Palavra do leitor
20 de julho de 2010
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Ouvindo a chamada
Que ruído é esse nos ares,
Que me assalta os ouvidos
Qual cantilena longínqua
Feita de choros, gemidos?
Serão crianças famintas
A mendigar pelos lares
Em busca de pães dormidos?
Que ruído é esse nos ares?
Que ruído é esse nos ares
Que traz o vento vadio,
Qual crianças ao relento
Tiritremendo de frio?...
Será veleiro à deriva,
Ao léu, pelos sete mares,
Que da solidão se esquiva?...
Que ruído é esse nos ares?
Que ruído é esse nos ares
Que, qual trovador dolente,
Desfia o vil sofrimento
No seu violão plangente?
Não será um bardo antigo,
Dos mais remotos lugares,
Que vem povoar meus sonhos?...
Que ruído é esse nos ares?
“Quer saber?” -- Disse-me alguém –
“São povos de todo o mundo”,
Que têm a fome mais triste
E o frio mais profundo...”
A solidão dessa gente
É maior que a do veleiro
Perdido no mar, sem rumo,
Sem guia, sem timoneiro...”
“A música que entoam
Mais triste que o trovador
De tempos imemoriais,
Que perdeu seu grande amor.”
Por que -- perguntei à voz --
Tanto sofrer, tanta dor,
De que necessitam tanto,
Por que razão tal clamor?
A voz então respondeu:
“Não é por água nem pão,
Sustento tão material
Como a esmola do irmão.”
“É por algo mais precioso
Que dos seus olhos a luz,
Têm fome do Pão da Vida
Que foi erguido na cruz.”
“A sede que estão sentindo
Não é da água furtiva
Que flui no rio entre as pedras;
É sede da Água Viva!”
“Só Jesus pode aplacar
Sofrimento tão profundo
De nações tão oprimidas:
Ele é o Salvador do Mundo!”
Tentei dizer qualquer coisa,
Mas, preso em viva emoção,
Não consegui nada além
De curta e muda oração.
E a partir daquele instante,
Ouvi um ruído gostoso,
De vozes cantando hinos
De alegria, paz e gozo.
No lugar do cristão frio,
Pacato e acomodado,
Surgiu outro: bem mais forte,
Mais decidido e ousado.
Das cinzas do velho homem,
O novo, audaz, temerário;
E às terras de além–mar,
Voou mais um missionário.
Que me assalta os ouvidos
Qual cantilena longínqua
Feita de choros, gemidos?
Serão crianças famintas
A mendigar pelos lares
Em busca de pães dormidos?
Que ruído é esse nos ares?
Que ruído é esse nos ares
Que traz o vento vadio,
Qual crianças ao relento
Tiritremendo de frio?...
Será veleiro à deriva,
Ao léu, pelos sete mares,
Que da solidão se esquiva?...
Que ruído é esse nos ares?
Que ruído é esse nos ares
Que, qual trovador dolente,
Desfia o vil sofrimento
No seu violão plangente?
Não será um bardo antigo,
Dos mais remotos lugares,
Que vem povoar meus sonhos?...
Que ruído é esse nos ares?
“Quer saber?” -- Disse-me alguém –
“São povos de todo o mundo”,
Que têm a fome mais triste
E o frio mais profundo...”
A solidão dessa gente
É maior que a do veleiro
Perdido no mar, sem rumo,
Sem guia, sem timoneiro...”
“A música que entoam
Mais triste que o trovador
De tempos imemoriais,
Que perdeu seu grande amor.”
Por que -- perguntei à voz --
Tanto sofrer, tanta dor,
De que necessitam tanto,
Por que razão tal clamor?
A voz então respondeu:
“Não é por água nem pão,
Sustento tão material
Como a esmola do irmão.”
“É por algo mais precioso
Que dos seus olhos a luz,
Têm fome do Pão da Vida
Que foi erguido na cruz.”
“A sede que estão sentindo
Não é da água furtiva
Que flui no rio entre as pedras;
É sede da Água Viva!”
“Só Jesus pode aplacar
Sofrimento tão profundo
De nações tão oprimidas:
Ele é o Salvador do Mundo!”
Tentei dizer qualquer coisa,
Mas, preso em viva emoção,
Não consegui nada além
De curta e muda oração.
E a partir daquele instante,
Ouvi um ruído gostoso,
De vozes cantando hinos
De alegria, paz e gozo.
No lugar do cristão frio,
Pacato e acomodado,
Surgiu outro: bem mais forte,
Mais decidido e ousado.
Das cinzas do velho homem,
O novo, audaz, temerário;
E às terras de além–mar,
Voou mais um missionário.
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