Palavra do leitor
- 01 de abril de 2011
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Pastores pintam Deus
Talvez o pastor não saiba, mas ele é um pintor que pinta um desenho para a sua congregação, e a partir desse desenho todos formam uma imagem mental do Deus altíssimo.
O ministro seleciona, distorce e cria características divinas de acordo com suas características pessoais. Assim, a congregação conhece Deus exclusivamente nesses desenhos.
Desenhamos o que aprendemos a desenhar.
A postura pastoral tem muito a ver com a posição teológica, o histórico pessoal do pastor e da sua relação pessoal com Deus. Sua arquitetura ministerial está relacionada a experiências próprias com Deus, às teorias teológicas, à sua infância e à personalidade.
Todos esses fatores podem representar fontes de distorções perceptivas baseadas no histórico de vida, aprendizagem e posição teológica. Eis um desafio pastoral: lapidar-se para assemelhar-se a Cristo.
Deus é o ser infinito, mas tem seus traços selecionados e sublinhados de acordo com essas características pastorais. Com isso, o Deus das ovelhas corre o risco de ser o Deus desenhado pelo pastor. Um falso Deus.
Assim, o perfil de líderes forma um perfil ministerial que estabelece um perfil de igreja e de ovelhas de acordo com o histórico de vida pastoral. Para amenizar isso, só a vida cheia de oração, estudos das Escrituras, autoavaliação, introspecção e humildade para não misturar os próprios desejos como sendo desejos divinos.
Tudo se agrava se o ministério pastoral passa a imagem de que só através dele há relacionamento entre as ovelhas e Deus.
As distorções psíquicas provocam as distorções teológicas, mas somente pela humildade e disponibilidade constante para a autoavaliação espiritual com o Espírito Santo é que o pastor diminui esse fator constituinte de qualquer personalidade humana.
Contudo o perigo é a ideia equivocada de autoridade inquestionável diante da congregação. Se houver a concepção de que não se retifica, pode ser sinal de um distúrbio de personalidade megalomaníaca que contamina o conceito de autoridade.
Querido pastor, cuidado com o que você desenha de Deus. Pois é justamente essa imagem que será absorvida pelas suas ovelhas. Se o pastor não estimula a autonomia doutrinária e o autodidatismo, as ovelhas tendem a ser mal discipuladas.
A falta de autonomia no conhecimento divino proporciona algumas consequências psicológicas e ministeriais negativas para o próprio pastor.
Primeiro cria ovelhas dependentes que não bebem direto da fonte e são pouco hábeis em resolver seus problemas espirituais. Constantemente dão problemas, pois sabem muito e nunca chegam ao conhecimento da verdade e ou à uma estabilidade espiritual.
Segundo, há o risco de os pastores criarem uma relação parasitária com as ovelhas, o que possibilita mais estresse ministerial. Sem poder de autonomia, as ovelhas se acham inseguras para resolver qualquer problemática.
Em último, o crescimento da igreja fica arrastado. Assim, a formação de novos discípulos e o Reino ficam comprometidos. As ovelhas não dão passos com as próprias pernas e se estagnam em seus ministérios.
Nosso desafio é um curso de desenho com o Mestre
O desafio é, portanto, em discernir a visão divina dos próprios intentos para a igreja. Isso se consegue a partir do crivo bíblico neotestamentário, onde Cristo é a chave hermenêutica. Logo, para conferir às ovelhas autonomia no conhecimento de Deus, o pastor precisará de 3 posturas.
Primeiro, um estímulo direcionado da autonomia devocional de suas ovelhas para que pratiquem suas devocionais, estudos e relação com Deus.
Em segundo, o pastor precisará pensar em longo prazo. Desenvolver autonomia nas ovelhas não é tarefa para meses, mas sim para anos. É um investimento estratégico através da EBD, do púlpito, etc.
Por último, o pastor precisará acreditar na vantagem disso, até porque é bíblico. Cristo veio possibilitar aceso direto ao Pai por intermédio Dele. Por que então intermediar a relação espiritual entre as ovelhas e Deus? As ovelhas precisam ser doutrinadas e enviadas diretamente à fonte. Não é do pastor que se bebe a água da vida.
Paulo disse para sermos seus imitadores, assim com ele era de Deus. O sentido mais correto seria não somente imitar o que Paulo faz, mas imitar para-onde-ele-olha. O que devemos imitar não são as atitudes de Paulo, mas o que ele faz, que é imitar o Mestre.
Portanto, devemos autoavaliar constantemente nossos desenhos Divinos antes de oferecê-los para as ovelhas. Deve-se, acima de tudo, estimulá-las a serem desenhistas por elas mesmas a fim de alcançarem um grau cada vez maior de crescimento espiritual. Só assim o Reino poderá crescer, cumprindo melhor a função do Ide através de soldados mais bem preparados para o século XXI.
Por isso nosso desafio em oração é: “Senhor, afasta-me de mim mesmo a cada dia e assemelhe-me cada vez mais ao Mestre para que eu possa pregá-lo com fidelidade aos meus irmãos”.
O ministro seleciona, distorce e cria características divinas de acordo com suas características pessoais. Assim, a congregação conhece Deus exclusivamente nesses desenhos.
Desenhamos o que aprendemos a desenhar.
A postura pastoral tem muito a ver com a posição teológica, o histórico pessoal do pastor e da sua relação pessoal com Deus. Sua arquitetura ministerial está relacionada a experiências próprias com Deus, às teorias teológicas, à sua infância e à personalidade.
Todos esses fatores podem representar fontes de distorções perceptivas baseadas no histórico de vida, aprendizagem e posição teológica. Eis um desafio pastoral: lapidar-se para assemelhar-se a Cristo.
Deus é o ser infinito, mas tem seus traços selecionados e sublinhados de acordo com essas características pastorais. Com isso, o Deus das ovelhas corre o risco de ser o Deus desenhado pelo pastor. Um falso Deus.
Assim, o perfil de líderes forma um perfil ministerial que estabelece um perfil de igreja e de ovelhas de acordo com o histórico de vida pastoral. Para amenizar isso, só a vida cheia de oração, estudos das Escrituras, autoavaliação, introspecção e humildade para não misturar os próprios desejos como sendo desejos divinos.
Tudo se agrava se o ministério pastoral passa a imagem de que só através dele há relacionamento entre as ovelhas e Deus.
As distorções psíquicas provocam as distorções teológicas, mas somente pela humildade e disponibilidade constante para a autoavaliação espiritual com o Espírito Santo é que o pastor diminui esse fator constituinte de qualquer personalidade humana.
Contudo o perigo é a ideia equivocada de autoridade inquestionável diante da congregação. Se houver a concepção de que não se retifica, pode ser sinal de um distúrbio de personalidade megalomaníaca que contamina o conceito de autoridade.
Querido pastor, cuidado com o que você desenha de Deus. Pois é justamente essa imagem que será absorvida pelas suas ovelhas. Se o pastor não estimula a autonomia doutrinária e o autodidatismo, as ovelhas tendem a ser mal discipuladas.
A falta de autonomia no conhecimento divino proporciona algumas consequências psicológicas e ministeriais negativas para o próprio pastor.
Primeiro cria ovelhas dependentes que não bebem direto da fonte e são pouco hábeis em resolver seus problemas espirituais. Constantemente dão problemas, pois sabem muito e nunca chegam ao conhecimento da verdade e ou à uma estabilidade espiritual.
Segundo, há o risco de os pastores criarem uma relação parasitária com as ovelhas, o que possibilita mais estresse ministerial. Sem poder de autonomia, as ovelhas se acham inseguras para resolver qualquer problemática.
Em último, o crescimento da igreja fica arrastado. Assim, a formação de novos discípulos e o Reino ficam comprometidos. As ovelhas não dão passos com as próprias pernas e se estagnam em seus ministérios.
Nosso desafio é um curso de desenho com o Mestre
O desafio é, portanto, em discernir a visão divina dos próprios intentos para a igreja. Isso se consegue a partir do crivo bíblico neotestamentário, onde Cristo é a chave hermenêutica. Logo, para conferir às ovelhas autonomia no conhecimento de Deus, o pastor precisará de 3 posturas.
Primeiro, um estímulo direcionado da autonomia devocional de suas ovelhas para que pratiquem suas devocionais, estudos e relação com Deus.
Em segundo, o pastor precisará pensar em longo prazo. Desenvolver autonomia nas ovelhas não é tarefa para meses, mas sim para anos. É um investimento estratégico através da EBD, do púlpito, etc.
Por último, o pastor precisará acreditar na vantagem disso, até porque é bíblico. Cristo veio possibilitar aceso direto ao Pai por intermédio Dele. Por que então intermediar a relação espiritual entre as ovelhas e Deus? As ovelhas precisam ser doutrinadas e enviadas diretamente à fonte. Não é do pastor que se bebe a água da vida.
Paulo disse para sermos seus imitadores, assim com ele era de Deus. O sentido mais correto seria não somente imitar o que Paulo faz, mas imitar para-onde-ele-olha. O que devemos imitar não são as atitudes de Paulo, mas o que ele faz, que é imitar o Mestre.
Portanto, devemos autoavaliar constantemente nossos desenhos Divinos antes de oferecê-los para as ovelhas. Deve-se, acima de tudo, estimulá-las a serem desenhistas por elas mesmas a fim de alcançarem um grau cada vez maior de crescimento espiritual. Só assim o Reino poderá crescer, cumprindo melhor a função do Ide através de soldados mais bem preparados para o século XXI.
Por isso nosso desafio em oração é: “Senhor, afasta-me de mim mesmo a cada dia e assemelhe-me cada vez mais ao Mestre para que eu possa pregá-lo com fidelidade aos meus irmãos”.
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