Palavra do leitor
- 12 de outubro de 2024
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Oração não é nem conversa nem reza
"A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?" Salmos 42.2
Jesus nos ensinou claramente a não usarmos de repetições vãs. Quando uma repetição é vã?
Ele exemplificou: como fazem os gentios. Ou seja, como nós, os não judeus, fazemos.
Não conheço melhor exemplo para isso do que a reza. Já rezei muito em minha vida… todas as rezas foram repetições. Mas será que foram vãs?
Jesus nos deu mais um elemento: pois pensam que pelo muito falar serão ouvidos… Precisamente aqui está o ponto de inflexão. O objetivo da oração é ser por Deus ouvido.
Quando Jesus curou um cego de nascença, este cego, mais tarde, disse que Deus não ouve um pecador. Obviamente Jesus havia sido ouvido por Deus, pois o cego havia sido curado.
Quando Jesus ressuscita Lázaro ele ora dizendo que sabia que o Pai sempre lhe ouve. E isto deveria ser ouvido pelas pessoas (os judeus) ao redor de Jesus e do túmulo de Lázaro.
Na grande maioria das vezes, ouvir significa atender, pois na grande maioria das vezes estamos pedindo.
Mas Jesus nem sempre foi "ouvido", quero dizer, atendido. No jardim do Getsêmani, ele pediu que o cálice fosse dele afastado. E não foi. Mas Jesus muito sabiamente pediu que não fosse feita sua própria vontade, mas a do Pai.
Alguns afirmam que ali no Getsêmani está todo o cerne das questões humanas e divinas: a vontade. É ali que melhor vemos ilustradas as questões paradoxais do livre arbítrio versus soberania divina; e da trindade; e da divindade versus a humanidade do Cristo. Onde uma coisa termina e a outra começa. O mais legal é que mais do que teorias repetidas em muitas palavras escritas em livros ou ditas em salas de aula, esse drama estava encarnado em uma vida humana (e também divina).
No Getsêmani o Messias repete sua oração três vezes. Se bem que, na terceira vez, ele demonstra que ouvira e entendera algo, mudando assim, um pouco, suas palavras. A resposta imediata é o socorro celestial. Um anjo o consola. A prensa que esmaga a oliva para lhe extrair o óleo estava prestes a passar sobre nosso Senhor e lhe extrair gotas de sua essência, assim como, sua agonia lhe extraiu grandes gotas de suor que se converteram em sangue.
O autor de Hebreus nos assegurou que Jesus foi ouvido por aquele que o poderia livrar dos laços da morte. E essa é uma oração recorrente no antigo testamento, o livramento da morte. Está nos Salmos. Está no profeta Jonas e a vemos implicitamente quando Jacó luta com Deus.
Uma outra forma gentílica de vãs repetições é o mantra. Mas no mantra não há um receptor, não há a intenção de ser ouvido. Nesse aspecto se assemelha mais àquele fariseu que orava de si para si mesmo. O qual obviamente também não foi ouvido.
Mas orar também não é uma simples conversa. Não é um simples diálogo. Deus falou com Moisés face a face, mas Moisés não estava orando. Era Deus quem estava falando com Ele.
Temos que entender que ninguém viu a Deus. Nem mesmo Moisés. Se visse, morreria.
Temos uma promessa maravilhosa de que os limpos de coração verão a Deus. Felipe esteve frente a frente com o Pai e não o enxergava. Será que nossos corações estão limpos? Será que o meu coração está suficientemente limpo para eu também enxergar o Pai?
"Oh dia feliz, quando Jesus lavou meus pecados para fora!" "Sim nesse sangue lavado, mais alvo que a neve serei!"
Conversar com Deus não é orar. Orar não é conversar com Deus.
Há muitos falsos paradigmas que precisam ser urgentemente mudados em nossas igrejas.
Orar em nome de Jesus não é terminar toda oração com uma "fórmula mágica": "em nome de Jesus, amém ".
Repetir "mantras cristãos" também não é oração: não é o muito falar…
Oração é uma expressão sincera da alma humana em forma de palavras, que nem sempre são audíveis, em direção certeira aos ouvidos graciosos de um Deus bondoso e todo poderoso.
A oração não é uma conversa, pois é despretensiosa embora ousada. Ela é muitas vezes um apelo, não raramente um simples toque.
Envolve fé. Essencialmente é um ato de fé. Cujo objeto é um sujeito oculto, invisível, mas real.
Um dia certamente o veremos face a face. E como iremos reagir? Será que acharemos palavras? Será que ficaremos pasmados? Mudos?
Enquanto esse dia não chega, dobremos nossos joelhos em gratidão e oração diante do seu trono para alcançarmos misericórdia e graça.
Sim. Iremos repetir esse gesto várias vezes mas nunca em vão. Sempre de forma renovada e esperançosa, sabendo que aquele que prometeu é fiel para cumprir. E nosso prêmio, nosso galardão, está em suas mãos. Amém.
Jesus nos ensinou claramente a não usarmos de repetições vãs. Quando uma repetição é vã?
Ele exemplificou: como fazem os gentios. Ou seja, como nós, os não judeus, fazemos.
Não conheço melhor exemplo para isso do que a reza. Já rezei muito em minha vida… todas as rezas foram repetições. Mas será que foram vãs?
Jesus nos deu mais um elemento: pois pensam que pelo muito falar serão ouvidos… Precisamente aqui está o ponto de inflexão. O objetivo da oração é ser por Deus ouvido.
Quando Jesus curou um cego de nascença, este cego, mais tarde, disse que Deus não ouve um pecador. Obviamente Jesus havia sido ouvido por Deus, pois o cego havia sido curado.
Quando Jesus ressuscita Lázaro ele ora dizendo que sabia que o Pai sempre lhe ouve. E isto deveria ser ouvido pelas pessoas (os judeus) ao redor de Jesus e do túmulo de Lázaro.
Na grande maioria das vezes, ouvir significa atender, pois na grande maioria das vezes estamos pedindo.
Mas Jesus nem sempre foi "ouvido", quero dizer, atendido. No jardim do Getsêmani, ele pediu que o cálice fosse dele afastado. E não foi. Mas Jesus muito sabiamente pediu que não fosse feita sua própria vontade, mas a do Pai.
Alguns afirmam que ali no Getsêmani está todo o cerne das questões humanas e divinas: a vontade. É ali que melhor vemos ilustradas as questões paradoxais do livre arbítrio versus soberania divina; e da trindade; e da divindade versus a humanidade do Cristo. Onde uma coisa termina e a outra começa. O mais legal é que mais do que teorias repetidas em muitas palavras escritas em livros ou ditas em salas de aula, esse drama estava encarnado em uma vida humana (e também divina).
No Getsêmani o Messias repete sua oração três vezes. Se bem que, na terceira vez, ele demonstra que ouvira e entendera algo, mudando assim, um pouco, suas palavras. A resposta imediata é o socorro celestial. Um anjo o consola. A prensa que esmaga a oliva para lhe extrair o óleo estava prestes a passar sobre nosso Senhor e lhe extrair gotas de sua essência, assim como, sua agonia lhe extraiu grandes gotas de suor que se converteram em sangue.
O autor de Hebreus nos assegurou que Jesus foi ouvido por aquele que o poderia livrar dos laços da morte. E essa é uma oração recorrente no antigo testamento, o livramento da morte. Está nos Salmos. Está no profeta Jonas e a vemos implicitamente quando Jacó luta com Deus.
Uma outra forma gentílica de vãs repetições é o mantra. Mas no mantra não há um receptor, não há a intenção de ser ouvido. Nesse aspecto se assemelha mais àquele fariseu que orava de si para si mesmo. O qual obviamente também não foi ouvido.
Mas orar também não é uma simples conversa. Não é um simples diálogo. Deus falou com Moisés face a face, mas Moisés não estava orando. Era Deus quem estava falando com Ele.
Temos que entender que ninguém viu a Deus. Nem mesmo Moisés. Se visse, morreria.
Temos uma promessa maravilhosa de que os limpos de coração verão a Deus. Felipe esteve frente a frente com o Pai e não o enxergava. Será que nossos corações estão limpos? Será que o meu coração está suficientemente limpo para eu também enxergar o Pai?
"Oh dia feliz, quando Jesus lavou meus pecados para fora!" "Sim nesse sangue lavado, mais alvo que a neve serei!"
Conversar com Deus não é orar. Orar não é conversar com Deus.
Há muitos falsos paradigmas que precisam ser urgentemente mudados em nossas igrejas.
Orar em nome de Jesus não é terminar toda oração com uma "fórmula mágica": "em nome de Jesus, amém ".
Repetir "mantras cristãos" também não é oração: não é o muito falar…
Oração é uma expressão sincera da alma humana em forma de palavras, que nem sempre são audíveis, em direção certeira aos ouvidos graciosos de um Deus bondoso e todo poderoso.
A oração não é uma conversa, pois é despretensiosa embora ousada. Ela é muitas vezes um apelo, não raramente um simples toque.
Envolve fé. Essencialmente é um ato de fé. Cujo objeto é um sujeito oculto, invisível, mas real.
Um dia certamente o veremos face a face. E como iremos reagir? Será que acharemos palavras? Será que ficaremos pasmados? Mudos?
Enquanto esse dia não chega, dobremos nossos joelhos em gratidão e oração diante do seu trono para alcançarmos misericórdia e graça.
Sim. Iremos repetir esse gesto várias vezes mas nunca em vão. Sempre de forma renovada e esperançosa, sabendo que aquele que prometeu é fiel para cumprir. E nosso prêmio, nosso galardão, está em suas mãos. Amém.
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