Pan-ópticos eclesiásticos

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A fim de corroborar com a "fala" do irmão Márcio Simão de Vasconcellos, em seu texto O Valor da Integridade, que me fez recordar do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, em sua publicação Modernidade Líquida, quando o mesmo comenta a respeito dos panópticos utilizados no período fordista, do chamado capitalismo pesado.

Embora vivendo no chamado capitalismo líquido, o que já pressupõe um mal social, insistem, boa parte de líderes evangélicos em serem grandes presidentes de multinacionais eclesiásticas a serviço de Deus, segundo eles.

Como no capitalismo estão dirigindo igrejas que retratam o período dos panópticos, ou seja, igrejas pesadas com centenas de metros quadrados com os muros como os de Jericó, altos e resistentes, com o intuito de impedir a visão para o mundo exterior e suas reais necessidades. O panóptico nos dá uma visão ampla da empresa, assim como Chaplin em Tempos Modernos, a todo o tempo vigiado pelo presidente da fábrica. É contraditório uma visão ampla de si mesmo, mas é o real significado da igreja evangélica brasileira, inchados, pesados com si mesmos e suas preocupações materialistas. Levando o evangelho pela metade, nas absurdas "cruzadas" que custam milhares de reais, enquanto tal montante poderia ser destinado a trabalhos que realmente rendessem frutos, que recuperassem integralmente o necessitado povo brasileiro.

Ao que parecem estas pregações andam como a barriga do povo, vazia.

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Opinião do leitor