Palavra do leitor
- 11 de abril de 2011
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Os desafios de uma nova reforma
Parte Final
Finalmente, outra questão que podemos destacar como dificuldade para uma Reforma no Brasil é a tendência eclesiológica contemporânea. Com o advento do conceito de que igrejas verticalizadas em sua forma de governo são mais propensas ao crescimento numérico, muitas comunidades estão sendo criadas em torno da figura de um "bispo" ou "apóstolo", onde este detém a "visão de Deus" para o povo, destruindo assim um dos pilares da Reforma que é a doutrina do sacerdócio universal dos crentes (Ef 4: 7 -16). São raríssimos os casos de novas comunidades de fé onde haja uma forma de governo coletivo, seja presbiteriano ou congregacional.
Geralmente as "novas igrejas" são construídas em terrenos cuja propriedade não pertence ao povo que ali congrega, mas sim ao líder, sendo isto, inclusive, um fator de sucessão de poder. Este modo de ser igreja constitui-se um entrave aos intentos de uma Reforma no Brasil, pois centraliza o poder nas mãos de um "iluminado", que não possui interesse na liberdade de consciência do seu rebanho, não estando sujeito assim a nenhuma forma de prestação de conta. Na Reforma Protestante enfatizou-se o postulado "Sola Scriptura", onde se ensinava que toda doutrina, todo ensino cristão deveria ser aceito como verdade somente se fosse extraído das Escrituras Sagradas (2Tm3: 16, 17). A Escritura era, portanto, o norte para a consciência do cristão, a autoridade máxima sobre a Igreja. Tentar manipular o povo de Deus, escravizando sua consciência, se utilizando da igreja como um trampolim para a realização de projetos pessoais, impedindo convenientemente de que os cristãos atinjam a maturidade na fé, alijando seus dons, contrapondo sua vocação profética, explorando sua boa fé com objetivos comerciais, reduzindo-os a massa de manobra, é cometer um retrocesso histórico, ferindo tudo àquilo pelo que gerações de homens e mulheres de Deus creram, se entregaram, lutaram e morreram.
Apesar destas dificuldades alistadas aqui (e é claro que não são as únicas!), não podemos nos abater. Os reformadores enfrentaram oposições muito mais renhidas, muito mais ameaçadoras e perigosas. Não podemos nos esquecer do lema "Igreja Reformada, Sempre Reformando", que moveu o coração de homens e mulheres a lutarem por uma igreja que realmente fosse uma expressão do corpo de Cristo, que realmente exalasse o Seu bom perfume, que glorificasse o Seu nome e que fosse digna da Presença de Seu Senhor. Que Deus nos ajude. Amém!!!
Soli Deo Glória!!!
Finalmente, outra questão que podemos destacar como dificuldade para uma Reforma no Brasil é a tendência eclesiológica contemporânea. Com o advento do conceito de que igrejas verticalizadas em sua forma de governo são mais propensas ao crescimento numérico, muitas comunidades estão sendo criadas em torno da figura de um "bispo" ou "apóstolo", onde este detém a "visão de Deus" para o povo, destruindo assim um dos pilares da Reforma que é a doutrina do sacerdócio universal dos crentes (Ef 4: 7 -16). São raríssimos os casos de novas comunidades de fé onde haja uma forma de governo coletivo, seja presbiteriano ou congregacional.
Geralmente as "novas igrejas" são construídas em terrenos cuja propriedade não pertence ao povo que ali congrega, mas sim ao líder, sendo isto, inclusive, um fator de sucessão de poder. Este modo de ser igreja constitui-se um entrave aos intentos de uma Reforma no Brasil, pois centraliza o poder nas mãos de um "iluminado", que não possui interesse na liberdade de consciência do seu rebanho, não estando sujeito assim a nenhuma forma de prestação de conta. Na Reforma Protestante enfatizou-se o postulado "Sola Scriptura", onde se ensinava que toda doutrina, todo ensino cristão deveria ser aceito como verdade somente se fosse extraído das Escrituras Sagradas (2Tm3: 16, 17). A Escritura era, portanto, o norte para a consciência do cristão, a autoridade máxima sobre a Igreja. Tentar manipular o povo de Deus, escravizando sua consciência, se utilizando da igreja como um trampolim para a realização de projetos pessoais, impedindo convenientemente de que os cristãos atinjam a maturidade na fé, alijando seus dons, contrapondo sua vocação profética, explorando sua boa fé com objetivos comerciais, reduzindo-os a massa de manobra, é cometer um retrocesso histórico, ferindo tudo àquilo pelo que gerações de homens e mulheres de Deus creram, se entregaram, lutaram e morreram.
Apesar destas dificuldades alistadas aqui (e é claro que não são as únicas!), não podemos nos abater. Os reformadores enfrentaram oposições muito mais renhidas, muito mais ameaçadoras e perigosas. Não podemos nos esquecer do lema "Igreja Reformada, Sempre Reformando", que moveu o coração de homens e mulheres a lutarem por uma igreja que realmente fosse uma expressão do corpo de Cristo, que realmente exalasse o Seu bom perfume, que glorificasse o Seu nome e que fosse digna da Presença de Seu Senhor. Que Deus nos ajude. Amém!!!
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