Palavra do leitor
- 08 de setembro de 2020
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Os pobres de sucesso
Adão e Eva não tinham nada o que vestir, mas eles eram muito ricos. A pobreza deles se deu a partir do primeiro momento em que desobedeceram a Deus. Eles adquiriram mais do que o necessário, do que o permitido. Ali a miséria começou. Foi assim que nos tornamos todos pobres...
Por isso também Jesus, o Rei do universo, nasceu pobre. Não que em si fosse pobre. Não. Em sua pessoa estava incutida toda a glória, a glória do unigênito do Pai. Jesus, o Rei, sempre foi riquíssimo possuidor do reino dos céus e de tudo. Mas ele se fez pobre para que nos tornássemos ricos.
Então, ele nasceu na pobreza, numa manjedoura. E embora tenha sido sepultado num túmulo de um rico, também morreu pobre. O túmulo, não era seu.
Além da pobreza de bens físicos, evidente e palpável o Senhor também perdeu a sua própria vida, o seu sangue, a sua alma e o seu espírito. Ele morreu.
Aquele seu belo corpo, bem vestido, foi despedido, torturado, pregado numa cruz e Ele expirou: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito". Um corpo sem espírito é morto. Um homem absolutamente pobre, é pobre até da própria vida. É pobre de espírito. No sepulcro Jesus não possuía absolutamente nada, não fazia nada, não sabia nada, não era nada, além de um cadáver, um condenado, morto.
Jesus não teve por usurpação, ou coisa pela qual se apegar, o ser igual a Deus. Ele se fez homem. Homem de carne e osso. Mortal. Morreu servindo. E desceu ainda mais um degrau, pois morreu como um criminoso. Ele tomou plenamente sobre si toda a nossa miséria. Ele foi feito pecado.
Jesus morreu nu, como Adão e Eva.
Deus nos deu a nudez como um sistema de alarme. Enquanto tudo estava bem a nudez não incomodava. Mas quando o perigo chegou. Quando o mal invadiu o terreno, o sistema de alarme foi ativado e a nudez começa a incomodar.
A tentativa do ser humano de desligar o sistema de alarme, de calar sua própria consciência por meios próprios não resolveu e nunca resolverá. Adão e Eva se vestiram, se esconderam, mas o mal ainda estava lá. A miséria já havia tomado conta. O bem mais precioso, a confiança e a comunhão plena com Deus haviam sido desperdiçadas. Só a ação de Deus é capaz de apaziguar novamente aquele casal. Eles recebem vestimentas de pele. Um Cordeiro foi sacrificado para reparar o erro e expulsar o mal, e por fim cobrir a nudez daquele casal.
Adão e Eva são expulsos do Paraíso, mas permanecem vivos. Viveriam muito ainda, todavia, não eternamente. Um dia eles haveriam de morrer e toda humanidade com eles.
Todos somos pobres, mas nem todos admitimos, nem todos são pobres de espírito.
Tudo o que nos oferece um resquício, por menor que seja, de "vida", de "vestimenta", de "dignidade", de riqueza, além ou aquém daquela que nos é oferecida gratuitamente e plenamente pelo Criador, ilude o ser humano e não permite que ele enxergue sua real pobreza, sua verdadeira miséria e falência moral e espiritual.
Pobreza de espírito é um choque de realidade. É, ao mesmo tempo, bem mais e bem menos do que simples humildade.
O pobre de espírito não somente não tem nada, não pode nada, não sabe nada e acima de tudo, não é nada (necessariamente nessa ordem); mas em certo sentido ele também está no vermelho, ele é um devedor. O que pode fazer, é só aumentar sua pobreza e a alheia. Seu saber também está contaminado e é pervertido e por último, em certo sentido, se torna um marginal, detestável criminoso. Para o pobre de espírito tudo isso se torna uma terrível e inquestionável evidência.
Então, como (só) um indivíduo assim pode ter sucesso e possuir o Reino dos Céus?
A boa notícia é que a incrível e maravilhosa graça divina, e só ela, faz com que seres miseráveis como a gente, enxerguem sua real e completa bancarrota. Só a fé, ao contemplar o Cordeiro, por meio do Evangelho, é capaz de nos fazer sair de um estado de miséria camuflada e riqueza ilusória e admitirmos um estado de miséria plena. A graça e a fé geram pobres de espírito.
Deles é o bilhete de retorno e a plena entrada no Paraíso. A confiança e a comunhão com Deus são reestabelecidas. Eles possuem algo de real valor, eles podem tudo e sabem tudo o que podem e precisam saber e, acima de tudo, são transformados nos seres que Deus sempre quis que eles fossem. Eles se tornam cidadãos do reino dos céus, filhos de Deus. Vestidos com trajes dignos para o Banquete das Bodas do Cordeiro, do grande Rei.
Bem aventurados são esses pobres de sucesso. Deles é o reino dos céus.
Por isso também Jesus, o Rei do universo, nasceu pobre. Não que em si fosse pobre. Não. Em sua pessoa estava incutida toda a glória, a glória do unigênito do Pai. Jesus, o Rei, sempre foi riquíssimo possuidor do reino dos céus e de tudo. Mas ele se fez pobre para que nos tornássemos ricos.
Então, ele nasceu na pobreza, numa manjedoura. E embora tenha sido sepultado num túmulo de um rico, também morreu pobre. O túmulo, não era seu.
Além da pobreza de bens físicos, evidente e palpável o Senhor também perdeu a sua própria vida, o seu sangue, a sua alma e o seu espírito. Ele morreu.
Aquele seu belo corpo, bem vestido, foi despedido, torturado, pregado numa cruz e Ele expirou: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito". Um corpo sem espírito é morto. Um homem absolutamente pobre, é pobre até da própria vida. É pobre de espírito. No sepulcro Jesus não possuía absolutamente nada, não fazia nada, não sabia nada, não era nada, além de um cadáver, um condenado, morto.
Jesus não teve por usurpação, ou coisa pela qual se apegar, o ser igual a Deus. Ele se fez homem. Homem de carne e osso. Mortal. Morreu servindo. E desceu ainda mais um degrau, pois morreu como um criminoso. Ele tomou plenamente sobre si toda a nossa miséria. Ele foi feito pecado.
Jesus morreu nu, como Adão e Eva.
Deus nos deu a nudez como um sistema de alarme. Enquanto tudo estava bem a nudez não incomodava. Mas quando o perigo chegou. Quando o mal invadiu o terreno, o sistema de alarme foi ativado e a nudez começa a incomodar.
A tentativa do ser humano de desligar o sistema de alarme, de calar sua própria consciência por meios próprios não resolveu e nunca resolverá. Adão e Eva se vestiram, se esconderam, mas o mal ainda estava lá. A miséria já havia tomado conta. O bem mais precioso, a confiança e a comunhão plena com Deus haviam sido desperdiçadas. Só a ação de Deus é capaz de apaziguar novamente aquele casal. Eles recebem vestimentas de pele. Um Cordeiro foi sacrificado para reparar o erro e expulsar o mal, e por fim cobrir a nudez daquele casal.
Adão e Eva são expulsos do Paraíso, mas permanecem vivos. Viveriam muito ainda, todavia, não eternamente. Um dia eles haveriam de morrer e toda humanidade com eles.
Todos somos pobres, mas nem todos admitimos, nem todos são pobres de espírito.
Tudo o que nos oferece um resquício, por menor que seja, de "vida", de "vestimenta", de "dignidade", de riqueza, além ou aquém daquela que nos é oferecida gratuitamente e plenamente pelo Criador, ilude o ser humano e não permite que ele enxergue sua real pobreza, sua verdadeira miséria e falência moral e espiritual.
Pobreza de espírito é um choque de realidade. É, ao mesmo tempo, bem mais e bem menos do que simples humildade.
O pobre de espírito não somente não tem nada, não pode nada, não sabe nada e acima de tudo, não é nada (necessariamente nessa ordem); mas em certo sentido ele também está no vermelho, ele é um devedor. O que pode fazer, é só aumentar sua pobreza e a alheia. Seu saber também está contaminado e é pervertido e por último, em certo sentido, se torna um marginal, detestável criminoso. Para o pobre de espírito tudo isso se torna uma terrível e inquestionável evidência.
Então, como (só) um indivíduo assim pode ter sucesso e possuir o Reino dos Céus?
A boa notícia é que a incrível e maravilhosa graça divina, e só ela, faz com que seres miseráveis como a gente, enxerguem sua real e completa bancarrota. Só a fé, ao contemplar o Cordeiro, por meio do Evangelho, é capaz de nos fazer sair de um estado de miséria camuflada e riqueza ilusória e admitirmos um estado de miséria plena. A graça e a fé geram pobres de espírito.
Deles é o bilhete de retorno e a plena entrada no Paraíso. A confiança e a comunhão com Deus são reestabelecidas. Eles possuem algo de real valor, eles podem tudo e sabem tudo o que podem e precisam saber e, acima de tudo, são transformados nos seres que Deus sempre quis que eles fossem. Eles se tornam cidadãos do reino dos céus, filhos de Deus. Vestidos com trajes dignos para o Banquete das Bodas do Cordeiro, do grande Rei.
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