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Palavra do leitor

Os nossos monstros

Os nossos monstros

‘’Ler a bíblia, em busca da verdade, assusta – nos, mas nos liberta e nos mostra que ser livre não significa alienar – se do outro; em contrapartida, como se fosse um amuleto, um mantra, uma caixinha de promessas, pode nos levar a barbárie’’.

Perdoem – me, por colocar todo mundo, na mesma condição, agora, sem rodeios, sem sublimações, sem nenhum verniz linguístico para abrandar a situação, a minha, a sua e a nossa, todos nós temos nossos monstros. Vou adiante, como toda elucubração do texto bíblico, traz-nos, de maneira categórica, direta, específica e objetiva, um simbolismo, um significado e um sentido universal. Em outras palavras, ninguém escapa e, embora essa sentença terminativa, há um contraponto, ou seja, todos podem enfrentar e lidar.

De certo, o livro de Jó 40. 15 a 24 e 41. 1 ao 34, encontramos a abordagem de dois monstros, Beemont e Leviatã, duas dimensões desproporcionais, descomunais, devastadoras e impiedosas. Faz-se notar, tanto Beemont, descrito em Jó 40. 15 a 24, ao qual representa um monstro de necessidades implacáveis, como se estivesse sempre a busca de mais para se satisfizer. Noutro ponto, Leviatã personifica – se como o modelo incontestável de uma postura de negação, de rejeição, de desprezo, de motim, de rebelião, de desmoronamento do estabelecido, de conceber o vigente como um problema. Sem sombra de dúvida, ambos caminham pelos corredores da alma (da minha e da sua) e desencadeiam uma humanidade pesada, insatisfeita, desesperançada, conformada e com a sensação de que nos resta uma vida sem sabor, como também a força destrutiva das palavras e da indiferença, a língua como o caminho de uma realidade desolada.

Deveras, um estado de peso e desesperança, de rebelião e descaso não se constitui no celeiro de guerras, de revoluções inúteis, de tragédias, de calamidades, de abusos, de arbitrariedades, de desapego a justiça, a misericórdia, a compaixão e, enfim, aos valores que nos desafiam a subir um degrau a mais? Sempre é de bom alvitre destacar, ao folhear os jornais diários, um jovem advogado espanca uma mulher; dez adolescentes têm suas vidas cruelmente incineradas; parte do povo da Venezuela, diante dos efeitos desastrosos de uma suposta revolução social e outros episódios do mais completo despeito e desrespeito ao ser humano, as vezes, parece não nos incomodar, mais.

Aliás, há os Beemont (s) de uma leitura reducionista da vida, do prazer pelo prazer, de tudo regido pelo consumir e descartar (inclusive pessoas) e, embora com todos os aparatos tecnológicos e digitais, prosseguimos pesados (em ir ao outro, ouvir ao outro, partilhar com o outro, compreender o outro) e, cada vez mais, subjugados aos desejos, aos impulsos, aos anseios. Na mesma manifestação, há os Leviatã (s) das revoltas, das rebeliões, das reviravoltas, sem nenhuma serventia, em nosso ser. Tristemente, o homem herda sua condição de demissão para ir a direção de uma trajetória interior não perfeita, não acima do bem e muito menos do mal, sem se esconder, acovardar, se furtar, sem incorrer em farsas, em máscaras, em maquiagens.

Presumidamente, permitir a abertura as gavetas e renovar sua história, com o amparo e aparto da Providência e da Graça Jesus Cristo, porque, com isso, tudo se resume a fatalidade e ao destino, a sorte e ao azar, pelo qual o certo e o errado, o justo e o iníquo, a verdade e o falso não são encarados, sem o peso e a pressão da culpa e da condenação. Dou mais uma pinçada, senão reconhecermos o quanto essa ajuda divinamente humanizada a e humanamente divinizadora, nossos monstros permanecerão conosco e se proliferarão.

Por conseguinte, nos mantemos reféns das necessidades, dos desejos, dos anseios e propagadores de insurreições inúteis que, somente, nos afastam, violentam, nos sufoca, nos alienam, nos banalizam. Vou adiante, esses monstros nos rebaixam, nos diminuem, nos desprezam, nos zombam e laceram e dilaceram nossa alma, anula o homem interior, o ser humano.

Afinal de contas, as tradições, os dogmas, os conservadorismos, as exigências, as regras são pesos e pressões e, simultaneamente, as pretensas viradas de mesa, com as promessas de uma nova era, idem. Ademais, essa Graça e Providência Jesus Cristo nos estende e se estende, por mim, por você e por nós, sem a mentira de que os monstros não surgirão mais, ao qual nos ajudará a enfrenta-lós.
São Paulo - SP
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