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Palavra do leitor

Os Lázaros saem das tumbas!

‘’A liberdade envolve a condição de enfrentar a agenda de necessidades que nos proporcione a formação de uma realidade, pelo qual sua luta gire entorno da convivência harmoniosa, ciente de suas tensões e ambiguidades. Diga – se de passagem, com seu papel de importância para a dinâmica da vida e isto nos leva a rever os papéis de uma visão democrática estática e mais semelhante a um jogo de cartas marcadas. ’’

Os cartazes, as faixas, as bandeiras, os gestos, os ecos e as mais variadas formas compõem o cenário de, não diria apenas, protestos circunscritos ao aumento da passagem de ônibus.

Vou além, refletem o encontro, por onde as conotações partidárias, ideológicas e outras se tornam matérias secundárias, de mosaicos e de biografias de jovens, de adolescentes, de idosos, de adultos e até de crianças, em prol de uma realidade curada.

É bem verdade, o aflorescer das movimentações trouxe a desconfiança de muitos, inclusive a minha, por se tratar de mais uma manobra de interesses eleitoreiros.

Ah, e como foi bom, meus palpites sucumbiram!

De observar, semelhante a uma epidemia virulenta, os protestos, cada vez mais, tem ecoado um notório e nítido ‘’basta’’, ‘’não’’, ‘’romper’’, ‘’grito’’, ao qual continuam a reverberar, em todos os cantos e recantos do país.

Evidentemente, muitos podem questionar sobre a ausência de uma agenda política no âmago de tais protestos, de serem manifestações carentes de lideranças personalistas e tantas outras tentativas voltadas a ofuscar esse momento singular e estratégico no que toca ao processo democrático.

Alias, a dormência de uma realidade adoecida, devido aos discursos de uma felicidade de aparências, sem a importância do quanto uma sociedade alinhada em dignidade, justiça e equilíbrio perpassa pela participação de cada um de nós.

Ora, como negar, independentemente dos focos isolados de determinadas caricaturas iludidas pela via do vandalismo, da barbárie, da brutalidade e da violência, como elementos de provocarem uma autêntica e efetiva alteração, o impacto desse momento?

Eis, então, ai, aqui e acolá, os Lázaros saindo, dispostos a arregaçar as mangas por uma ressurreição contagiada de esperança e vivacidade, por uma urgência para enfrentar as necessidades, desde as mais simplórias até as mais intricadas, e, de tal modo, construir uma realidade curada.

Atentemos para esses Lázaros despidos de ideais, de ideologias, de partidarismos, de posturas facciosas e decidindo por ouvir ao chamado:

- Lázaros outrora (s) mortos para uma mudança compromissada e comprometida com os demais Lázaros, seja onde quer que estejam, saíam!

Sim, saíam, não para depreciar o espaço público ou privado, nem hostilizar fulano ou sicrano, muito menos para levantar bodes – expiatórios.

Opostamente, saíam em favor da promoção de uma democracia cidadã participativa, parceira e partilhadora.

Não por menos, de uma gestão pública que, nada mais e nada menos, cumpra seu papel, sem favorecer uns e outros.

Deve ser dito, os protestos se proliferam e, sem palanques, sem as parafernálias de interesses de grupos, tão somente, demonstram os Lázaros nas ruas, nas avenidas, nas redes sociais, nos condomínios, nas periferias, nas vielas e noutros itinerários com a estridente voz do não.

Não, não a corrupção, ao toma cá e dá lá, a apropriação vergonhosa dos recursos públicos, a uma democracia pra boi dormir, a uma cidadania de retórica, a uma banalização da vida, a uma realidade falseada!

Semelhantemente ao episódio da ressurreição de Lázaro, como discípulos de um chamado para ser sal e luz, faz – se necessário uma tomada de posição e decisão.

Em outras palavras, deixarmos de lado uma falseada realidade curada ou, melhor dito, de um evangelho barateado, ao qual se alimenta do marketing de prodígios, de sinais e de maravilhas que distancia o ser humano do seu próximo.

Talvez não seja o momento de os Lázaros saírem das tumbas dominicais, dos ritualismos mórbidos, dos sistemas doutrinas que engodam e concebem pessoas estúpidas e ir para o discipulado, o serviço e a confissão?

Dou mais uma pincelada, o chamado não nos leva a ideais, mas sim a uma liberdade assentada em lutar pela cura da realidade, da qual, tanto eu quanto você, somos e fazemos parte.

Cumpre salientar, ouvir ao chamado de Jesus nos convida para abrir mão de convicções temerárias, estéreis ao diálogo e ouvir.

Afinal de contas, um dia, a partir de doze Lázaros, uma labareda de vida chegou até nós e prossegue a dizer:

- Lázaros, saíam!
São Paulo - SP
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