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Palavra do leitor

Os quase-convertidos

Ao longo de sua caminhada terrestre, Jesus se deparou com muitas pessoas ansiosas por conhecê-lo e até seguí-lo. Muitas acompanhavam as multidões ávidas por ouvir aquele rabi que ensinava coisas estranhas acerca de um tal Reino o qual Ele mesmo tinha vindo estabelecer. Porém, a Bíblia relata que muitas dessas pessoas, mesmo estando diante do “Rei dos Reis, Senhor do Universo, a Encarnação do Deus Vivo”, simplesmente desperdiçaram a oportunidade, sem dúvida, a maior de suas vidas. Diante das palavras e do convite do Messias para uma vida com propósitos, resolveram continuar à mercê da própria sorte. Muitas o admiravam, o reverenciavam, mas suas mentes e corações estavam desfocados, desconectados. Tomaram uma decisão, pois não optar pelo Filho de Deus também é uma decisão. Chamo a essas pessoas de “Os Quase-convertidos”.

Lendo o livro de Atos dos Apóstolos, vemos dois personagens que me chamam a atenção: por pouco não aderiram à mensagem de Paulo que, mesmo sob prisão romana e ameaçado de morte pelos judeus, pregava o Evangelho de Cristo. Refiro-me ao governador da Cesaréia, Félix, que pareceu bastante interessado nas palavras do apóstolo dos gentios quando falava acerca do “caminho” (nome dado ao grupo de cristãos convertidos do judaísmo). Porém, em respeito aos líderes religiosos, com quem não queria problemas, manteve Paulo na prisão por dois anos. Félix foi um “quase-convertido”. O outro é o rei Agripa, que ao visitar Festo, sucessor de Félix, ouviu as palavras de Paulo e pareceu tocado pela mensagem até insinuando que, por pouco, não se tornara cristão (At 26:28). Todavia, os compromissos com o Império Romano e os conchavos políticos com os judeus não permitiram-lhe se aprofundar nas “Boas Notícias” daqueles dias do primeiro século da nossa Era. Agripa “quase se converteu”.

Podemos caminhar pelas páginas da Bíblia e encontraremos muitos outros simpatizantes das verdades bíblicas que tanto têm transformado vidas ao longo da História. Em Mateus, temos um relato de um jovem que, numa bela tarde ensolarada da Judeia, se aproxima de Jesus e pergunta-lhe como alcançar a vida eterna. Depois de uma resposta objetiva e clara do Mestre, o jovem retira-se triste e continua seu caminho da mesma maneira de antes, pois a proposta de Jesus pareceu-lhe muito pesada e difícil. Ele foi um “quase-convertido”. Outro personagem, bem mais conhecido de todos, é Judas, que caminhou com Jesus, participou do colégio apostólico, presenciou seus milagres e, como sabemos, se vendeu aos líderes judeus entregando-lhes Jesus e demostrando, assim, que seu coração, apesar de estar fisicamente próximo ao Salvador, estava preso a outros valores. Milhões de pessoas dariam tudo o que tem para ter a oportunidade que Judas teve. Ele foi mais um “quase-convertido”.

E o que dizer de Pôncio Pilatos, governador da Judeia por ocasião do julgamento de Jesus. Em Mateus 27:14, é dito que ele “se admirou grandemente ante o silêncio e paz demostrados por aquele jovem galileu diante das acusações proferidas pelos seus algozes”. Porém, diante da pressão do povo e influenciado pela sua mulher, Pilatos decide lavar suas mãos e deixar o caso para os judeus resolverem, mesmo concluindo que Jesus “era inocente e justo” (Mt 27:24). Eis mais um “quase-convertido”.

Diante do “Autor da Vida” (At 3:15), da “Estrela da Manhã” (Ap 22:16), da “Imagem do Deus Invisível” (Cl 1:15), essas pessoas optaram por continuar suas vidas sem o senhorio de Jesus. Resolveram continuar sozinhas pelos desertos áridos da Palestina, sem direção, sem farol, apenas guiadas pelos seus corações enganosos (Jr 17:9). Porém, gostaria de falar das pessoas que hoje têm essa mesma oportunidade e desperdiçam-na. Diante da revelação escrita que fala da necessidade urgente do homem pecador se voltar para Deus, continuam a viver em seus delitos e pecados, não conseguindo sequer “discernir entre a mão direita e a esquerda” (Jn 4:11). Alguns lotam as igrejas aos domingos, mas apenas vão para consumir algo que lhes interessa e na segunda-feira continuam suas vidas, construindo suas próprias torres de babel. Outros buscam com sua ética pessoal salvar-se a si mesmo, confiando em suas boas obras. E outros ainda procuram viver sem verdades absolutas, navegando na leveza dos relativismos.

Assim como no passado, hoje temos muitos “quase-convertidos”. Eles quase se arrependem de seus pecados, quase amam a Deus, quase caminham com Jesus, quase reconhecem o estado de morte em que se encontram e quase serão salvos. Porém, naquele Dia, Jesus dirá: “Não vos conheço, tampouco sei de onde sois. Retirai-vos para longe de mim...”(Lc 13:27). Os personagens citados tiveram suas vidas tangenciadas por Jesus em algum momento, porém, o medo, o apego e os compromissos com a vida falaram mais alto, impossibilitando-os de usufruir dos resultados eternos de um encontro que mudaria suas histórias. Que eu e você não comentamos o mesmo erro, a fim de que não sejamos conhecidos como “quase”, mas como “verdadeiros convertidos”.
Brasília - DF
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