Palavra do leitor
- 24 de dezembro de 2012
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Papai Noel não é cristão!
Muitos dos feriados que temos existem por uma questão de mercado, pois induzem as compras e isso não é diferente com o Natal, feriado que em tese se celebra o nascimento de Jesus, mesmo que saibamos que ele não tenha nascido neste dia.
O mercado e as agências de marketing atuam juntos para tornarem este feriado o ponto mais alto do consumismo, tanto que entre Jesus e o Papai Noel, escolheram o Papai Noel como garoto propaganda destes dias. Mas porque isso? Simples: Papai Noel vende, Jesus não!
Na verdade Jesus vende, quando o que se quer vender é um bem ou um serviço religioso, mas quando se quer vender algo de natureza não religiosa, não é Jesus que se deve procurar.
É certo que nem todo mundo acredita nEle, mas é fato a sua historicidade, todavia o mesmo não se pode dizer do bom velhinho, entretanto mesmo sabendo que a figura do Papai Noel é uma fantasia, ela traz consigo uma mensagem da doação de presente apenas àqueles que foram “bons” meninos.
A doação que o Papai Noel faz é baseada do mérito, logo se você não o tem você nada receberá e por isso posso dizer: o Papai Noel não é cristão!
Ele não é cristão, porque é legalista[1], porque não tem a graça como principio de vida e isso porque não a aceita e nem a oferece.
Em todo Novo Testamento vemos o ensino sobre a graça de Deus. Tanto Jesus fala sobre ela em suas diversas parábolas quanto Paulo em suas várias cartas. A graça é apresentada como meio de salvação, visto que é impossível que o ser humano salve-se, porém através [apenas] dos méritos de Cristo Jesus, ele pode desfrutar desta dádiva.
A dádiva de Deus aos homens não depende dos méritos de outro que não seja Cristo, logo tudo quanto Deus oferece a humanidade Ele o faz por meio de Cristo. O que é a graça? Pela sua etimologia é um dom, uma dádiva, um favor imerecido. Porém prefiro dizer que graça é a doação de toda boa dádiva por meio de Cristo.
Assim diferente do Papai Noel, Jesus não busca os que merecem, mas aqueles que não merecem; não são os “bons meninos” que atraem a Cristo, mas os maus:
"Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores."[2]
E o que torna esta mensagem uma boa mensagem não é porque ela atende apenas aos maus, como se tivesse algum bonzinho, antes porque ela enquadra todos no mesmo patamar ou no mesmo status diante de Deus:
"Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?"[3]
"Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus." [4]
Logo é uma mensagem para todos nós, por isso Paulo pode dizer:
"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens."[5]
E o que ela faz?
"Essa graça nos ensina a abandonarmos a descrença e as paixões mundanas e a vivermos neste mundo uma vida prudente, correta e dedicada a Deus, enquanto ficamos esperando o dia feliz em que aparecerá a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo."[6]
Enquanto o mercado só se interessa por quem tem poder de compra, ou seja, aqueles que possuem algum dinheiro ou crédito; o evangelho se interessa por todos os homens. Enquanto o mercado diz que o ter é mais importante do que o ser; o evangelho diz o contrário. Enquanto o mercado através das propagandas diz que você precisar ter o que não precisa, comprar o que não pode, fazer o que não deve; o evangelho diz que o contentamento não depende das circunstâncias, mas de Cristo que pode fortalecer-nos.
Enquanto a figura do Papai Noel traz consigo uma mensagem de ‘troca’ de presentes; a pessoa de Cristo nos ensina que é melhor dar do que receber. Enquanto o Noel doa apenas no Natal; Jesus o faz o tempo todo. Enquanto o Papai Noel doa apenas presentes; o Filho de Deus deu-nos sua própria vida. Enquanto o Papai Noel é instrumento do mercado; Jesus é a encarnação do evangelho. Enquanto o Noel carrega um saco; o Messias carregou uma cruz!
Não obstante tudo isso, não tenho nada contra o Papai Noel, apenas a mensagem que ele transmite, ou melhor, que o mercado o faz transmitir. Meu problema é com o mercado que na semelhança de Midas corrompe todo o que toca, tirando seu real valor.
Ao celebrarmos o Natal, que não sejamos guiados pela lógica do mercado, mas pelo Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
"Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador das luzes do céu." [7]
"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."[8]
Naquele que carregou uma cruz no lugar de um saco,
Notas
[1] Legalismo é uma proposta de relação com Deus baseada num enquadramento legal, de maneira que o legalista compreende que sua aceitação por Deus, bem como as bençãos dadas por Ele só é possível mediante o cumprimento destas leis.
[2] Mc 2.17
[3] Mt 7.11
[4] Mc 10.18
[5] Tt 2.11
[6] Tt 2.12-13 NTLH
[7] Tg 1.17
[8] Jo 3.16
O mercado e as agências de marketing atuam juntos para tornarem este feriado o ponto mais alto do consumismo, tanto que entre Jesus e o Papai Noel, escolheram o Papai Noel como garoto propaganda destes dias. Mas porque isso? Simples: Papai Noel vende, Jesus não!
Na verdade Jesus vende, quando o que se quer vender é um bem ou um serviço religioso, mas quando se quer vender algo de natureza não religiosa, não é Jesus que se deve procurar.
É certo que nem todo mundo acredita nEle, mas é fato a sua historicidade, todavia o mesmo não se pode dizer do bom velhinho, entretanto mesmo sabendo que a figura do Papai Noel é uma fantasia, ela traz consigo uma mensagem da doação de presente apenas àqueles que foram “bons” meninos.
A doação que o Papai Noel faz é baseada do mérito, logo se você não o tem você nada receberá e por isso posso dizer: o Papai Noel não é cristão!
Ele não é cristão, porque é legalista[1], porque não tem a graça como principio de vida e isso porque não a aceita e nem a oferece.
Em todo Novo Testamento vemos o ensino sobre a graça de Deus. Tanto Jesus fala sobre ela em suas diversas parábolas quanto Paulo em suas várias cartas. A graça é apresentada como meio de salvação, visto que é impossível que o ser humano salve-se, porém através [apenas] dos méritos de Cristo Jesus, ele pode desfrutar desta dádiva.
A dádiva de Deus aos homens não depende dos méritos de outro que não seja Cristo, logo tudo quanto Deus oferece a humanidade Ele o faz por meio de Cristo. O que é a graça? Pela sua etimologia é um dom, uma dádiva, um favor imerecido. Porém prefiro dizer que graça é a doação de toda boa dádiva por meio de Cristo.
Assim diferente do Papai Noel, Jesus não busca os que merecem, mas aqueles que não merecem; não são os “bons meninos” que atraem a Cristo, mas os maus:
"Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores."[2]
E o que torna esta mensagem uma boa mensagem não é porque ela atende apenas aos maus, como se tivesse algum bonzinho, antes porque ela enquadra todos no mesmo patamar ou no mesmo status diante de Deus:
"Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?"[3]
"Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus." [4]
Logo é uma mensagem para todos nós, por isso Paulo pode dizer:
"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens."[5]
E o que ela faz?
"Essa graça nos ensina a abandonarmos a descrença e as paixões mundanas e a vivermos neste mundo uma vida prudente, correta e dedicada a Deus, enquanto ficamos esperando o dia feliz em que aparecerá a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo."[6]
Enquanto o mercado só se interessa por quem tem poder de compra, ou seja, aqueles que possuem algum dinheiro ou crédito; o evangelho se interessa por todos os homens. Enquanto o mercado diz que o ter é mais importante do que o ser; o evangelho diz o contrário. Enquanto o mercado através das propagandas diz que você precisar ter o que não precisa, comprar o que não pode, fazer o que não deve; o evangelho diz que o contentamento não depende das circunstâncias, mas de Cristo que pode fortalecer-nos.
Enquanto a figura do Papai Noel traz consigo uma mensagem de ‘troca’ de presentes; a pessoa de Cristo nos ensina que é melhor dar do que receber. Enquanto o Noel doa apenas no Natal; Jesus o faz o tempo todo. Enquanto o Papai Noel doa apenas presentes; o Filho de Deus deu-nos sua própria vida. Enquanto o Papai Noel é instrumento do mercado; Jesus é a encarnação do evangelho. Enquanto o Noel carrega um saco; o Messias carregou uma cruz!
Não obstante tudo isso, não tenho nada contra o Papai Noel, apenas a mensagem que ele transmite, ou melhor, que o mercado o faz transmitir. Meu problema é com o mercado que na semelhança de Midas corrompe todo o que toca, tirando seu real valor.
Ao celebrarmos o Natal, que não sejamos guiados pela lógica do mercado, mas pelo Deus e Pai de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo:
"Tudo de bom que recebemos e tudo o que é perfeito vêm do céu, vêm de Deus, o Criador das luzes do céu." [7]
"Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único filho para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna."[8]
Naquele que carregou uma cruz no lugar de um saco,
Notas
[1] Legalismo é uma proposta de relação com Deus baseada num enquadramento legal, de maneira que o legalista compreende que sua aceitação por Deus, bem como as bençãos dadas por Ele só é possível mediante o cumprimento destas leis.
[2] Mc 2.17
[3] Mt 7.11
[4] Mc 10.18
[5] Tt 2.11
[6] Tt 2.12-13 NTLH
[7] Tg 1.17
[8] Jo 3.16
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