Palavra do leitor
- 20 de setembro de 2016
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Pastores Envolvidos na Política Partidária
Ultimamente, mais pastores estão se envolvendo na política partidária tentando se eleger em algum cargo público ou eletivo. Isto é um fato notório, que já foi muito comentado, discutido e esmiuçado. A pergunta é: por que tantos pastores ainda insistem nisto? Eu sei que é um direito extensivo a todo cidadão, salvo algumas situações que não vem ao caso colocar aqui, pois não são pertinentes.
O pastor, assim como o padre, já é uma pessoa pública, um sacerdote ou um ancião, já tem o seu rebanho, a sua ocupação e, obviamente, o seu salário, pois a Bíblia diz que digno é o obreiro do seu salário.(I Timóteo 5.18). O pastor é uma pessoa separada, ungida e abençoada para exercer os seus encargos junto à igreja e à sociedade. Uma ocupação muito diferente da que se refere ao político, porém, é tão ou mais importante quanto. A pergunta que não quer se calar é: então por que se meter com a política partidária?
Tenho procurado ouvir e ver alguns comícios, até para me ater aos fatos, como cidadão e como jornalista e sempre ouço: “O pastor é pastor dentro da igreja, na sua função ministerial, mas fora da igreja ele é um cidadão comum, alguém que se preocupa com a situação da cidade...” Para mim, pastor é pastor até dormindo, não dá para separar o pastor do cidadão ou do político. Eu imagino a cabeça dos fiéis como fica com este “quebra cabeças”. E se o pastor for eleito, como vai ficar a igreja? Quando ele será político eleito e quando ele será pastor? Convenhamos isto parece um jogo de xadrez, ou seria um jogo de cartas marcadas?
Existem pastores que são presidentes de extensos campos de trabalho, onde há muito ocupação e muitas questões para se resolver. Nesta hora, ele é pastor ou é político? Ele vai optar pela sua função espiritual, ou por sua função política ou temporal? Ah, ele pode mandar o seu vice, mas o vice não é o presidente. Mas o presidente está em reunião com o Diretório do seu Partido. Como é que Deus fica nesta história? Será que Deus aceita ser preterido? Será que vale a pena trocar ou manchar o seu cargo de pastor presidente por um mandato eletivo de quatro anos com a possibilidade de se reeleger? O pastor é digno de honra e não há dinheiro nem poder que compre essa honra dada por Deus.
Eu sei que existem muitos pastores candidatos. Sei que este é um direito de todo cidadão, mas foi Jesus quem disse que um reino dividido não pode prosperar. Quer ser político, deixa o seu pastorado e chafurda na política, como tantos já fizeram. Pastor-candidato, além de se envolver na política partidária ainda leva o seu rebanho junto. Conheci um pastor- político que dizia e ameaçava: “Quem não votar em mim eu excluo”. Um pastor que se candidata está minimizando a sua igreja e rebaixando o seu ministério, que recebeu com a imposição de mãos tendo o céu e a igreja como testemunha. Política e igreja são como água e óleo: não se misturam.
Cícero Alvernaz é aposentado, jornalista e Membro da Academia Guaçuana de Letras.
O pastor, assim como o padre, já é uma pessoa pública, um sacerdote ou um ancião, já tem o seu rebanho, a sua ocupação e, obviamente, o seu salário, pois a Bíblia diz que digno é o obreiro do seu salário.(I Timóteo 5.18). O pastor é uma pessoa separada, ungida e abençoada para exercer os seus encargos junto à igreja e à sociedade. Uma ocupação muito diferente da que se refere ao político, porém, é tão ou mais importante quanto. A pergunta que não quer se calar é: então por que se meter com a política partidária?
Tenho procurado ouvir e ver alguns comícios, até para me ater aos fatos, como cidadão e como jornalista e sempre ouço: “O pastor é pastor dentro da igreja, na sua função ministerial, mas fora da igreja ele é um cidadão comum, alguém que se preocupa com a situação da cidade...” Para mim, pastor é pastor até dormindo, não dá para separar o pastor do cidadão ou do político. Eu imagino a cabeça dos fiéis como fica com este “quebra cabeças”. E se o pastor for eleito, como vai ficar a igreja? Quando ele será político eleito e quando ele será pastor? Convenhamos isto parece um jogo de xadrez, ou seria um jogo de cartas marcadas?
Existem pastores que são presidentes de extensos campos de trabalho, onde há muito ocupação e muitas questões para se resolver. Nesta hora, ele é pastor ou é político? Ele vai optar pela sua função espiritual, ou por sua função política ou temporal? Ah, ele pode mandar o seu vice, mas o vice não é o presidente. Mas o presidente está em reunião com o Diretório do seu Partido. Como é que Deus fica nesta história? Será que Deus aceita ser preterido? Será que vale a pena trocar ou manchar o seu cargo de pastor presidente por um mandato eletivo de quatro anos com a possibilidade de se reeleger? O pastor é digno de honra e não há dinheiro nem poder que compre essa honra dada por Deus.
Eu sei que existem muitos pastores candidatos. Sei que este é um direito de todo cidadão, mas foi Jesus quem disse que um reino dividido não pode prosperar. Quer ser político, deixa o seu pastorado e chafurda na política, como tantos já fizeram. Pastor-candidato, além de se envolver na política partidária ainda leva o seu rebanho junto. Conheci um pastor- político que dizia e ameaçava: “Quem não votar em mim eu excluo”. Um pastor que se candidata está minimizando a sua igreja e rebaixando o seu ministério, que recebeu com a imposição de mãos tendo o céu e a igreja como testemunha. Política e igreja são como água e óleo: não se misturam.
Cícero Alvernaz é aposentado, jornalista e Membro da Academia Guaçuana de Letras.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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