Os pecadores são bem vindos!

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Os pecadores são bem vindos!

"nada mais incomum, do que um cristão contemplador de um Cristo abdicado da palavra."

A pergunta basilar a ser feita, ou deveria ser, no mínimo, uma vez na semana, por todos nós, cristãos, deveria culminar na validade do Cristo que preconizamos. Vale dizer, falo de um proferir, de um articular, de um desencadear e constituir de idéias, ideais, valores, princípios e verdades propícias a, efetivamente, concretizar uma realidade, segundo a otica de Deus.

Eis aqui, sem nenhuma ambiguidade, os itinerários confusos e furtivos trilhados pelos interlocutores do evangelho. Afinal de contas, parece estarmos a léguas de distância de, induvidosamente, conjuminarmos, por intermédio de Cristo Jesus, uma linguagem, uma mensagem, uma propagação das boas-novas discerníveis e perceptíveis.

Mormente tenhamos logrado uma ascensão no cenário social, em contrapartida, vivenciamos as convulsões de uma realidade pós-moderna caótica, perdida e dilubriada pelo progresso como antídoto a efeito de dissipar com os malefícios da existência humana.

Devo, então dizer, em meio ao turbilhão de discursos e propostas disponibilizadoras de um Cristo adequado a todos os gostos, ainda assim, continuamos a conceber o pecador como uma ovelha negra da família. Neste interim, o pecador acaba por ser uma espécie de peça de exposição para demonstrar a pujança espiritual de muitos líderes e ministérios.

Em outras palavras, será que, deveras, concebermos o pecador como o alvo precípuo do evangelho de Cristo e, diante disto, encontre espaço adequado para ser restaurado nas entrelinha da sua existência?

Lamentavelmente, temos incorrido no equívoco de tratar o pecador, segundo uma espécie a ser aproveita; ao invés de permiti-los de participarem ativamente de uma comunhão permeada pela esperança ativa, pela fé lúdica, pela palavra de impacto e resgate da dignidade do ser humano.

De forma lúgubre, observo um fluxo perene de pecadores num vaivém, dentro dos arraiais evangélicos e isto patenteia o quanto, quiçá, externamos um Cristo afeiçoado a uma visão religiosa atulhada de nossas convicções.

Mais do que nunca, os pecadores são, sim e sim, bem vindo, no tocante a serem restaurados, alumiados pela magnífica e doce Graça, pela liberdade de se tornarem discípulos, servos e testemunhas desse nova ordem, dessa nova manifestação de uma apologia avassaladora em prol da vida ou seja, de Cristo.

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Opinião do leitor