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Palavra do leitor

Os três porquinhos, a unidade e a unanimidade

‘’Quando a Igreja abandona o discipulado e se ocupa em formar convicções, incorre na situação de se tornar numa caricatura estranha e irrelevante ao ser humano. Afinal de contas, o discipulado abraça o serviço (e o Cristianismo teve e tem sua origem no serviço e não no sucesso; basta atentar para a trajetória de Cristo, aqui na terra, até o consumar da Cruz) e a confissão, o diálogo e o silêncio. Agora se, porventura, permanece comprometida, tão somente, com questões dogmáticas, doutrinárias, apologéticas e teológicas, abre mão de seu coração – útero, ou seja, o discipulado que leva o cristão a seguir o chamado. Por consequência, acaba refém de lideranças personalistas e de ritualismos insossos. Aliás, vale dizer, assemelha – se a uma sublime estátua de ouro numa floresta, porque a pessoa, ali perdida, precisa de algo que mostre o caminho, sem nenhuma utilidade. Eis, acredito, o cenário de igrejas perdidas no tempo – presente, ao qual culminam no ostracismo e são vistas como inúteis para ir a direção das gerações vindouras.’’

‘’Como falar de unidade se acreditamos num evangelho de anônimos? Como aspirar a salvação do próximo se limitamos, a Cruz de Cristo, a figuras personalistas e predestinadas?’’

‘’Qual o sentido do amor, caso não esteja pautado nas relações concretas, em cada situação, da vida?’’

''‘’Não nos esqueçamos: apenas os livres podem obedecer.’’

Quem não se lembra da história dos três porquinhos? Talvez, algumas pessoas não saibam.

Mesmo assim, deixo narrar seu enredo, ao qual cai como uma luva, no assunto da unidade e da unanimidade. Eis a situação vivenciada por três porquinhos, numa pacata floresta. Cada um dos porquinhos vivia numa casa. O primeiro tinha uma casa de palha, o segundo de madeira e o terceiro de tijolos. Assim, num certo dia, um lobo esbravejou, na primeira casa e disse:

- Vou derrubar sua casa!

- Vou soprar, e soprar e soprar e sua casa vai cair!

Não deu outra, o danado do lobo estufou o peito e o efeito avassalador de seu sopro, literalmente, deixou o primeiro porquinho, sem eira nem beira. Diferentemente da primeira história, não deu pra correr e houve uma bela feijoada.

Passados alguns dias, o lobo reaparece e esbraveja, agora, para o segundo porquinho:

- Vou derrubar sua casa, não adianta se esconder!

- Vou soprar, e soprar, e soprar e soprar e sua casa vai cair!

Semelhante ao já ocorrido, a casa caiu e houve um agradabilíssimo churrasco, ao qual o lobo promoveu.

Por fim, diante da terceira casa, o lobo se valeu do mesmo discurso, mas sem nenhum resultado.

Evidentemente, a história tem certas alterações, propositais, com a intenção de extrairmos lições primorosas, a partir do texto de Juízes 17: 16; 18: 01 e 02, 27 e 28. Assim como os três porquinhos, os dois primeiros servem de paralelos para descrever elementos fundamentais para o preservar da unidade e da unanimidade.

Atentemos para a indiferença, a não percepção das vulnerabilidades, a ausência de discipuladores e de apoios. Infelizmente, alguém pontuou o perigo alderedor dos dois primeiros porquinhos?

Não havia, porque, como a cidade de Laís, se encontravam isolados e voltados, somente, para si.

Sem hesitar, nenhuma trajetória cristã, efetiva e saudável, pode se construída, caso não passe pelo serviço, pela confissão, pelo discipulado.

A cidade de Laís vivia, conforme o texto de Juízes 18: 01 a 08 e 27 a 28, no conforto da solidão e, diga – se de passagem, quem vive em solidão, não ver o próximo, ao abrir os olhos e ao olhar para o espelho da vida.

Aliás, tristemente, nos deparamos com um evangelho as avessas, com uma versão espúria no tocante a relação espiritual. Lamentavelmente, percebemos o soerguer de lideranças personalistas e de promessas imediatistas, mas sem a importância do próximo.

Eis o retrato de um discurso preconizador de uma relação privada e anônima, ao qual tem sido o componente acarretador de tantas pessoas marcadas depreciativamente com a igreja ou os denominados des-igrejados.

Para piorar a situação, a depauperização da fé cristã, mediante a miscelânea com uma ética positivista e utilitária, sem abordar a cura da realidade humana, como o aspecto principal da salvação.

Nada disso tem ou representa relevância, senão a satisfação dos meus interesses e melindres. Nada de se abordar sobre a vida em comunhão, do partilhar numa vida de confissão, do participar no serviço em prol do próximo e da parceira do discipulado. Nessa linha de raciocínio, repudiamos ser igreja e incorremos na panaceia de uma espiritualidade pessoal, para não dizer imanente.

Por fim, encerro o presente texto e espero suscitar uma elucubração, sem as arestas de cóleras com relação a igreja, sobre a urgência de alcançarmos o discipulado, o serviço e a confissão, como bases fundamentais para uma vida cristã não perfeita, mas sim saudável.
São Paulo - SP
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