Palavra do leitor
- 11 de março de 2023
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Partindo e chegando: ajustes na rota.
Era uma tarde comum na simpática cidade de Marabá, norte do Brasil. O ano era 1989. O Sol se preparava para sumir pela noite que se avizinhava. Os passageiros pretendiam chegar à bela capital Belém em menos de uma hora. Tudo parecia correr normalmente. Após todos os procedimentos de rotina, o Boeing 737 começa a deslizar pela pista naquela que seria sua última decolagem. Ninguém imaginaria que uma simples "vírgula" impediria que o mesmo não chegasse ao seu destino. A rota selecionada erradamente pelos pilotos levaria a aeronave a um sentido oposto, e após voar por horas, já sem combustível, mergulharia em definitivo na selva amazônica para lá ficar para sempre.
Dentre muitas lições que podemos tirar desse fato, uma é que não basta iniciar a jornada, é preciso ter o mapa certo, e pequenos detalhes podem nos tirar do caminho. Assim é nossa vida: se não atentarmos para os ponteiros da bússola, podemos ficar rodando pelo caminho, perdidos e desorientados. Simplesmente deixar-se ser levado pelo automatismo inconsciente, pode ser o fator desencadeador de uma queda anunciada, de uma tragédia previsível. Entre a saída e a chegada há um percurso a ser detalhadamente verificado, checado, corrigido. Entre a decolagem e o pouso, mudanças no plano de voo podem ser necessárias e urgentes.
Também não basta começar bem, é preciso terminar bem. E mais: necessário é suportar a dor do processo que pode nos fazer uma outra pessoa, um novo ser humano e, assim, qualquer sofrimento poderá fazer sentido e dar significado à nossa curta existência. Como disse Viktor Frankl, o psiquiatra judeu que sentiu na pele os horrores e a insanidade de uma guerra: "quando a circunstância é boa, devemos desfrutá-la; quando não é favorável devemos transformá-la e quando não pode ser transformada, devemos transformar a nós mesmos".
E diante da tarefa árdua de metamorfosear-se, eis uma boa notícia: "aquele que em nós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" (Fl 1.6). E "Aquele" não muda, os processos sim. Ele permanece para sempre, nós vivemos e nos movemos em constante transformação concretizando a máxima de Heráclito quando afirmou: "ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou…"
Estamos em constante viagem, em permanente movimento, fazendo planos e desejosos de chegar ao destino, se possível, sem atrasos e sem escalas. Aprendamos com homens do passado que, mesmo no deserto, tiveram que seguir o GPS do alto e não os ditames do próprio coração e seguiram a voz D"aquele que perscruta todos os caminhos. A "shekiná" no caminho fez toda a diferença na vida deles e fará na nossa, ao final. Pela fé e obediência destes, Jesus viria à diante e seguiria à risca a rota planejada pelo Pai que, de maneira resoluta, o levou à vergonhosa cruz romana que seria humilhada pela vitória do Filho naquela inesquecível manhã dominical.
Voltando ao fatídico voo acima em que os pilotos foram enganados e levados para longe do destino desejado por um pequeno descuido, impedindo-os de ver o óbvio, fazemos o mesmo todas as vezes que desconsideramos os sinais que, como luzes de néon, nos alertam sobre os perigos na rota que podem nos tirar o foco e nos trazer distrações e disrupções.
Sinais servem para nos lembrar que melhor é perder uma viagem do que perder a vida; antes, voltar e ser encontrado, do que continuar sozinhos, rumo ao desconhecido. Melhor é seguir os rastros da trilha que nos levam aos pés do Cristo, aquele que pode nos trazer significado, propósitos e nos levar ao único destino capaz de nos satisfazer completamente como seres humanos: a presença do Pai.
Tony
faos.ead@gmail.com
Dentre muitas lições que podemos tirar desse fato, uma é que não basta iniciar a jornada, é preciso ter o mapa certo, e pequenos detalhes podem nos tirar do caminho. Assim é nossa vida: se não atentarmos para os ponteiros da bússola, podemos ficar rodando pelo caminho, perdidos e desorientados. Simplesmente deixar-se ser levado pelo automatismo inconsciente, pode ser o fator desencadeador de uma queda anunciada, de uma tragédia previsível. Entre a saída e a chegada há um percurso a ser detalhadamente verificado, checado, corrigido. Entre a decolagem e o pouso, mudanças no plano de voo podem ser necessárias e urgentes.
Também não basta começar bem, é preciso terminar bem. E mais: necessário é suportar a dor do processo que pode nos fazer uma outra pessoa, um novo ser humano e, assim, qualquer sofrimento poderá fazer sentido e dar significado à nossa curta existência. Como disse Viktor Frankl, o psiquiatra judeu que sentiu na pele os horrores e a insanidade de uma guerra: "quando a circunstância é boa, devemos desfrutá-la; quando não é favorável devemos transformá-la e quando não pode ser transformada, devemos transformar a nós mesmos".
E diante da tarefa árdua de metamorfosear-se, eis uma boa notícia: "aquele que em nós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" (Fl 1.6). E "Aquele" não muda, os processos sim. Ele permanece para sempre, nós vivemos e nos movemos em constante transformação concretizando a máxima de Heráclito quando afirmou: "ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou…"
Estamos em constante viagem, em permanente movimento, fazendo planos e desejosos de chegar ao destino, se possível, sem atrasos e sem escalas. Aprendamos com homens do passado que, mesmo no deserto, tiveram que seguir o GPS do alto e não os ditames do próprio coração e seguiram a voz D"aquele que perscruta todos os caminhos. A "shekiná" no caminho fez toda a diferença na vida deles e fará na nossa, ao final. Pela fé e obediência destes, Jesus viria à diante e seguiria à risca a rota planejada pelo Pai que, de maneira resoluta, o levou à vergonhosa cruz romana que seria humilhada pela vitória do Filho naquela inesquecível manhã dominical.
Voltando ao fatídico voo acima em que os pilotos foram enganados e levados para longe do destino desejado por um pequeno descuido, impedindo-os de ver o óbvio, fazemos o mesmo todas as vezes que desconsideramos os sinais que, como luzes de néon, nos alertam sobre os perigos na rota que podem nos tirar o foco e nos trazer distrações e disrupções.
Sinais servem para nos lembrar que melhor é perder uma viagem do que perder a vida; antes, voltar e ser encontrado, do que continuar sozinhos, rumo ao desconhecido. Melhor é seguir os rastros da trilha que nos levam aos pés do Cristo, aquele que pode nos trazer significado, propósitos e nos levar ao único destino capaz de nos satisfazer completamente como seres humanos: a presença do Pai.
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