Palavra do leitor
- 16 de maio de 2020
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Os cristãos e a filha unigênita do Diabo
Nos dias atuais, um bom número de pessoas que se dizem cristãs, inadvertidamente têm aberto a porta de seus corações para a entrada da "filha do diabo", sendo que muitos não só permitem a entrada, como também a abrigam e a saúdam com prazer e alegria.
Este comportamento fora do padrão cristão tem influenciado de forma negativa e errônea o entendimento e a visão que a população do "mundo que jaz no maligno" faz da Igreja de Cristo. Como a imagem do evangelho de Cristo é vista de forma totalmente distorcida, não há luz suficiente para iluminar os jazigos e despertar os que estão mortos em delitos e pecados, inclusive os abrigadores da filha unigênita do diabo.
Esta situação deixa claro que, apesar de toda mentira violar a santidade de Deus, nos dias atuais, mentir tornou-se até razoável e simples. As pessoas têm grande dificuldade em ver a mentira como um mal, pois ainda não puderam abraçar o benefício pleno da verdade que há em Cristo. Vive-se uma época em que a verdade tem sido vilipendiada pela idolatria a falsos deuses, e pela corrupção desses deuses. Na sociedade decadente atual a palavra "pecado", em muitos momentos, se tornou um tabu. Se aceita certos tipos de mentiras, e as consideram menores, na esperança de encobrir outras às quais julgam serem maiores.
Analisando esta realidade uma pergunta é inevitável:
1 - Qual deve ser a atitude dos verdadeiros discípulos de cristo?
Mesmo a resposta sendo óbvia e simples, - "proclamar o verdadeiro Evangelho" - é preciso fazer tudo de forma ordenada a fim de que se possa levar o "pseudocrístão" a uma conversão real, e os habitantes das trevas ao despertamento de seu sono mortal, e para isto o conhecimento é o foco mais importante. É preciso que se conheça a essência e a ação da "filha do diabo", a maneira como a Bíblia lida com ela, e evidentemente, é vital o conhecimento da verdade - Jesus Cristo e sua obra vicária: "... conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" -.
Neste post, a proposta é o conhecimento da MENTIRA.
Assim como as doenças, a mentira é algo que se prolifera e gradativamente domina aqueles que a praticam. O escritor e professor J. Budziszewski1 em seu livro O Que Podemos Não Saber mostra que existe "sete níveis de mentira ou sete graus de declínio", sobre os quais devemos refletir:
1- Nós mentimos - uma única mentira pode se tornar um fósforo que acende uma fogueira. A menos que confessemos a verdade sobre a nossa mentira, a estaremos usando para nossa própria proteção, para encobrir o nosso delito.
2 - Nós nos autoprotegemos - mentimos sobre ter mentido, ou seja, quando mentimos sobre algo provavelmente iremos mentir mais adiante sobre outro algo, e assim sucessivamente, pois as mentiras são fracas e precisam de "guarda-costas".
3 - Desenvolvemos o hábito de mentir - quando chegamos a este nível a mentira se torna um hábito. Mentimos sobre trivialidades desde que seja para obter algum tipo de benefício.
4 - Nós nos autoenganamos - neste nível passamos a achar ser uma verdade as mentiras que dizemos para outras pessoas. Mentimos de forma tão eficaz chegando ao ponto de mentirmos para nós mesmos - adquirimos a capacidade de enganar a nós mesmos - . Neste nível é importante não se achar que por estarmos sendo enganados estejamos livres da punição, ou da nossa própria perversidade.
5 - Nós racionalizamos a mentira - neste nível, não só cremos que as mentiras são mentiras, mas as justificamos como sendo um "bem positivo". Agora, a mentira não é apenas parte da vida normal, mas uma virtude, algo que promove benefícios, salva empregos e até mesmo conquista novos espaços para o "Reino de Deus", e assim por diante. É o tipo de pensamento que contribui para o caos social, para a corrupção nas esferas de governo, algo que traz prejuízos para muitos em função da vantagem para poucos.
6 - Desenvolvemos nossa própria técnica - a principal delas é a de compartimentar - separar em partes ou categorias -. Começamos a isolar colocações, ignorando o que foi dito em outros contextos.
7 - Entendemos a mentira como uma necessidade - em nossa mente a mentira se torna uma obrigação. Neste nível acha-se, por exemplo, famílias disfuncionais nas quais os filhos, mesmo já crescidos, se submetem diante dos pais apenas para manter obscuros e escondidos os segredos da família. Na vida organizacional e política - pode-se aqui incluir algumas igrejas denominacionais -, esse nível de mentira permite aos líderes repetir aos subalternos que denúncias verdadeiras recebidas são apenas calúnias. É neste nível extremo, que os mentirosos são capazes de usar outras pessoas - até profetas - para distorcer a verdade.
Fabio S. de Faria
OBS: este texto tem como base o artigo "OS SETE NÍVEIS DA MENTIRA" escrita por Sarah Sumner e publicada na revista Christianity Today - no Brasil pela Cristianismo Hoje -
1. J. Budziszewski | Wikipedia
Este comportamento fora do padrão cristão tem influenciado de forma negativa e errônea o entendimento e a visão que a população do "mundo que jaz no maligno" faz da Igreja de Cristo. Como a imagem do evangelho de Cristo é vista de forma totalmente distorcida, não há luz suficiente para iluminar os jazigos e despertar os que estão mortos em delitos e pecados, inclusive os abrigadores da filha unigênita do diabo.
Esta situação deixa claro que, apesar de toda mentira violar a santidade de Deus, nos dias atuais, mentir tornou-se até razoável e simples. As pessoas têm grande dificuldade em ver a mentira como um mal, pois ainda não puderam abraçar o benefício pleno da verdade que há em Cristo. Vive-se uma época em que a verdade tem sido vilipendiada pela idolatria a falsos deuses, e pela corrupção desses deuses. Na sociedade decadente atual a palavra "pecado", em muitos momentos, se tornou um tabu. Se aceita certos tipos de mentiras, e as consideram menores, na esperança de encobrir outras às quais julgam serem maiores.
Analisando esta realidade uma pergunta é inevitável:
1 - Qual deve ser a atitude dos verdadeiros discípulos de cristo?
Mesmo a resposta sendo óbvia e simples, - "proclamar o verdadeiro Evangelho" - é preciso fazer tudo de forma ordenada a fim de que se possa levar o "pseudocrístão" a uma conversão real, e os habitantes das trevas ao despertamento de seu sono mortal, e para isto o conhecimento é o foco mais importante. É preciso que se conheça a essência e a ação da "filha do diabo", a maneira como a Bíblia lida com ela, e evidentemente, é vital o conhecimento da verdade - Jesus Cristo e sua obra vicária: "... conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" -.
Neste post, a proposta é o conhecimento da MENTIRA.
Assim como as doenças, a mentira é algo que se prolifera e gradativamente domina aqueles que a praticam. O escritor e professor J. Budziszewski1 em seu livro O Que Podemos Não Saber mostra que existe "sete níveis de mentira ou sete graus de declínio", sobre os quais devemos refletir:
1- Nós mentimos - uma única mentira pode se tornar um fósforo que acende uma fogueira. A menos que confessemos a verdade sobre a nossa mentira, a estaremos usando para nossa própria proteção, para encobrir o nosso delito.
2 - Nós nos autoprotegemos - mentimos sobre ter mentido, ou seja, quando mentimos sobre algo provavelmente iremos mentir mais adiante sobre outro algo, e assim sucessivamente, pois as mentiras são fracas e precisam de "guarda-costas".
3 - Desenvolvemos o hábito de mentir - quando chegamos a este nível a mentira se torna um hábito. Mentimos sobre trivialidades desde que seja para obter algum tipo de benefício.
4 - Nós nos autoenganamos - neste nível passamos a achar ser uma verdade as mentiras que dizemos para outras pessoas. Mentimos de forma tão eficaz chegando ao ponto de mentirmos para nós mesmos - adquirimos a capacidade de enganar a nós mesmos - . Neste nível é importante não se achar que por estarmos sendo enganados estejamos livres da punição, ou da nossa própria perversidade.
5 - Nós racionalizamos a mentira - neste nível, não só cremos que as mentiras são mentiras, mas as justificamos como sendo um "bem positivo". Agora, a mentira não é apenas parte da vida normal, mas uma virtude, algo que promove benefícios, salva empregos e até mesmo conquista novos espaços para o "Reino de Deus", e assim por diante. É o tipo de pensamento que contribui para o caos social, para a corrupção nas esferas de governo, algo que traz prejuízos para muitos em função da vantagem para poucos.
6 - Desenvolvemos nossa própria técnica - a principal delas é a de compartimentar - separar em partes ou categorias -. Começamos a isolar colocações, ignorando o que foi dito em outros contextos.
7 - Entendemos a mentira como uma necessidade - em nossa mente a mentira se torna uma obrigação. Neste nível acha-se, por exemplo, famílias disfuncionais nas quais os filhos, mesmo já crescidos, se submetem diante dos pais apenas para manter obscuros e escondidos os segredos da família. Na vida organizacional e política - pode-se aqui incluir algumas igrejas denominacionais -, esse nível de mentira permite aos líderes repetir aos subalternos que denúncias verdadeiras recebidas são apenas calúnias. É neste nível extremo, que os mentirosos são capazes de usar outras pessoas - até profetas - para distorcer a verdade.
Fabio S. de Faria
OBS: este texto tem como base o artigo "OS SETE NÍVEIS DA MENTIRA" escrita por Sarah Sumner e publicada na revista Christianity Today - no Brasil pela Cristianismo Hoje -
1. J. Budziszewski | Wikipedia
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