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Palavra do leitor

Para que serve Deus?

"A fé deve trilhar por uma pulsação de transcendência, por uma linguagem lúdica e desafiadora, por uma manifestação dialética e corajosa."

A recente obra de Philip Yancey aborda uma pontiaguda arguição nos corredores da humanidade. Diga-se de passagem, sem qualquer destempero, uma matéria acarretadora de uma constelação de posições.

Por enquanto, sem a intenção de perpetrar uma análise de ordem sistêmica, procurei, com ênfase, lançar se a figura de Deus, expressamente, encontra sentido e coerência na contextualidade estigmatizada pela hipermodernidade.

Vale notar, precipuamente, dentro de uma realidade, cujas pessoas parecem, cada vez mais, resignadas com a panacéia no progresso como vetor máximo da felicidade e da erradicação das mazelas que assolam muitos. Sem titubear, o autor da referida obra, Para que serve Deus?, faz um interessante itinerário pela incidência da fé, por intermédio de uma multidiversidade de culturas e subculturas.

De modo análogo, tece enfoques sobre as ambiguidades e tensões partícipes da existência humana. Agora, pontuo sobre uma interpelação, que deveria ressoar em nosso ser, sobre qual a nossa postura, na dimensão de cristãos, sobre a valia de Deus?

Afinal de contas, segundo uma ótica anímica, movida pelas engrenagens das emoções e dos sentimentos, fatalmente, ao atentarmos para as catastrofes e os vácuos percorridos pela humanidade, consideraremos a figura de Deus desnecessário.

Ora, caso o Deus, e aqui enfoco o preconizado pelos cristãos, constitui o sentido, o destino e o motivo do ser humano, então, por qual motivo ao folhearmos os compêndios da história, extraímos uma profusão de genocídios, de guetos de marginalizados nas crakolândias, de bolsões de miseráveis, de povos pulverizados, de episódios de escravização do semelhante, de guerras fomentadas por interesses escusos e mesquinhos, por conflitos religiosos profundamente pueris e etceres?

Atualmente, embora possamos estufar o peito e aplaudir os feitos protagonizados pela capacidade de transformação, de inovação, de avanço e superação do homem, tão bem exemplificado pela tecnologia e pela informação em tempo real, ainda assim, tetricamente, podemos atestar um futuro alvissareiro, estupendo e patenteador de uma concreta manifestação da dignidade e do respeito ao ser humano?

Neste ínterim, trilhamos por um mundo de interconexões, de facilidades; prosseguimos marcados pelos paradoxos de povos excluídos de um oikos de privilegiados ou alienados por um mecanismo propulsionado pelas esfinges de um consumismo ditatorial.

Além do mais, o individualismo, o materialismo acerbado e descartador, os discurso por uma ética niilista e solipsista (ou seja, a concepção de que tudo depende de, ou melhor dito, de meu ponto de vista).

Não bastasse, uma repulsa declarada a tudo aquilo correlacionado a princípios absolutos, a tradição ao dever. De tudo isso, participamos de uma geração que acompanha a devastação do ecossistema, os infortúnios causados pela ganância de investidores inescrupulosos (que não se lembra da hecatombe deflagrada na crise econômica nos Estados – Unidos, em 2008).

Então, chego a uma peremptória conclusão, aportada na verdade inquebrantável de que a indagação sobre ‘’Para que serve Deus’’ deve ser melhor filtrado e ponderado.

Faço tais colocações, devido ao aspecto de se olharmos para as decisões e escolhas humanas encerradas no próprio eixo, tornar-se-á simples e redundante não imputarmos a Deus o caos e o vácuo percorrido pelo ser humano.

De certo modo, caso Deus tivesse anulado, do ser humano, o direito e o dever no que toca ao exercício das decisões, todos nós seríamos marionetes, caricaturas, figuras estúpidas e torpes.

Destarte, verifico o desafio da Igreja em ser porta-voz de uma justiça preservadora da vida; de uma esperança de peito aberto para chorar, para ser gente, para ser abraço, para ser lenitivo, para ser candura; de uma fé lúdica, de uma práxis teológica centrada na bíblia (alforriada de todos crassos e hediondos fundamentalismos); livre a fim de não ser concebida como uma eclesiologia esquizofrênica e paranóica, livre de uma deformada teologia convolada ao discurso das bênçãos e nada mais.

Por fim, deveríamos redefinir, como medida de honestidade, a pergunta sobre ‘’Para que serve Deus?’’.
São Paulo - SP
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