Palavra do leitor
- 13 de maio de 2010
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Parábola do bom samaritano: religião e transgressão
A parábola do bom Samaritano (Lc 10: 25 – 37) é um daqueles trechos bíblicos que, devido sua extraordinária capacidade profética, ultrapassou a esfera religiosa para se tornar um patrimônio literário da humanidade.
Sua importância está na capacidade de superar dois mil anos de abismo cultural com uma mensagem que se enquadra perfeitamente em nossa realidade: a indiferença de alguns frente à solidariedade de um que, sem nenhum motivo aparente, presta assistência a um outro que fora espancado por alguns outros.
A mensagem torna-se chocante quando descobrimos que o espancado e os indiferentes participavam da mesma mesa religiosa – ideológica. Odiavam o que o Samaritano representava. Nem ao menos o cumprimentariam!
A dimensão religiosa está presente na parábola. Todos os envolvidos na trama são monoteístas e defendem superioridade no relacionamento histórico com Deus.
Qual a diferença então? Transgressão, digo-vos novamente: transgressão!
A religião se comporta como um pai severo, que na tentativa de proteger seu filho o enquadra num confinamento “educacional” fundamentado no principio do “não toque”, “não ouse”, “não invente”, “não veja”, “não prove”, etc.
Seja indiferente, sugerem-se nas entrelinhas. Toque, mas não “toque”. Ouse, mas não “ouse”. Invente, mas não “invente”. Veja, mas não “olhe”. Prove, mas não “prove”.
Se alguém desejar realmente romper com estas contradições invisíveis que nos aprisionam, outra vez vos digo: transgridam!
Transgressão neste contexto seria a implosão dos muros religiosos perversos, historicamente construídos para nossa “segurança”, que nos impedem de potencializar uma fé sensível, inovadora e criativa.
O samaritano transgressor viu e num gesto de ousadia aproximou-se para olhar e “olhando” sentiu a necessidade de tocar, “tocando” percebeu a gravidade dos ferimentos, “percebendo”, ousou na prestação do socorro: levantou-o e colocando sobre sua cavalgadura o conduziu para uma hospedaria, arcando com todos os custos do tratamento.
Em silêncio seguiu seu caminho. Se esta estória fosse verdadeira e não uma metáfora, certamente aquele homem teria provado a mais extraordinária experiência do ser - humano: sinalizar a presença do Reino de Deus.
Sua importância está na capacidade de superar dois mil anos de abismo cultural com uma mensagem que se enquadra perfeitamente em nossa realidade: a indiferença de alguns frente à solidariedade de um que, sem nenhum motivo aparente, presta assistência a um outro que fora espancado por alguns outros.
A mensagem torna-se chocante quando descobrimos que o espancado e os indiferentes participavam da mesma mesa religiosa – ideológica. Odiavam o que o Samaritano representava. Nem ao menos o cumprimentariam!
A dimensão religiosa está presente na parábola. Todos os envolvidos na trama são monoteístas e defendem superioridade no relacionamento histórico com Deus.
Qual a diferença então? Transgressão, digo-vos novamente: transgressão!
A religião se comporta como um pai severo, que na tentativa de proteger seu filho o enquadra num confinamento “educacional” fundamentado no principio do “não toque”, “não ouse”, “não invente”, “não veja”, “não prove”, etc.
Seja indiferente, sugerem-se nas entrelinhas. Toque, mas não “toque”. Ouse, mas não “ouse”. Invente, mas não “invente”. Veja, mas não “olhe”. Prove, mas não “prove”.
Se alguém desejar realmente romper com estas contradições invisíveis que nos aprisionam, outra vez vos digo: transgridam!
Transgressão neste contexto seria a implosão dos muros religiosos perversos, historicamente construídos para nossa “segurança”, que nos impedem de potencializar uma fé sensível, inovadora e criativa.
O samaritano transgressor viu e num gesto de ousadia aproximou-se para olhar e “olhando” sentiu a necessidade de tocar, “tocando” percebeu a gravidade dos ferimentos, “percebendo”, ousou na prestação do socorro: levantou-o e colocando sobre sua cavalgadura o conduziu para uma hospedaria, arcando com todos os custos do tratamento.
Em silêncio seguiu seu caminho. Se esta estória fosse verdadeira e não uma metáfora, certamente aquele homem teria provado a mais extraordinária experiência do ser - humano: sinalizar a presença do Reino de Deus.
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