Palavra do leitor
- 20 de outubro de 2009
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Os especialistas / um evangelho egoísta
"Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações. Todos estavam cheios de temor e maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Os que criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens distribuíam a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias continuavam a reunir-se no pátio do templo. Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava diariamente os que iam sendo salvos." Atos 02: 42-47 (NVI)
O crescimento da Igreja dos crentes é um relato empolgante: temor, amor e calor misturados à oração, perseverança e comunhão. Há neste registro tudo o que sonhamos e precisamos para crescer, um crescer saudável e duradouro; não esse processo no qual a Igreja incha por uns tempos e depois volta ao que era, ou regride. Na labuta pelo aumento do rol lançamos mão de todos os meios lícitos, válidos, cristãos e nem tanto.
Diferentes em tudo da Igreja primitiva buscamos na empresa secular os modelos alternativos de crescimento; ainda que o Evangelho que salva e transforma e o Espírito Santo que dá o crescimento sejam os mesmos, imutáveis desde a eternidade, nós insistimos em novas “técnicas” de expansão do Reino.
Tornou-se comum em nossos dias o surgimento de denominações “especializadas” em seguimentos do Evangelho, e fazendo-se “especializadas” fazem-se também arrogantes e relapsas; prega-se um evangelho adaptável, que se adéqua às necessidades do cliente, digo, do crente. Avulta-se o relativo em detrimento do absoluto.
Então temos: quebra de maldição hereditária, e só; confissão positiva, e só; teologia do riso, e só; descapetização, e só; batalha espiritual (seja lá o que queiram dizer com isso), e só; curas e milagres, e só. Cadê o Evangelho integral, bíblico e gratuito? Na minha igreja nós sentimos um imenso e santo orgulho quando dizem que ninguém estuda a Bíblia com maior zelo do que nós; mas, que as mesmas pessoas não apareçam nas reuniões do ministério de oração; um vazio de dar dó. Yes! Nós temos um ministério de oração, Uau!
E quase em frente (à minha igreja) abriram uma “igreja de campanha” e do amanhecer ao anoitecer eles oram e contribuem e empilham envelopes de pedidos e ofertas; (de onde vem tanto envelope?), mas nunca os vi calmamente assentados obedecendo à ordem: “Examinai as Escrituras!” Precisamos de uma e de outra coisa, precisamos atentar para o que diz Pedro: “Crescei na “graça” e no “conhecimento” de Jesus Cristo.” II Pe 3: 18. Eu sei, estiquei o versículo!
Carregando o slogan do evangelho social nos tornamos assistencialistas, distribuidores de cestas básicas, e só; sequer oramos por aqueles carentes de tudo, e Mateus 4: 4, como é que fica? Pregamos o Evangelho, a Jerusalém celestial, mas agimos como se aqui e hoje não fossem importantes, mandamos todos para o porvir, sem escalas.
Intercessores, e só; ao passarmos por um “nu faminto sedento enfermo”, ao largo passamos. Mt 25: 35. “Ama o teu próximo” vem no vácuo de “Ama o teu Deus”; amo Deus e deixo meu irmão na pior? A igreja da benção “A” despreza a igreja da benção “B” e juntas desprezam a cruz.
O nosso egoísmo produz igrejas egoístas; ouvi um pastor “social” dizer que a igreja dele crescerá “pra dentro”; adeus missionário.
A Igreja precisa apresentar os cuidados com o crescimento social e espiritual aliados à experiência de transformação, da presença soberana do Espírito Santo; estudo bíblico e oração; sopão e louvor e cura cabem no mesmo templo. Adicione conversões aí.
Não precisamos de um evangelho da cura, outro da libertação, da prosperidade, um evangelho da quebra de maldição; mas precisamos da cura, da libertação, da prosperidade, da transformação e da salvação que em nós opera o Evangelho de Jesus, o Cristo.
A santidade em nós é que expressa o poder do Evangelho; os bens aparentes não oferecem uma visão clara da presença graciosa de Deus em nós; os ímpios são escandalosamente “especialistas” em ostentar esses bens aparentes, esmagam melhor do que nós.
O bom perfume de Cristo, a boa sensação causada pela tradução da cruz em nós e que nos diferencia, é que revela que somos humanos de volta à imagem e semelhança do Criador. Igreja que fala de um novo Céu, mas que vive uma nova vida aqui, e divide-a promovendo um todo.
Especialistas sim, especialistas em Deus, e só.
(ex-interno do Centro de Recuperação de Mendigos – Missão Vida)
www.mvida.org.br conheça-nos!
www.sola-scriptura.com O prazer da leitura bíblica.
O crescimento da Igreja dos crentes é um relato empolgante: temor, amor e calor misturados à oração, perseverança e comunhão. Há neste registro tudo o que sonhamos e precisamos para crescer, um crescer saudável e duradouro; não esse processo no qual a Igreja incha por uns tempos e depois volta ao que era, ou regride. Na labuta pelo aumento do rol lançamos mão de todos os meios lícitos, válidos, cristãos e nem tanto.
Diferentes em tudo da Igreja primitiva buscamos na empresa secular os modelos alternativos de crescimento; ainda que o Evangelho que salva e transforma e o Espírito Santo que dá o crescimento sejam os mesmos, imutáveis desde a eternidade, nós insistimos em novas “técnicas” de expansão do Reino.
Tornou-se comum em nossos dias o surgimento de denominações “especializadas” em seguimentos do Evangelho, e fazendo-se “especializadas” fazem-se também arrogantes e relapsas; prega-se um evangelho adaptável, que se adéqua às necessidades do cliente, digo, do crente. Avulta-se o relativo em detrimento do absoluto.
Então temos: quebra de maldição hereditária, e só; confissão positiva, e só; teologia do riso, e só; descapetização, e só; batalha espiritual (seja lá o que queiram dizer com isso), e só; curas e milagres, e só. Cadê o Evangelho integral, bíblico e gratuito? Na minha igreja nós sentimos um imenso e santo orgulho quando dizem que ninguém estuda a Bíblia com maior zelo do que nós; mas, que as mesmas pessoas não apareçam nas reuniões do ministério de oração; um vazio de dar dó. Yes! Nós temos um ministério de oração, Uau!
E quase em frente (à minha igreja) abriram uma “igreja de campanha” e do amanhecer ao anoitecer eles oram e contribuem e empilham envelopes de pedidos e ofertas; (de onde vem tanto envelope?), mas nunca os vi calmamente assentados obedecendo à ordem: “Examinai as Escrituras!” Precisamos de uma e de outra coisa, precisamos atentar para o que diz Pedro: “Crescei na “graça” e no “conhecimento” de Jesus Cristo.” II Pe 3: 18. Eu sei, estiquei o versículo!
Carregando o slogan do evangelho social nos tornamos assistencialistas, distribuidores de cestas básicas, e só; sequer oramos por aqueles carentes de tudo, e Mateus 4: 4, como é que fica? Pregamos o Evangelho, a Jerusalém celestial, mas agimos como se aqui e hoje não fossem importantes, mandamos todos para o porvir, sem escalas.
Intercessores, e só; ao passarmos por um “nu faminto sedento enfermo”, ao largo passamos. Mt 25: 35. “Ama o teu próximo” vem no vácuo de “Ama o teu Deus”; amo Deus e deixo meu irmão na pior? A igreja da benção “A” despreza a igreja da benção “B” e juntas desprezam a cruz.
O nosso egoísmo produz igrejas egoístas; ouvi um pastor “social” dizer que a igreja dele crescerá “pra dentro”; adeus missionário.
A Igreja precisa apresentar os cuidados com o crescimento social e espiritual aliados à experiência de transformação, da presença soberana do Espírito Santo; estudo bíblico e oração; sopão e louvor e cura cabem no mesmo templo. Adicione conversões aí.
Não precisamos de um evangelho da cura, outro da libertação, da prosperidade, um evangelho da quebra de maldição; mas precisamos da cura, da libertação, da prosperidade, da transformação e da salvação que em nós opera o Evangelho de Jesus, o Cristo.
A santidade em nós é que expressa o poder do Evangelho; os bens aparentes não oferecem uma visão clara da presença graciosa de Deus em nós; os ímpios são escandalosamente “especialistas” em ostentar esses bens aparentes, esmagam melhor do que nós.
O bom perfume de Cristo, a boa sensação causada pela tradução da cruz em nós e que nos diferencia, é que revela que somos humanos de volta à imagem e semelhança do Criador. Igreja que fala de um novo Céu, mas que vive uma nova vida aqui, e divide-a promovendo um todo.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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