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Palavra do leitor

Os estoicos travestidos de cristãos ou os cristãos rendidos ao estoicismo?

"Viva o evangelho no discurso e viverás a prática de uma ilusão’’.

Atos 17: 28

O filme Gladiador, uma das mais retumbantes obras cinematográficas dos anos 2000, descreve a saga de um general romano, levado a condição de gladiador, após perder sua família e, no fim, a própria vida na arena. Anota-se, cada parte do filme procurou exibir a busca do Imperador Marco Aurélio para o estabelecer da paz romana, com a finalidade de derrotar os bárbaros da Germânia. Por ora, ater-me-ei a ressaltar o personagem Marco Aurélio e sua inclinação ao estoicismo, a uma proposta filosófica de que obteríamos a serenidade e o equilíbrio, mediante o controle das paixões e dos ímpetos. Sem sombra de dúvida, não deixa de ser uma versão ocidental dos ensinos budistas, entretanto, muito embora toda a loquacidade, toda a eloquência, todos os ensinos de virtudes e valores, ainda assim, nem sequer este imperador conseguiu disseminar suas ideias em seu filho Cômodos, a qual o sucedeu e se tornou num líder maléfico e desumano, como a própria cultura romana.

Grosso modo, durante o virar das páginas da história do ser humano, poucos não foram os entusiastas e ferrenhos defensores de que basta uma educação certa e condições sociais adequadas para sermos bons, alinhados a fazer o que é certo, a estribarmos nossas escolhas na justiça e na compaixão, não é mesmo. Diametralmente oposto, a realidade demonstra haver uma copiosa presença de indiferença, de subjugação do outro, de descartamento do outro e nada mais. Ora, mesmo assim, observo muitos cristãos estoicos ou estoicos travestidos de cristãos, com seus acervos teológicos e manuscritos de como ser um cara legal, bem visto, aderido as ideias da tolerância e do respeito. Entrementes ou enquanto isso, sem nenhuma manifestação de transformação e restauração, de reaproximação e reconciliação proporcionado pela loucura da Cruz do Ressurrecto, de ir na contramão de belos enfoques e sem confrontar as pessoas com a verdade libertadora. De maneira triste, os estoicos passam e perpassam pelos púlpitos presenciais e pelas redes digitais, com suas oratórias atreladas a um humanismo conformista, a reduzir Aquele que Tudo e a Todos precede a ser parte da natureza, do cosmo, a atacar impiedosamente e rotular qualquer um estabelecido aos princípios bíblicos, como fundamentalistas, ultrapassados, alienados, ignomínias ou vergonhas para a propagação de um Messias sem nenhuma soberania e equivalente as narrativas de tudo junto e misturado.

Vou adiante, aqui, há uma ênfase a esse perfil de cristãos, como se fossemos uma centelha, uma réstia ou fagulha, um fragmento de divindade que, ao ser descoberto, alcançaremos nossa plenitude, quando, sim e sim, a ação do Deus Ser Humano Jesus Cristo proporciona um novo tempo, até o consumar dos séculos. Às vezes, diante do espelho, pergunto-me se não estou e não interpreto mais os ensinos estoicos, ao invés do evangelho de Jesus Cristo? Às vezes, sentado no sofá, no silêncio da sala, com a neblina, lá fora, numa tarde sábado, não tenho sido mais um evocador de que posso ser bom, por mim mesmo, através de uma sucessão de ideias e manuscritos, quando necessito, urgentemente, ser inquietado pelo Cristo alforriado das minhas caixinhas de colocações vagas e vazias?

Por fim, será que você não se vale de uma roupagem mais parecida com um cristão estoico e distante de um pequeno cristo?
São Paulo - SP
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