Palavra do leitor
- 20 de março de 2015
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Os protestos de 15 de março são elitistas?
Os protestos que tivemos nos últimos dias mostraram de maneira geral a insatisfação da população brasileira com seus governantes. Não é para menos, já que pagamos uma carga alta de tributos (em sua maioria indiretos, que oneram mais o pobre), e não vemos essa arrecadação ser traduzida em serviços públicos de qualidade. Ao contrário, vemos a décadas nossos recursos serem dilapidados, primeiro pela ineficiência e má aplicação dos recursos e segundo pela corrupção generalizada em nosso país.
Muitos tentaram minimizar os protestos, afirmando ser o “tom” de uma classe só, de uma classe média branca que não quer abrir mão de seus “luxos”. De fato, os institutos de pesquisa, como do Datafolha, mostraram que tanto a manifestação de sexta, como a de domingo tinham um perfil “elitista”, pois grande parte de seus participantes possuíam escolaridade de nível superior (http://app.folha.com/#noticia/531499). Mas, podemos concluir com isso, que a parcela social menos favorecida economicamente (que incluí grande parcela dos negros, discriminados por muito tempo no Brasil), e que não possuem acesso adequado aos serviços públicos básicos (educação, saúde e saneamento), concordam com o modo como os governos tem gerido o país?
É obvio que não! O que ocorre é que esta parcela menos favorecida da população não possuí força e nem voz para gritar e clamar por justiça! Essa grande massa da população brasileira não tem acesso aos canais de participação que nós, pessoas que possuem acesso à internet e a informação temos. Somente o fato de existir uma população assim, privada até mesmo de ter voz, num país que é a 8ª economia mundial e com uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo, mostra que as coisas não estão nada bem!
O que vi nesses protestos, não foi uma classe média tentando proteger os seus “luxos”, mas pessoas que possuem acesso a informação e a educação, mostrarem a sua indignação com a ineficiência dos gastos públicos e a corrupção, frente as altas cargas tributárias que são colocadas nos nossos ombros. E isso é um fato até mais marcante para os mais pobres, que são mais onerados pelos impostos indiretos e pela inflação, mesmo eles não possuindo voz para protestarem.
Logo, o governo, e também os militantes de esquerda e direita, deveriam abandonar o discurso maniqueísta (situação x oposição), partidário (PT x PSDB), e de ódio entre as classes, mas enxergarem o fato inequívoco da má utilização dos recursos públicos (ineficiência e corrupção). E que além dessa parcela informada da população que se manifestou, existe uma grande massa que nem voz possuí para protestar.
Muitos tentaram minimizar os protestos, afirmando ser o “tom” de uma classe só, de uma classe média branca que não quer abrir mão de seus “luxos”. De fato, os institutos de pesquisa, como do Datafolha, mostraram que tanto a manifestação de sexta, como a de domingo tinham um perfil “elitista”, pois grande parte de seus participantes possuíam escolaridade de nível superior (http://app.folha.com/#noticia/531499). Mas, podemos concluir com isso, que a parcela social menos favorecida economicamente (que incluí grande parcela dos negros, discriminados por muito tempo no Brasil), e que não possuem acesso adequado aos serviços públicos básicos (educação, saúde e saneamento), concordam com o modo como os governos tem gerido o país?
É obvio que não! O que ocorre é que esta parcela menos favorecida da população não possuí força e nem voz para gritar e clamar por justiça! Essa grande massa da população brasileira não tem acesso aos canais de participação que nós, pessoas que possuem acesso à internet e a informação temos. Somente o fato de existir uma população assim, privada até mesmo de ter voz, num país que é a 8ª economia mundial e com uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo, mostra que as coisas não estão nada bem!
O que vi nesses protestos, não foi uma classe média tentando proteger os seus “luxos”, mas pessoas que possuem acesso a informação e a educação, mostrarem a sua indignação com a ineficiência dos gastos públicos e a corrupção, frente as altas cargas tributárias que são colocadas nos nossos ombros. E isso é um fato até mais marcante para os mais pobres, que são mais onerados pelos impostos indiretos e pela inflação, mesmo eles não possuindo voz para protestarem.
Logo, o governo, e também os militantes de esquerda e direita, deveriam abandonar o discurso maniqueísta (situação x oposição), partidário (PT x PSDB), e de ódio entre as classes, mas enxergarem o fato inequívoco da má utilização dos recursos públicos (ineficiência e corrupção). E que além dessa parcela informada da população que se manifestou, existe uma grande massa que nem voz possuí para protestar.
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