Palavra do leitor
- 28 de março de 2009
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Paulo, o dízimo e a côngrua
A Paz do Senhor Jesus!
Sabemos que o dízimo é um ato cristão, voluntário e não legalista que pode ser perfeitamente adotado, convencionalmente, por qualquer igreja. Terá mais a função de um parâmetro, sim, dada a dificuldade da voluntariedade do ato numa sociedade inveterada mente consumista. É um parâmetro injusto, se aceitarmos que somos muito mais devedores a Deus do que Israel, então essa obrigação passa a ser moral, no sentido de fazermos muito mais que isso.
É interessante analisarmos também a relação de Paulo e a disposição das igrejas em contribuir com o seu ministério no sentido financeiro.
Se, no que diz respeito ao dízimo não podemos afirmar sua obrigatoriedade, à luz da bíblia, sem forçar o texto a dizer o que ele não quer dizer, em relação a este assunto, vamos então permitir o texto dizer o que ele quer dizer.
É interessante essa análise uma vez que Paulo é enfático quando diz respeito ao subsídio concedido àqueles que presidem às igrejas (I Tm 5, 18). Vale a pergunta: qual seria o real motivo de Paulo ao abrir mão de um direito que ele mesmo reconhece?
Cabem-nos então algumas perguntas: Por qual motivo Paulo rejeita a côngrua dos irmãos de Corinthios e, em contrapartida, aceita a de Filipos? Para não ser pesado?
Interessante... a igreja, situava-se numa cidade cosmopolita e, se tinha os pobres tinha também os mais abastados (ricos), e isso agente vê no assunto da ceia (II Co 11, 23).
Há alguns pontos a considerar no conteúdo da carta: quando Paulo reivindica sua autoridade apostólica e reclama de direitos não concedidos a ele em seu ministério.
Sabemos que não podemos afirmar aquilo que primariamente firma-se num pressuposto, todavia, a sinceridade de Paulo ao escrever suas cartas era impressionante. Ao escrever suas cartas às igrejas é notório observar, ou melhor, sentir o que o apóstolo sentia e no caso de I e II Co, o que temos é um ambiente de uma atmosfera de desconfiança e descrédito da igreja em relação ao apóstolo que a amava.
Paulo era contestado sobre seu caráter, embora sem querer afirmar, isso nos sinaliza uma igreja que tinha, pelo menos, uma liderança arrogante que não estavam aceitando, de pronto, o apostolado de Paulo.
Aceitar uma ajuda pessoal, nesse caso, comprometeria, sim, a liberdade do evangelho. Então entendemos que Paulo, mesmo amando aquela igreja, não podia sentir-se à vontade no que diz respeito a este assunto.
Nós vimos a situação de Corinthios, rota marítima, comercial, grande centro de diversões dos viajantes; e Paulo não queria ser pesado... Agora, analisemos a condição das igrejas da Macedônia que Paulo usa como exemplo para ensinar a igreja de Corinthios, que nesse caso, se parece muito com agente.
Eram igrejas pobres das quais faziam parte Tessalônica, Beréia e Filipos. Paulo chega a descrever em (IICor 8,1) que a situação era de profunda pobreza.
Outro ponto a considerar é que Paulo recusa a côngrua de Corinthios mais aceita a de Filipos, interessante não? Ora, Filipos era pobre de recursos, mas era rica de humildade, de submissão, de serviço. Ao que parece a região da Macedônia soube fazer uso de sua maior virtude. Gratidão.
De fato as igrejas da Macedônia, que haviam recebido o evangelho, o aceitaram em todo o sentindo entregando-se de corpo, alma e espírito e isso proporcionou toda a dádiva de Deus contida em sua mensagem, de maneira que nenhuma barreira foi suficiente para torná-los improdutivos ao ponto de Paulo elogiá-los em sua práxis, para tanto é só examinarmos (I Tess. I ) , é só elogio.
Nesse ponto então temos um paradoxo: uma igreja pobre, filha, numa região distante, enviando recursos para a matriz. Que maravilha!
Sendo assim, desarmados e com o coração aberto resta nos aprender o que a bíblia quer nos dizer, qual o significado de sua mensagem para os nossos dias e aplicá-los à nossa vida. Na igreja sempre haverá os imorais, porém isso não tira a autoridade do texto bíblico.
Um abraço e fique na paz!
Sabemos que o dízimo é um ato cristão, voluntário e não legalista que pode ser perfeitamente adotado, convencionalmente, por qualquer igreja. Terá mais a função de um parâmetro, sim, dada a dificuldade da voluntariedade do ato numa sociedade inveterada mente consumista. É um parâmetro injusto, se aceitarmos que somos muito mais devedores a Deus do que Israel, então essa obrigação passa a ser moral, no sentido de fazermos muito mais que isso.
É interessante analisarmos também a relação de Paulo e a disposição das igrejas em contribuir com o seu ministério no sentido financeiro.
Se, no que diz respeito ao dízimo não podemos afirmar sua obrigatoriedade, à luz da bíblia, sem forçar o texto a dizer o que ele não quer dizer, em relação a este assunto, vamos então permitir o texto dizer o que ele quer dizer.
É interessante essa análise uma vez que Paulo é enfático quando diz respeito ao subsídio concedido àqueles que presidem às igrejas (I Tm 5, 18). Vale a pergunta: qual seria o real motivo de Paulo ao abrir mão de um direito que ele mesmo reconhece?
Cabem-nos então algumas perguntas: Por qual motivo Paulo rejeita a côngrua dos irmãos de Corinthios e, em contrapartida, aceita a de Filipos? Para não ser pesado?
Interessante... a igreja, situava-se numa cidade cosmopolita e, se tinha os pobres tinha também os mais abastados (ricos), e isso agente vê no assunto da ceia (II Co 11, 23).
Há alguns pontos a considerar no conteúdo da carta: quando Paulo reivindica sua autoridade apostólica e reclama de direitos não concedidos a ele em seu ministério.
Sabemos que não podemos afirmar aquilo que primariamente firma-se num pressuposto, todavia, a sinceridade de Paulo ao escrever suas cartas era impressionante. Ao escrever suas cartas às igrejas é notório observar, ou melhor, sentir o que o apóstolo sentia e no caso de I e II Co, o que temos é um ambiente de uma atmosfera de desconfiança e descrédito da igreja em relação ao apóstolo que a amava.
Paulo era contestado sobre seu caráter, embora sem querer afirmar, isso nos sinaliza uma igreja que tinha, pelo menos, uma liderança arrogante que não estavam aceitando, de pronto, o apostolado de Paulo.
Aceitar uma ajuda pessoal, nesse caso, comprometeria, sim, a liberdade do evangelho. Então entendemos que Paulo, mesmo amando aquela igreja, não podia sentir-se à vontade no que diz respeito a este assunto.
Nós vimos a situação de Corinthios, rota marítima, comercial, grande centro de diversões dos viajantes; e Paulo não queria ser pesado... Agora, analisemos a condição das igrejas da Macedônia que Paulo usa como exemplo para ensinar a igreja de Corinthios, que nesse caso, se parece muito com agente.
Eram igrejas pobres das quais faziam parte Tessalônica, Beréia e Filipos. Paulo chega a descrever em (IICor 8,1) que a situação era de profunda pobreza.
Outro ponto a considerar é que Paulo recusa a côngrua de Corinthios mais aceita a de Filipos, interessante não? Ora, Filipos era pobre de recursos, mas era rica de humildade, de submissão, de serviço. Ao que parece a região da Macedônia soube fazer uso de sua maior virtude. Gratidão.
De fato as igrejas da Macedônia, que haviam recebido o evangelho, o aceitaram em todo o sentindo entregando-se de corpo, alma e espírito e isso proporcionou toda a dádiva de Deus contida em sua mensagem, de maneira que nenhuma barreira foi suficiente para torná-los improdutivos ao ponto de Paulo elogiá-los em sua práxis, para tanto é só examinarmos (I Tess. I ) , é só elogio.
Nesse ponto então temos um paradoxo: uma igreja pobre, filha, numa região distante, enviando recursos para a matriz. Que maravilha!
Sendo assim, desarmados e com o coração aberto resta nos aprender o que a bíblia quer nos dizer, qual o significado de sua mensagem para os nossos dias e aplicá-los à nossa vida. Na igreja sempre haverá os imorais, porém isso não tira a autoridade do texto bíblico.
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