Palavra do leitor
- 05 de abril de 2013
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Pastor: vocação ou profissão?
Antes de qualquer reflexão, é necessário que saibamos o que significa a palavra "vocação". Ela vem do latim vocare que significa "chamado". Antigamente este termo significava qualquer espécie de aptidão. Por exemplo: aptidão para medicina, música, artes, etc.. Depois ele foi adquirindo um significado religioso passando a designar o chamado de Deus. Vocação sempre indica um chamado. E quem chama sempre deseja alguma resposta da pessoa a quem chama. Deus não age de forma diferente. Só que ao chamar, antes de pedir, Ele dá. Deus, chamando o homem lhe dá a vida, a existência, e com a vida, dá-lhe também a liberdade.
"Profissão" é um trabalho, atividade especializada dentro da sociedade geralmente exercida por um profissional. Algumas atividades requerem estudos extensivos e a masterização de um dado conhecimento tais como advocacia, medicina, ou engenharia por exemplo. Outras dependem de habilidades práticas que requerem apenas formação básica (ensino fundamental ou médio), como as profissões de faxineiro, ajudante, jardineiro entre outras.
A vida não é feita só de momentos claros nos quais se percebe perfeitamente a vontade de Deus. Muitas vezes é necessário seguir por caminhos escuros e até incomuns. Muitos devem lutar duramente para seguir sua vocação. A Palavra de Deus não dispensa ninguém de pensar, de tatear, de buscar, de tomar decisões.
"Vocação" é convite pessoal que Deus dirige a cada um. Cada ser humano tem algo de pessoal e uma maneira pessoal de realizá-lo. Ao descobrir sua vocação, o homem está se descobrindo a si mesmo. Daí a necessidade de permanecer atento a tudo, para perceber sua própria vocação.
O conceito de pastor hoje é bem mais abrangente e evidenciado que no Novo Testamento. Aliás, muito pouco mencionado lá. Os serviços atribuídos ao pastor de cada igreja local, hoje, eram atribuídos com mais frequência aos presbíteros, anciãos e bispos - sempre no plural, nunca no singular. Com o tempo, a classe expandiu o seu grau de importância a tal ponto que quase podemos equipará-los aos sacerdotes levitas do Antigo Testamento.
Ser pastor hoje é pertencer a uma classe dominante, ter uma posição conceituada que muita mãe desejaria para seus filhos e muitas mulheres para seus maridos! É um grande título religioso, uma posição de muito destaque social sem concorrência e de salário compensador (dependendo da instituição-igreja).
Cristo não concedeu cargos, cabides de emprego, profissionais religiosos, líderes religiosos, donos de Igrejas, empresários de Igrejas, donos da verdade. Ele tinha somente uma intenção quando concedeu os dons ministeriais: que as pessoas se sentissem VOLUNTÁRIAS em Seu serviço (assim como Paulo e Pedro).
“apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pe 5:2). Os dons ministeriais eram um trabalho de “pastoreio”.
Os pastores levavam as ovelhas a ficar juntas (arrebanhavam), a fim de que elas fossem comer das melhores pastagens. Toda a tentativa de controle, autoridade humana, “forçar a barra”, pressão, tentar “exercer domínio” sobre a Igreja, inventar estratégias, fazer do ajuntamento “massa de manobra”, controlar as pessoas com chantagens, cargos e remunerações, aproveitar o cargo e “título do dom” para ter privilégios de qualquer pessoa, não procedia daquela “mente unificadora” que é Cristo. Não era um trabalho profissional (não havia remuneração), ninguém era obrigado, ou persuadido a fazer nada. Não dependia da capacidade humana, mas tudo era essencialmente espiritual, atendendo ao chamado do Mestre.
Paulo fazia questão de afirmar que deixava de lado, toda a sua intelectualidade e capacidade humana para se submeter à direção do Espírito e executar o seu ministério(I Co 2:4-7). O trabalho que Cristo concedeu aos vocacionados teria de passar e iniciar nEle mesmo. Quem extrapolava o espiritual não se submetia ao Espírito, deixava de ser “membro” de Seu ministério. Como anda escasso este trabalho nos dias de hoje! A demonstração de Espírito e de poder, somente é concedida aos vocacionados, àqueles que realmente têm os dons. Os outros têm somente palavras bonitas e... muita enganação.
As atividades exercidas pelo pastor não podem ser consideradas como u’a profissão, uma vez que o liame entre a atividade exercida por ele e sua igreja é vocacional e de natureza religiosa, onde se busca retribuição espiritual e não material. A submissão à doutrina da igreja decorre da fé que professa e não se confunde com a subordinação jurídica do empregado, o que o torna diferente de um profissional.
"Profissão" é um trabalho, atividade especializada dentro da sociedade geralmente exercida por um profissional. Algumas atividades requerem estudos extensivos e a masterização de um dado conhecimento tais como advocacia, medicina, ou engenharia por exemplo. Outras dependem de habilidades práticas que requerem apenas formação básica (ensino fundamental ou médio), como as profissões de faxineiro, ajudante, jardineiro entre outras.
A vida não é feita só de momentos claros nos quais se percebe perfeitamente a vontade de Deus. Muitas vezes é necessário seguir por caminhos escuros e até incomuns. Muitos devem lutar duramente para seguir sua vocação. A Palavra de Deus não dispensa ninguém de pensar, de tatear, de buscar, de tomar decisões.
"Vocação" é convite pessoal que Deus dirige a cada um. Cada ser humano tem algo de pessoal e uma maneira pessoal de realizá-lo. Ao descobrir sua vocação, o homem está se descobrindo a si mesmo. Daí a necessidade de permanecer atento a tudo, para perceber sua própria vocação.
O conceito de pastor hoje é bem mais abrangente e evidenciado que no Novo Testamento. Aliás, muito pouco mencionado lá. Os serviços atribuídos ao pastor de cada igreja local, hoje, eram atribuídos com mais frequência aos presbíteros, anciãos e bispos - sempre no plural, nunca no singular. Com o tempo, a classe expandiu o seu grau de importância a tal ponto que quase podemos equipará-los aos sacerdotes levitas do Antigo Testamento.
Ser pastor hoje é pertencer a uma classe dominante, ter uma posição conceituada que muita mãe desejaria para seus filhos e muitas mulheres para seus maridos! É um grande título religioso, uma posição de muito destaque social sem concorrência e de salário compensador (dependendo da instituição-igreja).
Cristo não concedeu cargos, cabides de emprego, profissionais religiosos, líderes religiosos, donos de Igrejas, empresários de Igrejas, donos da verdade. Ele tinha somente uma intenção quando concedeu os dons ministeriais: que as pessoas se sentissem VOLUNTÁRIAS em Seu serviço (assim como Paulo e Pedro).
“apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (I Pe 5:2). Os dons ministeriais eram um trabalho de “pastoreio”.
Os pastores levavam as ovelhas a ficar juntas (arrebanhavam), a fim de que elas fossem comer das melhores pastagens. Toda a tentativa de controle, autoridade humana, “forçar a barra”, pressão, tentar “exercer domínio” sobre a Igreja, inventar estratégias, fazer do ajuntamento “massa de manobra”, controlar as pessoas com chantagens, cargos e remunerações, aproveitar o cargo e “título do dom” para ter privilégios de qualquer pessoa, não procedia daquela “mente unificadora” que é Cristo. Não era um trabalho profissional (não havia remuneração), ninguém era obrigado, ou persuadido a fazer nada. Não dependia da capacidade humana, mas tudo era essencialmente espiritual, atendendo ao chamado do Mestre.
Paulo fazia questão de afirmar que deixava de lado, toda a sua intelectualidade e capacidade humana para se submeter à direção do Espírito e executar o seu ministério(I Co 2:4-7). O trabalho que Cristo concedeu aos vocacionados teria de passar e iniciar nEle mesmo. Quem extrapolava o espiritual não se submetia ao Espírito, deixava de ser “membro” de Seu ministério. Como anda escasso este trabalho nos dias de hoje! A demonstração de Espírito e de poder, somente é concedida aos vocacionados, àqueles que realmente têm os dons. Os outros têm somente palavras bonitas e... muita enganação.
As atividades exercidas pelo pastor não podem ser consideradas como u’a profissão, uma vez que o liame entre a atividade exercida por ele e sua igreja é vocacional e de natureza religiosa, onde se busca retribuição espiritual e não material. A submissão à doutrina da igreja decorre da fé que professa e não se confunde com a subordinação jurídica do empregado, o que o torna diferente de um profissional.
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