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Palavra do leitor

Passando o bastão

Na mesma semana em que John Stott comemorou seu 90º aniversário, recebemos a notícia da morte de David Wilkerson. Alegro-me pelo privilégio de ter tido algum contato com a obra desses dois grandes homens de Deus, mas muito me angustia saber que há um grande número de cristãos da minha geração que ignoram por completo quem são esses homens.

John Stott, ministro anglicano, é autor de diversos livros e considerado um dos principais teólogos do século XX. Dou destaque especial a seu livreto "Crer é também pensar"[1] – pequeno em tamanho, mas grande em conteúdo. Trata-se de uma obra que ainda mantém o seu vigor, mesmo tendo sido escrita já há mais de 30 anos. Numa época em que vemos, de um lado, pastores que enfatizam a ortodoxia doutrinária, erudição bíblica, mas pouco cuidam da vida devocional e do engajamento missionário de suas igrejas, e, de outro, uma grande ênfase em “sinais”, “prodígios” e “maravilhas” espetaculosas, o pequeno livreto de Stott nos ajuda a retomar o equilíbrio. Devoção sem conhecimento é uma bolha de sabão. Conhecimento sem devoção é mera ostentação.

David Wilkerson, um pastor pentecostal, marcou seu lugar na história do cristianismo contemporâneo quando, ao ouvir o chamado de Deus, ousou proclamar o evangelho aos jovens dependentes químicos da cidade de Nova York. O que, a princípio, parecia coisa de um visionário idealista, se tornou um dos mais eficazes programas de recuperação de usuários de drogas e se espalhou por várias partes do mundo. No Brasil, ficou conhecido como “Desafio Jovem”[2].

Falo desses dois homens com uma certa nostalgia, mas, sinceramente, sou tomado de uma boa dose de temor. Estou vendo a passagem das gerações e entendo que a hora de receber o bastão se aproxima. Vejo homens que durante bastante tempo foram um referencial importante, seja em termos de teologia seja em termos de paixão missionária, prestes a completar a carreira. Não vejo, no entanto, na nova geração, pessoas com a mesma paixão e a mesma dedicação, pessoas efetivamente dispostas a manter o legado que recebemos.

Tomara que seja apenas miopia minha. Que Deus cumpra em nós os seus propósitos e que também nós tenhamos essa paixão e dedicação ao ministério, sabendo que os desafios que temos não são os mesmos que eles tiveram. Como disse William Carey: cabe a essa geração evangelizar a essa geração. Oremos por isso!


[1] John Stott, Crer é também pensar. São Paulo: ABU Editora, 2001.
[2] David Wilkerson, A cruz e o punhal. Belo Horizonte: Editora Betânia, 2008.
São Paulo - SP
Textos publicados: 8 [ver]

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