Palavra do leitor
- 16 de novembro de 2018
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Pastor, eu? Não, eu não sou Pastor!
Frequentemente, pelo fato de ter escrito reflexões devocionais para dois Devocionários [Presente Diário [*]da Rádio Trans Mundial e CDCD - Cada Dia Com Deus, da Igreja Holiness], e, ainda, por escrever, há 533 semanas [20.08.2008], para este site, da Editora Ultimato – coluna "Palavra do Leitor", além de ter sido, por algum tempo, colunista do Jornal Cidade Gospel [de Bauru], algumas pessoas me chamam de "pastor"; fico muito lisonjeado, mas, academicamente, não o sou, reafirmo aqui.
Venho, de certa forma, resistindo a este tema, há bastante tempo, por implicar em pontos que poderão ter uma interpretação não muito correta, mas, também é verdade que há 65 anos venho me esquivando sobre o assunto.
Eu tinha de 12 a 13 anos, recém-chegado em Juiz de Fora, de minha terra natal, Belo Horizonte, e o meu pastor, da Igreja Metodista, Rev. Juracy José Sias Monteiro, passava diariamente em minha casa [próxima à dele] e me incentivava a estudar Teologia - por fatores vários eu me escusava.
Era um menino pobre e perdi um ano de estudo pois meu pai não podia pagar um colégio particular para eu ingressar no curso ginasial, após ter eu terminado o curso primário em escola pública [grupo escolar] em Belo Horizonte, onde tínhamos um colégio estadual, o que não havia [nem há] em Juiz de Fora.
Minha mãe ousou ir ao gabinete do Prefeito da Cidade pedir uma bolsa de estudo e, por um ano, eu pude, enfim, ser matriculado no Ginásio Bicalho, perto de casa; em seguida consegui emprego, em uma oficina de consertos de eletrodomésticos e, a partir daí, pude dar continuidade aos estudos – durante o dia mãos na graxa e no óleo, e à noite frequentava as aulas.
A partir de então continuei a fugir do assunto, com pastores e outras pessoas, acrescentando à falta do dom da palavra [ausência de unção] o fato de ter que trabalhar durante o dia para estudar à noite, e, ainda por ser introvertido, tímido.
Arduamente consegui passar do ginásio para o curso de contabilidade, no Instituto Metodista Granbery, e depois pelo curso de Direito na Universidade Federal de Juiz de Fora, já aí com uma carreira promissora no Banco da Lavoura, que depois alterou a sua razão social para Banco Real, quando vim para São Paulo: um ano depois, alcancei o cargo de Contador Geral do Banco Real de Investimento e, em seguida, Contador Geral do Banco Real.
Há alguns anos, por desencontro de opiniões, uma pessoa de princípios não muito confiáveis, conseguiu envenenar o coração do líder espiritual da igreja, na qual eu servia por 12 anos, e eu acabei saindo, de volta à minha Igreja de origem, Metodista.
Surgiu, na época, a informação "de que eu estava saindo porque desejava ser pastor e estava demorando muito" (sic) – alegação essa totalmente alheia à realidade, pois se assim o fosse eu não teria retornado para a minha igreja de origem; lamento ter que citar isso, mas faz parte da história de ser eu, ou não, pastor.
Na Metodista, para ser ordenado pastor são necessários, no mínimo, uns 8 anos [4 a 5 de faculdade, após ser membro efetivo da denominação há mais de 3 anos].
De fato e de direito, não sou pastor, falta unção, bem como o estudo acadêmico de Teologia, além de pesar contra a minha introversão; há algum tempo, comentei, em um dos meus artigos, um texto bíblico que declara sacerdotes reais os que trabalham na Obra de Deus [não apenas eu], proclamando o evangelho.
"Vós, porém, sois raça eleita, SACERDÓCIO REAL, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, A FIM DE PROCLAMARDES as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia" (I Pedro 2 9-10).
Tenho hoje, com quase 80 anos [77], o desejo de cursar uma "pós graduação" em Teologia, não para ser ordenado pastor, mas por amor à Palavra de Deus, todavia a memória já não está ajudando muito: pouca coisa nova eu consigo guardar; brinco até que não é por esquecimento, mas por falta de espaço em meu HD [memória] que já armazena 77 anos de muitas informações, atos, fatos, experiências, etc.
Concluindo, exerço, por obediência, a "grande comissão" que o Senhor Jesus deixou para seus seguidores: "Fazer discípulos/ensinar" (Mateus 28.19), "Pregar o evangelho a toda criatura" (Marcos 16. 15) e "Testemunhar até os confins da terra" (Atos 1. 8); no meu caso, não oralmente, mas pela escrita.
Faço-o, também, por amor ao próximo: "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos"(I João 3. 16).
"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Filipenses 4. 8).
Pense nisto!
Edmar Torres Alves
Membro da Academia Paulista Evangélica de Letras - APEL
15.11.2018
Venho, de certa forma, resistindo a este tema, há bastante tempo, por implicar em pontos que poderão ter uma interpretação não muito correta, mas, também é verdade que há 65 anos venho me esquivando sobre o assunto.
Eu tinha de 12 a 13 anos, recém-chegado em Juiz de Fora, de minha terra natal, Belo Horizonte, e o meu pastor, da Igreja Metodista, Rev. Juracy José Sias Monteiro, passava diariamente em minha casa [próxima à dele] e me incentivava a estudar Teologia - por fatores vários eu me escusava.
Era um menino pobre e perdi um ano de estudo pois meu pai não podia pagar um colégio particular para eu ingressar no curso ginasial, após ter eu terminado o curso primário em escola pública [grupo escolar] em Belo Horizonte, onde tínhamos um colégio estadual, o que não havia [nem há] em Juiz de Fora.
Minha mãe ousou ir ao gabinete do Prefeito da Cidade pedir uma bolsa de estudo e, por um ano, eu pude, enfim, ser matriculado no Ginásio Bicalho, perto de casa; em seguida consegui emprego, em uma oficina de consertos de eletrodomésticos e, a partir daí, pude dar continuidade aos estudos – durante o dia mãos na graxa e no óleo, e à noite frequentava as aulas.
A partir de então continuei a fugir do assunto, com pastores e outras pessoas, acrescentando à falta do dom da palavra [ausência de unção] o fato de ter que trabalhar durante o dia para estudar à noite, e, ainda por ser introvertido, tímido.
Arduamente consegui passar do ginásio para o curso de contabilidade, no Instituto Metodista Granbery, e depois pelo curso de Direito na Universidade Federal de Juiz de Fora, já aí com uma carreira promissora no Banco da Lavoura, que depois alterou a sua razão social para Banco Real, quando vim para São Paulo: um ano depois, alcancei o cargo de Contador Geral do Banco Real de Investimento e, em seguida, Contador Geral do Banco Real.
Há alguns anos, por desencontro de opiniões, uma pessoa de princípios não muito confiáveis, conseguiu envenenar o coração do líder espiritual da igreja, na qual eu servia por 12 anos, e eu acabei saindo, de volta à minha Igreja de origem, Metodista.
Surgiu, na época, a informação "de que eu estava saindo porque desejava ser pastor e estava demorando muito" (sic) – alegação essa totalmente alheia à realidade, pois se assim o fosse eu não teria retornado para a minha igreja de origem; lamento ter que citar isso, mas faz parte da história de ser eu, ou não, pastor.
Na Metodista, para ser ordenado pastor são necessários, no mínimo, uns 8 anos [4 a 5 de faculdade, após ser membro efetivo da denominação há mais de 3 anos].
De fato e de direito, não sou pastor, falta unção, bem como o estudo acadêmico de Teologia, além de pesar contra a minha introversão; há algum tempo, comentei, em um dos meus artigos, um texto bíblico que declara sacerdotes reais os que trabalham na Obra de Deus [não apenas eu], proclamando o evangelho.
"Vós, porém, sois raça eleita, SACERDÓCIO REAL, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, A FIM DE PROCLAMARDES as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes misericórdia" (I Pedro 2 9-10).
Tenho hoje, com quase 80 anos [77], o desejo de cursar uma "pós graduação" em Teologia, não para ser ordenado pastor, mas por amor à Palavra de Deus, todavia a memória já não está ajudando muito: pouca coisa nova eu consigo guardar; brinco até que não é por esquecimento, mas por falta de espaço em meu HD [memória] que já armazena 77 anos de muitas informações, atos, fatos, experiências, etc.
Concluindo, exerço, por obediência, a "grande comissão" que o Senhor Jesus deixou para seus seguidores: "Fazer discípulos/ensinar" (Mateus 28.19), "Pregar o evangelho a toda criatura" (Marcos 16. 15) e "Testemunhar até os confins da terra" (Atos 1. 8); no meu caso, não oralmente, mas pela escrita.
Faço-o, também, por amor ao próximo: "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos"(I João 3. 16).
"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento" (Filipenses 4. 8).
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Edmar Torres Alves
Membro da Academia Paulista Evangélica de Letras - APEL
15.11.2018
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