Palavra do leitor
- 08 de junho de 2010
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Os pregadores da vida e a coragem de ser cristão
Os pregadores da vida
"A mensagem cristã tem o compromisso de lidar e enfrentar os dilemas da salvação, ou, em outras palavras, da cura da existência humana."
Certa vez, na empresa em que trabalhava, recebi a notícia de um jovem que sem qualquer justificativa havia decidido pelo suicídio.
Ninguém conseguiu descrever a razão ou encontrar algum motivo. Por enquanto, ater-me-ei a abordar sobre a importância de vida. Para muitos, aliás, ela perdeu o sentido, o destino e o motivo.
Lamentavelmente, poucos não são os relatos de pessoas, até podemos dizer, bem situadas na sociedade que decidem por essa interrupção abrupta da vida.
Parto dessas alusões e trago à tona a obra "assim falou Zarathustra".
Mais precisamente, no capítulo chamado ‘’Os Pregadores da Morte (Pt. I, cap. 9)’’, da autoria de Friedrich Nitzche. Nesta obra, Nitzche demonstra, por meio de uma narrativa cativante, as formas pelas quais a vida pode ser refutada.
O cenário traz um inválido, um ancião, um defunto. De imediato, ao prosseguirmos pela leitura dessa obra, deparar-nos-emos com a vida refutada, esquecida e descartada.
No discorrer dos comentários, observamos uma inquestionável verdade preconizada por Nitzche e que abre uma dimensão de redefinirmos nossos papeis, dentro da cristandade.
A saber:
‘’eles refutam a vida, porque só vêem um aspecto da existência’’.
Deveras, escolhi traçar um encontro visceral do texto de Eclesiastes 03 e o renomado filósofo da potência da vida.
Sem querer fazer qualquer discurso de ataque ou defesa, em prol da narrativa bíblica ou do declarado pensador de linhas aversivas ao cristianismo.
Assim, acredito ser fundamental, trabalharmos por um discurso prático da vida, movida pela coragem de ser, por utopias oriundas de uma fé genuína e libertária do ser humano.
Muito embora, encontramos em Nitchze, a auto-afirmação com a negação veemente da mediocridade e decadência. No entanto, aceito fazer a trajetória de pontuarmos pela coragem de ser ao lado do outro.
Por conseqüência, passamos a compreender o manifestar de um evangelho genuíno, não na auto-afirmação individualista. Em contrapartida, no exercício do amor realizado numa realidade concreta, dentro de um tempo e espaço, em que o próximo não pode ser excluído.
É bem verdade, numa época do cada um por si e Deus por todos, de uma fé compromissada a enfatizar os bem-sucedidos, somos convidados a pelejarmos pela comunhão espiritual, pela potência da vida confirmada na interdependência, na intensidade, na familiaridade e na profundidade do amor a si mesmo, ao próximo e a vida.
Eis aqui, então, uma questão a ser revista, na trajetória cristã!
A coragem de ser cristão
''pauta-se com assaz ênfase sobre o quão vital representa o papel missiológico da igreja; no entanto, por qual motivo nos incomodamos com a missão da comunhão espiritual do servir, do ouvir e tolerar, de ser partícipe de uma eclesia de parceria e de uma cristandade partilhadora da esperança e justiça, do amor e da paz? enfim, abrirmos mão de um evangelho de encontro de nucas e priorizarmos o de faces.''
A léguas de distância, procuro andar de um discurso de exclusivismo. A grosso modo, puxar a sardinha para o lado cristão. Então, desde logo, sem qualquer bitolagem, reconheço o aspecto notório de ensejar ser um cristão ciente e sensível as ambigüidades e turbulências da vida.
Nessa linha de raciocínio, alicerço-me nas palavras de Tomás de Aquino e o veredicto no que toca a alcançarmos uma espiritualidade saudável , por meio do Espírito Santo. Além do mais, uma espiritualidade ancorada na fé, na esperança e no amor na coragem de ser.
Faço tais colocações, em decorrência de muitos cristãos estarem em guetos, por causa da ausência dessa presença libertadora e revolucionária do Espírito Santo.
Sem titubear, enfatizo, sim e sim, a incidência do Espírito Santo na promoção e consolidação de um evangelho fomentado por princípios éticos e espirituais que venham nos invadir de candura, de docilidade, de inspiração, de afetuosidade e, em suma, de Cristo.
Aliás, essa coragem de ser, em Cristo, suscita um resgate das dimensões psicológicas, psicossomáticas, cognitivas e espirituais do ser humano, em virtude de terem sido assoladas e degeneradas pelo pecado ou auto-engano.
Atentemo-nos, para melhor elucidação, para os denominados paradigmas de fé, conforme elencado em Hebreus. Não há como negar, foram sujeitos as contingências, as dúvidas e as transitoriedades da vida.
No entanto, conseguiram compreender o quão fundamental constitui dispor de um coração pacificado, de uma espiritualidade aberta para dialogar e se derramar diante de Deus, sem reservas e justificativas, de uma liberdade que nos lança ao próximo e a vida.
Agora, cabe, a cada um de nós, decidirmos ou não por essa coragem!
"A mensagem cristã tem o compromisso de lidar e enfrentar os dilemas da salvação, ou, em outras palavras, da cura da existência humana."
Certa vez, na empresa em que trabalhava, recebi a notícia de um jovem que sem qualquer justificativa havia decidido pelo suicídio.
Ninguém conseguiu descrever a razão ou encontrar algum motivo. Por enquanto, ater-me-ei a abordar sobre a importância de vida. Para muitos, aliás, ela perdeu o sentido, o destino e o motivo.
Lamentavelmente, poucos não são os relatos de pessoas, até podemos dizer, bem situadas na sociedade que decidem por essa interrupção abrupta da vida.
Parto dessas alusões e trago à tona a obra "assim falou Zarathustra".
Mais precisamente, no capítulo chamado ‘’Os Pregadores da Morte (Pt. I, cap. 9)’’, da autoria de Friedrich Nitzche. Nesta obra, Nitzche demonstra, por meio de uma narrativa cativante, as formas pelas quais a vida pode ser refutada.
O cenário traz um inválido, um ancião, um defunto. De imediato, ao prosseguirmos pela leitura dessa obra, deparar-nos-emos com a vida refutada, esquecida e descartada.
No discorrer dos comentários, observamos uma inquestionável verdade preconizada por Nitzche e que abre uma dimensão de redefinirmos nossos papeis, dentro da cristandade.
A saber:
‘’eles refutam a vida, porque só vêem um aspecto da existência’’.
Deveras, escolhi traçar um encontro visceral do texto de Eclesiastes 03 e o renomado filósofo da potência da vida.
Sem querer fazer qualquer discurso de ataque ou defesa, em prol da narrativa bíblica ou do declarado pensador de linhas aversivas ao cristianismo.
Assim, acredito ser fundamental, trabalharmos por um discurso prático da vida, movida pela coragem de ser, por utopias oriundas de uma fé genuína e libertária do ser humano.
Muito embora, encontramos em Nitchze, a auto-afirmação com a negação veemente da mediocridade e decadência. No entanto, aceito fazer a trajetória de pontuarmos pela coragem de ser ao lado do outro.
Por conseqüência, passamos a compreender o manifestar de um evangelho genuíno, não na auto-afirmação individualista. Em contrapartida, no exercício do amor realizado numa realidade concreta, dentro de um tempo e espaço, em que o próximo não pode ser excluído.
É bem verdade, numa época do cada um por si e Deus por todos, de uma fé compromissada a enfatizar os bem-sucedidos, somos convidados a pelejarmos pela comunhão espiritual, pela potência da vida confirmada na interdependência, na intensidade, na familiaridade e na profundidade do amor a si mesmo, ao próximo e a vida.
Eis aqui, então, uma questão a ser revista, na trajetória cristã!
A coragem de ser cristão
''pauta-se com assaz ênfase sobre o quão vital representa o papel missiológico da igreja; no entanto, por qual motivo nos incomodamos com a missão da comunhão espiritual do servir, do ouvir e tolerar, de ser partícipe de uma eclesia de parceria e de uma cristandade partilhadora da esperança e justiça, do amor e da paz? enfim, abrirmos mão de um evangelho de encontro de nucas e priorizarmos o de faces.''
A léguas de distância, procuro andar de um discurso de exclusivismo. A grosso modo, puxar a sardinha para o lado cristão. Então, desde logo, sem qualquer bitolagem, reconheço o aspecto notório de ensejar ser um cristão ciente e sensível as ambigüidades e turbulências da vida.
Nessa linha de raciocínio, alicerço-me nas palavras de Tomás de Aquino e o veredicto no que toca a alcançarmos uma espiritualidade saudável , por meio do Espírito Santo. Além do mais, uma espiritualidade ancorada na fé, na esperança e no amor na coragem de ser.
Faço tais colocações, em decorrência de muitos cristãos estarem em guetos, por causa da ausência dessa presença libertadora e revolucionária do Espírito Santo.
Sem titubear, enfatizo, sim e sim, a incidência do Espírito Santo na promoção e consolidação de um evangelho fomentado por princípios éticos e espirituais que venham nos invadir de candura, de docilidade, de inspiração, de afetuosidade e, em suma, de Cristo.
Aliás, essa coragem de ser, em Cristo, suscita um resgate das dimensões psicológicas, psicossomáticas, cognitivas e espirituais do ser humano, em virtude de terem sido assoladas e degeneradas pelo pecado ou auto-engano.
Atentemo-nos, para melhor elucidação, para os denominados paradigmas de fé, conforme elencado em Hebreus. Não há como negar, foram sujeitos as contingências, as dúvidas e as transitoriedades da vida.
No entanto, conseguiram compreender o quão fundamental constitui dispor de um coração pacificado, de uma espiritualidade aberta para dialogar e se derramar diante de Deus, sem reservas e justificativas, de uma liberdade que nos lança ao próximo e a vida.
Agora, cabe, a cada um de nós, decidirmos ou não por essa coragem!
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