Os ladrões não herdarão o reino de Deus (parte 1)

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Tudo é uma questão de motivação. Desde que Deus disse que é perfeitamente possível o homem roubar a Deus, muita gente (principalmente quem O rouba) procura amenizar o "drama" por não ser dizimista. Para tentar eliminar a culpa, algumas razões são colocadas para Deus na esperança de que Ele entenda e perdoe seu crime. São elas:

Desemprego. Este é um bom motivo. Quem não recebe salário também não come, não se veste nem se desloca para lugar algum a não ser a pé. Quem está desempregado realmente não pode dar dízimo de nada. Se você se encontra nesta situação que, infelizmente, é a situação de milhões de brasileiros, ore a Deus e procure um emprego, mas com o objetivo de ser grato a Deus, isto é, fiel no dízimo e nas ofertas alçadas para não se tornar um ladrão.

Dívidas. É, não sobra um realzinho. Bem, se você conseguir se livrar das dívidas com a intenção de obedecer a Deus no dízimo desde já, não faça mais dívidas. Procure ser fiel dizimista. O Senhor disse que reprovaria o “devorador”. Hoje o “devorador” de seu dinheiro é tudo aquilo que “come” seu dinheiro e na maioria das vezes (pasme) é você mesmo. Deus promete refrear seu desejo de gastar mais do que recebe se você for fiel. Do contrário, esta será eternamente sua desculpa... no inferno (1 Co 6.10).

O dízimo é um invenção de uma elite sacerdotal que não queria trabalhar. Apesar de ser a teoria preferida de quem não gosta de pastor, esta bobagem não vai muito à frente. O dízimo é anterior à lei de Moisés. Abrão (note, seu nome nem havia sido mudado ainda!), que viveu cerca de 700 anos antes de Moisés, já dera o dízimo (Gn. 14.20). Assim como Jacó, seu neto (Gn 28.22, só falta dizer que Isaque não dava dízimo porque a Bíblia não diz nada sobre). O dízimo é o fato bíblico de que a tribo de Levi não trabalharia a terra para dedicar-se exclusivamente ao serviço do Tabernáculo (Lv. 7.32-36, Nm. 8.5-26).

Jesus nunca deu o dízimo. Bem, se levarmos em consideração que Ele é Deus, não precisaria mesmo. Mas, para o terror de quem não é dizimista, Jesus disse: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas” (Mt 23.23). Que “aquelas” seriam estas? O dízimo, mas com a motivação correta. Se Jesus não fosse dizimista, certamente os fariseus iriam usar mais isto contra Ele.

Os pastores vivem bem, enquanto as ovelhas tentam sobreviver como que lhes sobra do dízimo e das ofertas. Os que pensam assim parecem demonstrar senso de justiça. Realmente há muita injustiça e, ao longo da história da Igreja cristã, nos escandalizamos com muitos líderes “cujo deus é o ventre” (Fil. 3.19). No entanto, não são todos. A generalização é uma terrível desculpa para não dar o dízimo. Entre os batistas a Igreja é quem decide desde o salário até os benefícios de seu pastor, mediante situação financeira dela. São deliberações públicas nas quais qualquer membro tem o poder do voto. Infelizmente, por covardia ou por qualquer outro motivo, os que consideram injustas tais decisões não se manifestam. Preferem não dar dízimo nem ofertas a ser coniventes com tal “injustiça”.

Pois bem, digamos que esta seja uma boa razão. Semana que vem, vou propor algumas medidas para que você deixe de ser ladrão por causa de seu senso de justiça.

Até lá, se Deus quiser.

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