx. De certo, a derradeira semana trouxe a trágica morte do outrora candidato a presidência, Eduardo Campos, e, mesmo assim, pude notar uma ocupação e preocupação da imprensa midiática no tocante a levantar as prováveis mudanças no tabuleiro de xadrez.
Sem perder a praxe, possíveis alianças, prováveis mudanças e num verdadeiro fluir e confluir de interesses deram a tônica. É bem verdade, as condolências formais estiveram nos discursos dos demais candidatos. Em meio a tudo isso, tenho ouvido uma congênita conspiração a fim de promover essa tragédia e, tristemente, chego a conclusão das paranóias e esquizofrenias instaladas nos seios de nossa pós - moderna, conectada, pluralista, humanista, secularizada e progressiva sociedade. Infelizmente, ainda continuamos a curtir um sanatorio, ao qual chamamos de realidade.
Não por menos, de bom grado, muitos tecem os mais ardorosos discursos, com relação a programas, como criança esperança, mas no primeiro farol, ao avistarem um menor, já o avistam como uma algoz a ser, caso seja necessário, atropelado.
Estranhamente, acostumamo - nos com as Cracolândias, com os focos disseminados de prostituição ou desumanização infantil, com a corrupção vista como um mal endêmico e parte da historia conjuntural de nosso país. Eis ai, mais um processo eleitoral ou, peço desculpas, circo eleitoral, com as mais idílicas, cínicas, levianas e sei lá quantas promessas ancoradas no vetusto discurso de uma reviravolta messiânica, para todos os nichos sociais e culturais, econômicos e religiosos, comportamentais e etnicos. Cada vez mais, tampamos o sol com a peneira e creditamos numa transformação, a partir dos gurus e das salamandras do marketing.
Sem hesitar, deparo - me com uma corrida tresloucada, obviamente, atrás dos templos evangélicos, de candidatos predestinados para instaurar o Reino de Deus. Não sou estúpido e muito menos alienado, não há nenhuma dissociação entre fé e política, porque ambas apontam para a convivência salutar, ou seja, nos norteia para a vida.
Agora, indago a trajetória biográfica de determinados candidatos inspirados pela Graça, ao qual surgem e se desvanecem, ao findar das urnas. Ultimamente, os planfletos e os programas eleitorais vão esparramar a aplicação da Cruz de Cristo, dentro dessa simbiose ou desse sanatorio de interesses escusos e espúrios. Enquanto isso, não ponderamos na formação de cidadãos servos, discípulos e testemunhas da Graça, seja onde for.
Acostumamo - nos com um sanatório de púlpitos que reduzem a Cruz de Cristo a um jogo de sorte e azar ou de maldição hereditária. Nada de perceber a relevância de que ser sal da terra e luz do mundo envolve levar as pessoas ao discernir de que, independentemente, de sermos candidatos ou não, não estamos aqui para ficar num gueto, na espreita e no aguardo do apagar das luzes ou da trombeta tocar e amém (fui salvo, você tambem e que bom).
Deveras, ser igreja e não frequentador de um templo ou de vários, ser igreja e viver em comunidade, partilhar a experiência do ide e fazei discípulos e não papagaios de discursos eloquentes, mas que não escutam o clamor dos sedentos de esperança, dos famintos de uma humanidade de incluídos, daqueles que necessitam de vestes de amor (ao qual inspira e não o manipula), daqueles que buscam o alento de misericórdia (em meio as quedas, as derrocadas, as derrotas, as falhas e os lamentos), daqueles que não querem ser abusados por um messias que adoece emoções e substitui os sonhos da vida, por um bocado de bens efêmeros.
Por fim, as palavras de Jesus, em João 10.10, sintetizam, traz uma ligação, oferece - nos a bondade e a beleza, em meio as tensões e ambiguidades, não foge da submeter suas palavras a uma reflexão vertical, reconheceu o sanatório espiritual de sua época, com fariseus, sauduces, essênios, zelotes e por ai ia, com um povo marcado pelos abusos dos pedófilos da fé (porque abusam da puridade de um neófito, quando os lançam num monturo de bestialidades doutrinárias, dogmaticas e os moldam em figuras aversivas ao viver e ao próximo).
Sim e sim, a ausência da Graça faz com que pessoas se escondam nos templos, na comunhão e se tornem em sanatórios ambulantes. Quão triste vejo uma parcela de nossas canções cristãs que enfocam uma relação de martírio, de sofrimento, de culpa, de condenação, aos invés do Cristo sorridente.
- Olhe para Cristo e não para as pessoas!
Agora, essa frase não configura e comprova o quão distante estamos de concebermos que o sacrificio da Cruz não veio resgatar nossa essência de humanidade? Vou além, se o sangue do Cristo Ressurrecto não escorrer pelas ladeiras, pelos cantos e recantos da nossa existência, acredito, então, que ruminamos uma doce fantasia e, mesmo assim, uma fantasia.''
O homem é o lobo do homem, uma frase alcunha por de Thomas Hobbes. Na mesma esteira de frases expressivas, a religião é o ópio do povo, de Karl Marx. De certo, a derradeira semana trouxe a trágica morte do outrora candidato a presidência, Eduardo Campos, e, mesmo assim, pude notar uma ocupação e preocupação da imprensa midiática no tocante a levantar as prováveis mudanças no tabuleiro de xadrez.
Sem perder a praxe, possíveis alianças, prováveis mudanças e num verdadeiro fluir e confluir de interesses deram a tônica. É bem verdade, as condolências formais estiveram nos discursos dos demais candidatos. Em meio a tudo isso, tenho ouvido uma congênita conspiração a fim de promover essa tragédia e, tristemente, chego a conclusão das paranóias e esquizofrenias instaladas nos seios de nossa pós - moderna, conectada, pluralista, humanista, secularizada e progressiva sociedade. Infelizmente, ainda continuamos a curtir um sanatorio, ao qual chamamos de realidade.
Não por menos, de bom grado, muitos tecem os mais ardorosos discursos, com relação a programas, como criança esperança, mas no primeiro farol, ao avistarem um menor, já o avistam como uma algoz a ser, caso seja necessário, atropelado.
Estranhamente, acostumamo - nos com as Cracolândias, com os focos disseminados de prostituição ou desumanização infantil, com a corrupção vista como um mal endêmico e parte da historia conjuntural de nosso país. Eis ai, mais um processo eleitoral ou, peço desculpas, circo eleitoral, com as mais idílicas, cínicas, levianas e sei lá quantas promessas ancoradas no vetusto discurso de uma reviravolta messiânica, para todos os nichos sociais e culturais, econômicos e religiosos, comportamentais e etnicos. Cada vez mais, tampamos o sol com a peneira e creditamos numa transformação, a partir dos gurus e das salamandras do marketing.
Sem hesitar, deparo - me com uma corrida tresloucada, obviamente, atrás dos templos evangélicos, de candidatos predestinados para instaurar o Reino de Deus. Não sou estúpido e muito menos alienado, não há nenhuma dissociação entre fé e política, porque ambas apontam para a convivência salutar, ou seja, nos norteia para a vida.
Agora, indago a trajetória biográfica de determinados candidatos inspirados pela Graça, ao qual surgem e se desvanecem, ao findar das urnas. Ultimamente, os planfletos e os programas eleitorais vão esparramar a aplicação da Cruz de Cristo, dentro dessa simbiose ou desse sanatorio de interesses escusos e espúrios. Enquanto isso, não ponderamos na formação de cidadãos servos, discípulos e testemunhas da Graça, seja onde for.
Acostumamo - nos com um sanatório de púlpitos que reduzem a Cruz de Cristo a um jogo de sorte e azar ou de maldição hereditária. Nada de perceber a relevância de que ser sal da terra e luz do mundo envolve levar as pessoas ao discernir de que, independentemente, de sermos candidatos ou não, não estamos aqui para ficar num gueto, na espreita e no aguardo do apagar das luzes ou da trombeta tocar e amém (fui salvo, você tambem e que bom).
Deveras, ser igreja e não frequentador de um templo ou de vários, ser igreja e viver em comunidade, partilhar a experiência do ide e fazei discípulos e não papagaios de discursos eloquentes, mas que não escutam o clamor dos sedentos de esperança, dos famintos de uma humanidade de incluídos, daqueles que necessitam de vestes de amor (ao qual inspira e não o manipula), daqueles que buscam o alento de misericórdia (em meio as quedas, as derrocadas, as derrotas, as falhas e os lamentos), daqueles que não querem ser abusados por um messias que adoece emoções e substitui os sonhos da vida, por um bocado de bens efêmeros.
Por fim, as palavras de Jesus, em João 10.10, sintetizam, traz uma ligação, oferece - nos a bondade e a beleza, em meio as tensões e ambiguidades, não foge da submeter suas palavras a uma reflexão vertical, reconheceu o sanatório espiritual de sua época, com fariseus, sauduces, essênios, zelotes e por ai ia, com um povo marcado pelos abusos dos pedófilos da fé (porque abusam da puridade de um neófito, quando os lançam num monturo de bestialidades doutrinárias, dogmaticas e os moldam em figuras aversivas ao viver e ao próximo).
Sim e sim, a ausência da Graça faz com que pessoas se escondam nos templos, na comunhão e se tornem em sanatórios ambulantes. Quão triste vejo uma parcela de nossas canções cristãs que enfocam uma relação de martírio, de sofrimento, de culpa, de condenação, aos invés do Cristo sorridente.
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