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Palavra do leitor

Pacificadores

"Abençoados são os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus." – Mateus 5.9 BKJ 1611.

O pastor Martyn-Lloyde Jones disse certa vez que os pacificadores são considerados filhos de Deus porque aquilo que fazem é repetir exatamente o que o próprio Deus fez . Desse pensamento podemos entender que enquanto cristãos perseguimos a paz não como o mundo a persegue e tenta estabelecê-la. Pelo contrário, buscamos a paz que o próprio Deus sonhou. Vale, então, perguntar: como Deus planejou a paz e de que maneira ele deseja que a vivamos nesse mundo?

A Bíblia nos ensina que temos paz com Deus ao sermos justificados através do sacrifício de Jesus na cruz (Rm 5.1). Isso nos mostra que a verdadeira paz começa com a regeneração do coração humano ao aceitar Cristo como salvador e se arrepender dos seus pecados. Tendo paz com Deus é possível, então, estender paz às pessoas. Sem nos submeter ao Evangelho, nossos empreendimentos de pacificação não surtirão um efeito duradouro.

Outro ensinamento é que a busca pela paz sempre é acompanhada de um amor sacrificial. Jesus nos mostra isso quando se submete à vontade do Pai. Ele se fez homem, servo e se entregou na cruz (Fl 2.5-8), tornando possível a adoção como filhos daqueles que cressem em seu sacrifício (Gl 3.26). Quando não há amor sacrificial, que visa o bem estar máximo do ser amado, nossas buscas de paz são pautadas em interesses pessoais, mais preocupados com nós mesmos do que com o próximo.

Também aprendemos que as situações de paz podem ser precedidas por situações de conflito. Para que tivéssemos paz com Deus, Jesus foi conflitado por meio de críticas, zombarias e humilhações (Jo 19.1-3, Is 53.3-9). Não apenas isso: Cristo entrou em conflito contra Satanás, o pecado e a própria morte (Lc 4.1-13, 1 Co 15.55-57). Mas ele triunfou e sua ressurreição é prova disso (Rm 4.25). Aqui, porém, vale destacar algo muito importante: o tipo de conflito que Jesus enfrentou não foi como os que vemos em nossa sociedade, os quais são justificados por uma busca equivocada por paz. Longe de se basear em interesses pessoais e de agir com parcialidade, favorecendo mais um grupo do que o outro, Jesus se submeteu ao Pai, o qual é perfeitamente justo em suas ações, o qual estende sua graça apesar de sermos imerecedores, o qual nos criou e sabe exatamente como cuidar da sua criação. O que vemos, em muitos casos, são as nossas inclinações pecaminosas justificando atos de corrupção, violência e discriminação com a falsa ideia de estarem agindo em prol da justiça. Nesses casos, é sempre bom lembrar das falas de Tiago que nos adverte que a ira do homem não produz a justiça de Deus (Tiago 1.20).

Ainda vale destacar, conforme a Bíblia nos orienta, que sempre quando depender de nós devemos viver em paz com todas as pessoas (Rm 12.18). Não devemos, portanto, ser os causadores e promotores de discórdia, separação, indiferença e outros males. Quando Jesus disse aos discípulos que não veio trazer "paz à terra, mas a espada" (Mt 10.34-27), ele não estava estimulando que existissem batalhas sangrentas entre os povos. Se assim fosse ele estaria em contradição ao que a própria Bíblia diz sobre ele quando o apresenta como o Príncipe da paz (Is 9.6). O que Jesus ensina é que por ser contrário ao sistema desse mundo dominado pelas trevas, é inevitável que os ensinamentos do Reino de Deus gerem oposição e incômodo a todos aqueles que defendem a permanência desse sistema corrompido. Isso nos ajuda a entender o porquê de o próprio Cristo ter sido perseguido e morto, assim como muitos cristãos foram e ainda são perseguidos de diferentes maneiras a ponto de enfrentarem a morte.

Enquanto pacificadores agimos agora em oposição ao que éramos antigamente. Se antes éramos inimigos de Deus (Ef 2.1-3), hoje buscamos ser cooperadores com ele na sua obra de reconciliar o mundo (2 Co 5.19). Se antes buscávamos a paz fazendo justiça com nossas próprias mãos (Gl 2.16), hoje aceitamos a justiça que vem de Cristo, a qual nos torna justos diante do Pai, hoje esperamos em Deus o cumprimento de suas promessas e o seu juízo que há de trazer à luz todas as coisas (Rm 8.1; 2 Pe 3.12; Ec 12.14). Sendo agora reconhecidos como filhos de Deus, persigamos a paz em todos os nossos caminhos.
Contagem - MG
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