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Palavra do leitor

Orgulho-me de ser humilde

Texto de Gênesis 4.1-10 e Mateus 5.1-11

O que vem a ser uma pessoa humilde? Será o modelo de uma pessoa simplória e destituída de acervos de recursos? Será uma pessoa, sem nenhuma marca de altivez e prepotência? Às vezes, interpretamos a pessoa humildade, como se não dispusesse de nada e as subestimamos, as consideramos como de somenos importância. Indo ao texto de Genesis, encontramos o relato sobre a saga de Caim e Abel, de duas pessoas inseridas num contexto marcado pela questão da comparação, a qual atingiu a Caim. Aliás, sobre a perspectiva espiritual e bíblica, como de uma vida livre e libertadora, não estamos, aqui, para digladiar com o outro, para se engalfinhar com o outro, para derrubar o outro, para permanecer numa contínua competição para, conforme dito acima, provar e comprovar, mostrar e demonstrar, embora seja uma idília ou irreal ou pérfida ou falsa humildade, espiritualidade, moralidade, sensibilidade e, enfim, ser aquilo que não é, que não será e não precisa ser.

Sem sombra de dúvida, eu, você, cada um de nós, dispomos de nossas próprias, singulares e específicas habilidades, potencialidades, qualidades e virtudes. De modo concomitante ou simultâneo, cada um de nós dispomos de um propósito a ser realizado e esse é seu, não é meu, não é do outro, porque só você pode realizar, tornar real e prático. Então, a quebra desses grilhões, desses ferrolhos, dessas senzalas, daquela sensação que nos sufoca, que nos estrangula e nos adelgaça ou estreita passa e perpassa por reconhecer o seu próprio propósito, as quais lhe foram outorgados ou delegados ou conferidos para os consolidar, os realizar e os viver.

Sim e sim, são os propósitos para ser uma pessoa, cujos pensamentos são ocupados com a liberdade, com o respeito, com a esperança, com a fé, com a alegria, com a resiliência, com o recomeçar, com o abraçar, com o escutar, com o silêncio, com a vida e fazer com que a mesma, a partir da sua, tenha sentido, destino e motivo não pelas circunstâncias. Não se esqueça, cada um de nós, temos uma trajetória a ser feita, temos dons a serem expandidos, temos potencialidades a serem apresentadas, sem o vitimismo de que devemos ser, a todo momento, aplaudidos, ovacionados, contemplados e, em contrapartida, isso implica se olhar e diante do espelho dá o quanto o Deus Ser Humano Jesus Cristo me trouxe para cá, para esse oikos, para existir e viver.

O interessante de que o Deus da Bíblia nos empodera e quer nos fazer empáticos, quer nos ajudar a nos valorizarmos e a nos alegrarmos conosco mesmos (a nós mesmos), agradecer e celebrar por nossas forças, por nossas habilidades, por nossas qualidades, por nossas virtudes, por nossa imaginação, por nossa mente, por nossos afetos, pelo que somos e podemos ser, cientes de que não somos a última bolacha do pacote, de que precisamos viver para provar, comprovar, mostrar e demonstrar, mas usar toda as nossas capacidades para engendrar e conceber bem-aventuranças (de equidade, de esperança, de justiça, de sonhos, de compaixão, de integridade, de responsabilidade e afins). Vou adiante, as pessoas humildes não carregam nenhuma síndrome messiânica, não são as salvadoras da pátria, não querem ser nenhum deus, estão a par de suas fronteiras, não se hibernam num mundo paralelo de autoconhecimento (como se os outros não valessem nada) e estão conscientes e convictas de seu valor, de seus dons, de sua contribuição.

Destarte, se não lograrmos ou obtermos a consciência desse valor ora alcunhado pelo Pai das Luzes, de que fomos formados com qualidades únicas e conteúdos singulares, com habilidades próprias e com criatividades específicas, de que podemos nos valer de tudo isso para redigir, para construir, para esculpir, para entoar, para partilhar, para disseminar, para promover um mundo melhor. Se assim não for, não trilharemos pela humildade dos bem-aventurados, pela criação do talento e sou levado a me perguntar: ‘’Como estou usando os meus dons, as minhas habilidades, as minhas virtudes que me foram outorgados ou conferidos, que me foram delegados ou disponibilizados por Deus?’’.

Sempre se torna de bom alvitre mencionar, a humildade não está arraigada ou fincada ou enraizada numa conotação ou significado de mansidão, de docilidade, de esmero ou de cuidado, de desvelo ou de afabilidade, de modéstia, mas nos remete para o sentido de responder, de responsabilidade e de responsabilização. Logo, viver o orgulho de ser humilde, de ser responsável e de responder, com intensa, imensa e incisiva gratidão e agradecimento. Além do mais, ao se orgulhar de ser humilde, encontro a minha vocação na vida, na vida com gente e não com figuras angelicais, demônicas e mitológicas, porque aprendo a aplicar todos meus talentos e habilidades, as quais me foram outorgados ou conferidos por Deus para ir a direção das maiores carências, dos maiores vazios, das maiores faltas dos mundos.
São Paulo - SP
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