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Palavra do leitor

Para tudo, há um culpado: uma reflexão sobre a morte de um cinegrafista e de um jovem lixado!

Para tudo, há um culpado: uma reflexão sobre a morte de um cinegrafista e de um jovem lixado!



‘’ Todo o caminho a direção do saber teológico ou em busca dos considerados dons espirituais, sem o filtro do amor, deságua em arbitrariedade, seletivismo, manipulação, segregação e, o mais triste de tudo, abre portas para o culto a um criador bestial, banal e boçal.’’



Sou eu, porventura, responsável pelo meu irmão e não foi a mulher que Tu me deste?

Eis as colocações feitas, de um lado, por Caim, ao demonstrar sua indiferença, com relação ao seu irmã irmão, Abel, e, de outro lado, por Adão, ao adotar a mesma linha de ação e resposta.

Parto dessas abordagens estabelecidas e me debruço no mais recentes e, diga – se de passagem, tristes episódios, ao qual envolveu a morte de um cinegrafista da TV Bandeirantes e um jovem lixado.

Evidentemente, muitos fragmentos de indiferença e desrespeito ao ser humano tem sido abundantes, nas metrópoles. Por ora, permaneço numa endêmica tendência do ser humano no que toca a atribuir a alguém, a construir ou, se não houver condições, escolher um bode – expiatório ou um culpado.

Mais recentemente, o jovem acusado de disparar o rojão, ao qual atingiu implacavelmente o cinegrafista da band, para não alterar a regra, adotou velho e histórico enredo de que para tudo há um culpado.

Desde já, antecipo – me a não erguer a bandeira de uma caça as bruxas, com a promoção de leis voltadas a restringir o direito e o dever das manifestações populares.

Novamente reitero, os derradeiros acontecimentos configuram uma mistura de reivindicações válidas, legítimas e coerentes; no entanto, tornam – se e tem se tornado uma válvula para o desencadear de vandalismos, da mais vil e estúpida resposta aos problemas ora vivenciados, por nossa população. Sem hesitar, a tentativa adotada pela defesa de um dos jovens presos, com todo o respeito, beira a uma articulação ineficaz e sem efeito algum.

De tudo, desde a tenra infância elegemos nossos culpados e, sem querer ser psicanalista, parece ser mais cômodo nos mantermos assim.

Nessa linha, sou eu o culpado pelos gastos astronômicos, com os eventos da Copa do Mundo e das Olimpíadas?

Sou eu o culpado por um sistema político de arranjos, do incessante toma cá e da lá?

Sou eu o culpado por uma banalização cultural, com programas ofensivos ao bom senso?

Sou eu o culpado pelas kracolândias?

Sou eu o culpado pela ausência de uma política aportada a proporcionar a convivência entre os homens, os indivíduos, os grupos?

Sou eu o culpado por um estilo de vida sobre a norma capital do individualismo, do utilitarismo e do descartamento do próximo?

Sou eu o culpado pelo contingente, cada vez maior, de mulheres abusadas e estupradas?

Em meio a tantos eu (s), provavelmente, não vamos mudar, transformar e inverter mecanismos complexos de opressão e espoliação.

Mesmo assim, podemos olhar para nossa realidade e rever se os nossos papeis não tem sido de migrar responsabilidades e deveres, aparentemente, tão simplórios, como não atirar uma lata no chão, e nomear a precariedade dos serviços públicos.

Nota – se o quanto evito tecer apologias em prol deste ou daquele, mas simplesmente alento causar um ponto de partida e, quem sabe, rever a nossa trajetória de todos os dias.
São Paulo - SP
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