Palavra do leitor
- 20 de maio de 2021
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Olha ela! “Ambiguidade”.
Dia desses inteirado do teor de uma vídeo aula universitária, chamou atenção a afirmação de que a ética é "ambígua". Entretanto, tal assertiva seria compatível com a etimologia do termo, ou teria sofrido tácita derivação etimológica com objetivos escusos? Estaria sendo ensinado ceticismo generalizado moldado no sistema cartesiano? Para evitar postura dogmática importa uma análise com base etimológica.
Segundo estudos, o termo ética provém do grego "êthos" com a letra grega [eta] inicial, e "éthos" com a letra [épsilon]. Em seu significado primeiro, designa residência, morada, lugar onde se habita. Neste sentido, denota caráter, padrão comportamental e intelectual que revela identidade intrínseca de um ser.
Disse alguém que ética tem como meta conduzir à realização pessoal, no objetivo que o ser humano, como tal, alcance a perfeição. Aqui importa observar como disse um escritor, que segundo a Bíblia, [humano] significa "Aquele que olha para seu Criador", o Qual é imutável. Portanto, não é possível alcançar este padrão sem que Deus seja o parâmetro. Neste caso, a forma para perfeição conduz a "êthos", que é sine qua non da mesma.
Considerando-se este sentido, não é exagero ponderar que divorciado deste protótipo não é possível ser, "humano" em sua verdadeira forma.
Estudos indicam que a reflexão grega neste campo surgiu como pesquisa sobre a natureza do bem moral, na busca de um "princípio absoluto" de conduta. Visto por este prisma é forçoso concluir que este [Absoluto] precisa necessariamente ser Deus, e Este manifestou-se em Cristo como a quinta-essência; Ético, Singular e Único. Sua humanidade trouxe à luz o padrão, a identidade original, a imagem e semelhança de Deus no humano.
Sócrates afirmou que a vida virtuosa depende do "conhecimento de si mesmo". O filósofo acreditava que através da razão era possível alcançar um ideal de vida ético. Era na verdade uma forma de tentar "solucionar" o problema do mal abstraindo-se da dimensão física. Afinal, sua filosofia concebia o mal na natureza, na matéria corruptível, e consequentemente no corpo físico. Portanto, bastava separar-se deste, para alcançar a "perfeição" no mundo das ideias.
Esse dilema filosófico descambou no pessimismo cético, e na perda da esperança, além de tacitamente fazer apologia da morte, visando "abreviar" o sofrimento, sem perceber que o eterniza, pois segundo o código divino o suicida parte para eternidade com a sobrecarga de um delito. Um tal evento afasta-se da virtude, do conhecimento de "si", e de igual forma da ética. Afinal, esta não pode furtar-se da forma original, que é o sine qua non para conhecimento de si, de Deus, e para desfrute da vida e felicidade eterna.
Tal desfecho deriva do fato que no dualismo filosófico grego, Deus e a criação permanecem separados, pelo fato que em sua concepção há uma "lacuna" entre O Eterno e o cosmos, de maneira que o mundo dos indivíduos, e do devir depende do "princípio eterno da matéria obscura", que tende para Deus como o imperfeito, para o que é Perfeito; assimilando em parte a racionalidade de Deus, porém "jamais" pode chegar a Ele porque d"Ele "não" deriva.
Como consequência, tal crença teorizando que Deus não criou o mundo, não se relaciona com ele, tampouco governa acreditava piamente que a humanidade era governada pelo destino, a saber; pela necessidade irracional. Sim! Pelo involuntário, afinal é o destino que "determina", e não o livre arbítrio que escolhe. Destarte, a alma é "vítima" coitada, escrava de mecanismos universais, como deuses irracionais porém motores, locomotivas incontroláveis. Este dilema reflete o ser, que afastou-se para longe das origens, para fora do telhado perdendo a imagem e semelhança divina, e deixando de ser êthos [original] escolhendo um simulacro [éthos], uma derivação, um afastamento sutil destrutivo; psicodélico.
Em síntese, é possível entender que Deus afirmou "êthos" quando disse: "Porque Eu, o Senhor, [não mudo]; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos" (Ml 3;6). Isso equivale afirmar que: se Deus afastar-se uma vírgula de sua forma, passa da perfeição para imperfeição, afinal, o que é perfeito, não comporta retoques, de maneira que, qualquer tentativa de mudar sua essência implica corrupção. Destarte, deixaria de ser Santo.
O Eterno também expressou "êthos" quando enfatizou: "Eu, eu sou o Senhor, e [fora] de mim não há Salvador" Is 43;11. Jesus falou exaustivamente sobre o tema, porém basta uma passagem para demonstrar a clareza de sentido: "Eu sou o caminho, a verdade a vida; ninguém vem ao Pai, [senão] por mim" Jo 14.6. O texto seguinte acentua: "Jesus Cristo é [o mesmo], ontem, hoje, e eternamente" Hb 13;8. Passagens como estas destoam da alegada "ambiguidade", justamente por sua distinção e clareza, afinal o duplo sentido é parente do relativismo, inimigo do Absoluto: Deus.
Portanto, êthos [ética] tem como fundamento a eternidade e como forma, a imutabilidade! Isso difere de ambiguidade.
Segundo estudos, o termo ética provém do grego "êthos" com a letra grega [eta] inicial, e "éthos" com a letra [épsilon]. Em seu significado primeiro, designa residência, morada, lugar onde se habita. Neste sentido, denota caráter, padrão comportamental e intelectual que revela identidade intrínseca de um ser.
Disse alguém que ética tem como meta conduzir à realização pessoal, no objetivo que o ser humano, como tal, alcance a perfeição. Aqui importa observar como disse um escritor, que segundo a Bíblia, [humano] significa "Aquele que olha para seu Criador", o Qual é imutável. Portanto, não é possível alcançar este padrão sem que Deus seja o parâmetro. Neste caso, a forma para perfeição conduz a "êthos", que é sine qua non da mesma.
Considerando-se este sentido, não é exagero ponderar que divorciado deste protótipo não é possível ser, "humano" em sua verdadeira forma.
Estudos indicam que a reflexão grega neste campo surgiu como pesquisa sobre a natureza do bem moral, na busca de um "princípio absoluto" de conduta. Visto por este prisma é forçoso concluir que este [Absoluto] precisa necessariamente ser Deus, e Este manifestou-se em Cristo como a quinta-essência; Ético, Singular e Único. Sua humanidade trouxe à luz o padrão, a identidade original, a imagem e semelhança de Deus no humano.
Sócrates afirmou que a vida virtuosa depende do "conhecimento de si mesmo". O filósofo acreditava que através da razão era possível alcançar um ideal de vida ético. Era na verdade uma forma de tentar "solucionar" o problema do mal abstraindo-se da dimensão física. Afinal, sua filosofia concebia o mal na natureza, na matéria corruptível, e consequentemente no corpo físico. Portanto, bastava separar-se deste, para alcançar a "perfeição" no mundo das ideias.
Esse dilema filosófico descambou no pessimismo cético, e na perda da esperança, além de tacitamente fazer apologia da morte, visando "abreviar" o sofrimento, sem perceber que o eterniza, pois segundo o código divino o suicida parte para eternidade com a sobrecarga de um delito. Um tal evento afasta-se da virtude, do conhecimento de "si", e de igual forma da ética. Afinal, esta não pode furtar-se da forma original, que é o sine qua non para conhecimento de si, de Deus, e para desfrute da vida e felicidade eterna.
Tal desfecho deriva do fato que no dualismo filosófico grego, Deus e a criação permanecem separados, pelo fato que em sua concepção há uma "lacuna" entre O Eterno e o cosmos, de maneira que o mundo dos indivíduos, e do devir depende do "princípio eterno da matéria obscura", que tende para Deus como o imperfeito, para o que é Perfeito; assimilando em parte a racionalidade de Deus, porém "jamais" pode chegar a Ele porque d"Ele "não" deriva.
Como consequência, tal crença teorizando que Deus não criou o mundo, não se relaciona com ele, tampouco governa acreditava piamente que a humanidade era governada pelo destino, a saber; pela necessidade irracional. Sim! Pelo involuntário, afinal é o destino que "determina", e não o livre arbítrio que escolhe. Destarte, a alma é "vítima" coitada, escrava de mecanismos universais, como deuses irracionais porém motores, locomotivas incontroláveis. Este dilema reflete o ser, que afastou-se para longe das origens, para fora do telhado perdendo a imagem e semelhança divina, e deixando de ser êthos [original] escolhendo um simulacro [éthos], uma derivação, um afastamento sutil destrutivo; psicodélico.
Em síntese, é possível entender que Deus afirmou "êthos" quando disse: "Porque Eu, o Senhor, [não mudo]; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos" (Ml 3;6). Isso equivale afirmar que: se Deus afastar-se uma vírgula de sua forma, passa da perfeição para imperfeição, afinal, o que é perfeito, não comporta retoques, de maneira que, qualquer tentativa de mudar sua essência implica corrupção. Destarte, deixaria de ser Santo.
O Eterno também expressou "êthos" quando enfatizou: "Eu, eu sou o Senhor, e [fora] de mim não há Salvador" Is 43;11. Jesus falou exaustivamente sobre o tema, porém basta uma passagem para demonstrar a clareza de sentido: "Eu sou o caminho, a verdade a vida; ninguém vem ao Pai, [senão] por mim" Jo 14.6. O texto seguinte acentua: "Jesus Cristo é [o mesmo], ontem, hoje, e eternamente" Hb 13;8. Passagens como estas destoam da alegada "ambiguidade", justamente por sua distinção e clareza, afinal o duplo sentido é parente do relativismo, inimigo do Absoluto: Deus.
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