Palavra do leitor
- 24 de março de 2009
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A religião é o ópio do povo. Se Deus está morto, tudo é permitido. A primeira frase foi entoada por Marx. Já a segunda por Dostoievsky.
Não há como ofuscar essas frases; cada uma ressoa um teor sulfuroso e bombástico. Sem titubear, Deus acaba posto na berlinda, no banco dos réus, na inquisição dos homens!
Durante esses dias, pus os pés no ateliê das Cruzadas e fiquei observando a tinta petrificada nos quadros e exalando um sangue turvo. Não fui poupado dos grunhidos de inocentes soterrados pelo barro da truculência.
Andei mais um pouco, aterrorizado e numa sensação paradoxal excitado toquei nas esculturas de corpos, sonhos, desavisados, combatentes dizendo não. Nenhuma conclusão vinha a mente!
A verdade inquestionável de que os homens são prodigiosos amantes do poder e ojerizadores do diálogo, servia como um bom antídoto.
As Cruzadas deram lugar aos campos de concentração, as florestas virgens do Vietnã, aos desertos inóspitos da Guerra dos seis dias e outros fragmentos da história da humanidade.
Em todo as etapas da história de genocídios, Deus, em maior ou menor afinco, adentra no rol das escusas e justificativas. Então, para não fugir a regra, Cristo voltou ao páreo das discussões com maior eloquência nos últimos anos.
A sua divindade, a sua existência, a sua santidade até hoje não escapam dos crivos de seus opositores ou dos seus mais ardorosos apologistas.
Ainda não fechei uma questão: afinal de contas por que todos os domingos, mesmo diante de outras alternativas, prossigo pela opção e direção a um diálogo aberto, transparente e descompromissado com um personagem que porfia em andar pelas vicissitudes da história humana. Quiçá, caso a página estivesse preenchida, poderia dizer:
- Tudo não passa de um conto sem ser da carochinha!
Ora, não será então esse o detalhe sui generis de Cristo?
Ser um pouco de conto, um romance, uma fábula e, enfim, uma centelha para a nossa imaginação?
O que sei, a página continua aberta e isto a mais de dois mil e quinhentos anos.
Os viajantes, no desdobrar dos séculos, vão descobrindo por meio da linguagem onírica, lúdica e paradoxal desse personagem, a importância de que não devemos imputar ao leitor nenhuma leitura fechada, empedernida e pragmática.
Ao invés disso, corrigir os garranchos e não deixar de olhar para a vida!.....
Não há como ofuscar essas frases; cada uma ressoa um teor sulfuroso e bombástico. Sem titubear, Deus acaba posto na berlinda, no banco dos réus, na inquisição dos homens!
Durante esses dias, pus os pés no ateliê das Cruzadas e fiquei observando a tinta petrificada nos quadros e exalando um sangue turvo. Não fui poupado dos grunhidos de inocentes soterrados pelo barro da truculência.
Andei mais um pouco, aterrorizado e numa sensação paradoxal excitado toquei nas esculturas de corpos, sonhos, desavisados, combatentes dizendo não. Nenhuma conclusão vinha a mente!
A verdade inquestionável de que os homens são prodigiosos amantes do poder e ojerizadores do diálogo, servia como um bom antídoto.
As Cruzadas deram lugar aos campos de concentração, as florestas virgens do Vietnã, aos desertos inóspitos da Guerra dos seis dias e outros fragmentos da história da humanidade.
Em todo as etapas da história de genocídios, Deus, em maior ou menor afinco, adentra no rol das escusas e justificativas. Então, para não fugir a regra, Cristo voltou ao páreo das discussões com maior eloquência nos últimos anos.
A sua divindade, a sua existência, a sua santidade até hoje não escapam dos crivos de seus opositores ou dos seus mais ardorosos apologistas.
Ainda não fechei uma questão: afinal de contas por que todos os domingos, mesmo diante de outras alternativas, prossigo pela opção e direção a um diálogo aberto, transparente e descompromissado com um personagem que porfia em andar pelas vicissitudes da história humana. Quiçá, caso a página estivesse preenchida, poderia dizer:
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Ora, não será então esse o detalhe sui generis de Cristo?
Ser um pouco de conto, um romance, uma fábula e, enfim, uma centelha para a nossa imaginação?
O que sei, a página continua aberta e isto a mais de dois mil e quinhentos anos.
Os viajantes, no desdobrar dos séculos, vão descobrindo por meio da linguagem onírica, lúdica e paradoxal desse personagem, a importância de que não devemos imputar ao leitor nenhuma leitura fechada, empedernida e pragmática.
Ao invés disso, corrigir os garranchos e não deixar de olhar para a vida!.....
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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