Palavra do leitor
- 24 de abril de 2015
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Pastel de carne de cachorro e a decadência da dignidade humana
Na primeira quinzena de abril, os meios de comunicação, principalmente os sites de notícias divulgaram a notícia que, na cidade do Rio de Janeiro, uma lanchonete de propriedade de um chinês estava vendendo pasteis recheados com carne de cachorro, e como não bastasse o dito recheio canino dos pasteis, também foi descoberto que o tal chinês trazia pessoas da China em busca de melhores condições de vida aqui no Brasil. Essas pessoas vindas da china, a título de pagamento pelas despesas de viagem eram submetidas ao trabalho em condições de escravidão.Pois bem, para resumir, eram pasteis de carne de cachorro e trabalho escravo.
Sempre quando leio alguma notícia na internet, procuro também ler os comentários dos leitores da notícia, e no caso do pasteleiro chinês, a grande maioria, para não dizer todos os comentários, discorriam sobre o sofrimento dos animais e sobre a precariedade da cozinha xing ling. Eram textos e mais textos, discussões e mais discussões sobre a violência cometida contra os animais, ao ponto até de falar-se em pena de morte por tamanha selvageria.
A grande questão que reflete a realidade da pós-modernidade, o nosso tempo, é que nenhum comentário fez referência, nem que seja uma única palavra, sobre a condição sub-humana em que viviam os demais chineses. Os imigrantes, que provavelmente entraram de maneira ilegal aqui no Brasil, nem sequer foram contados como gente, pessoas, enfim, lembrados como um ser humano. Esse fato, tão pequeno e não raro, demonstra claramente a decadência da dignidade humana, ou seja, o valor da vida humana perdeu-se totalmente que nem sequer é comparado a uma matilha de vira-latas.
Não estou dizendo que concordo com o cardápio da pastelaria, pois como um ocidental dificilmente comeria cão, cobra, lagarto, rato, escorpião, enfim, minha cultura é inversa em algumas coisas à cultura oriental, onde para eles comer carne de vaca, galinha, ovelha pode ser até uma afronta a sua religião. Para mim sofrimento por sofrimento, toda animal sofre antes de virar uma picanha, bacon, frango grelhado ou filé mignon. Estou dizendo que com o passar do tempo o que é humano está cada vez mais depreciado e o que não é humano, animais, propriedade e posses estão cada vez mais supervalorizados. O trabalho escravo sempre existiu, existe e insiste teimosamente em permanecer como algo comum em nossos dias, sendo como a mais degradante forma de existência humana.
O ser humano, não o homem, continua em rota de extinção, e são poucos o que atentam para esse fato, o homem a cada dia perde o que é ser humano, dando lugar às mais animalescas práticas, distorcendo todos os valores que o mantém como fator de equilíbrio em seu próprio habitat.
Preserve as águas, preserve os animais, preserve tudo, se possível, também o homem!
Sempre quando leio alguma notícia na internet, procuro também ler os comentários dos leitores da notícia, e no caso do pasteleiro chinês, a grande maioria, para não dizer todos os comentários, discorriam sobre o sofrimento dos animais e sobre a precariedade da cozinha xing ling. Eram textos e mais textos, discussões e mais discussões sobre a violência cometida contra os animais, ao ponto até de falar-se em pena de morte por tamanha selvageria.
A grande questão que reflete a realidade da pós-modernidade, o nosso tempo, é que nenhum comentário fez referência, nem que seja uma única palavra, sobre a condição sub-humana em que viviam os demais chineses. Os imigrantes, que provavelmente entraram de maneira ilegal aqui no Brasil, nem sequer foram contados como gente, pessoas, enfim, lembrados como um ser humano. Esse fato, tão pequeno e não raro, demonstra claramente a decadência da dignidade humana, ou seja, o valor da vida humana perdeu-se totalmente que nem sequer é comparado a uma matilha de vira-latas.
Não estou dizendo que concordo com o cardápio da pastelaria, pois como um ocidental dificilmente comeria cão, cobra, lagarto, rato, escorpião, enfim, minha cultura é inversa em algumas coisas à cultura oriental, onde para eles comer carne de vaca, galinha, ovelha pode ser até uma afronta a sua religião. Para mim sofrimento por sofrimento, toda animal sofre antes de virar uma picanha, bacon, frango grelhado ou filé mignon. Estou dizendo que com o passar do tempo o que é humano está cada vez mais depreciado e o que não é humano, animais, propriedade e posses estão cada vez mais supervalorizados. O trabalho escravo sempre existiu, existe e insiste teimosamente em permanecer como algo comum em nossos dias, sendo como a mais degradante forma de existência humana.
O ser humano, não o homem, continua em rota de extinção, e são poucos o que atentam para esse fato, o homem a cada dia perde o que é ser humano, dando lugar às mais animalescas práticas, distorcendo todos os valores que o mantém como fator de equilíbrio em seu próprio habitat.
Preserve as águas, preserve os animais, preserve tudo, se possível, também o homem!
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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