Palavra do leitor
- 05 de outubro de 2012
- Visualizações: 1678
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
Oh, céus! Oh, vida!
Deus é o que me cinge de forças e aperfeiçoa o meu caminho. (Salmo 18)
Felicidade é a certeza de que nossa vida não está se passando inutilmente. (Érico Veríssimo)
Quando eu era criança, assistia a um desenho chamado Lippy e Hardy. Confesso que precisei ir a um site de buscas para recuperar o nome, pois não me lembrava mesmo, embora me recorde que o mesmo era produzido pelos estúdios Hanna-Barbera. Além disso, lembro-me também e perfeitamente de seus personagens: um leão, o Lippy, e a hiena, Hardy. O primeiro era um gênio esperto e criativo que vivia inventando “boas ideias” para que a dupla se desse bem. No entanto, a hiena, fisicamente sem graça e meio corcunda, era deveras pessimista, e a cada nova ideia trazida pelo amigo ela retrucava seu bordão: “Oh, céus! Oh, vida! Oh, azar! Isso não vai dar certo!”. Assim, talvez porque envolvidos no clima pessimista da hiena, os criativos planos realmente fracassavam.
Não sei se por influência do desenho ou não, minha mãe conta que eu, em criança, tinha um bordão parecido, que era usado numa situação bem específica. Meu pai, a muito custo, comprou um carro. Mas não era um carro novo, era usado e muito velho, e isso causava vários problemas. Na época, éramos cinco filhos, e eu, a caçula, chorava quando precisava entrar no veículo, resmungando: “Essa pocalia não vai pegar! Essa pocalia não vai pegar!”, bem assim, conta a mamãe, em meu singelo vocabulário infantil. Minha mãe me forçava, claro, e eu entrava no carro, ainda chorosa. Diversas vezes minha profecia se cumpria e o carro, ou não pegava e todos tínhamos de descer e ir a pé para a igreja, ou pegava até um certo ponto e depois morria, o que também nos fazia ir a pé para a igreja.
Que bom que nossos pés nunca falharam e sempre conseguiam nos conduzir ao destino!
Há muita gente pessimista à nossa volta, diversas Hardys prontas a avançar sobre nossos ouvidos e coração com mensagens de desânimo, pessimismo e descrença em si, no outro, na vida. E é muitíssimo fácil concordar com essas hienas. Já reparou como é mais simples valorizar o que se faz de errado? Uma canção gospel já de algum tempo dizia “ninguém vê, ninguém vê, pode ser consagrado, ser abençoado, mas ninguém vê...” e a letra seguia apontando várias coisas boas que ninguém é capaz de ver, ao passo que, se algo dá errado, todos rapidamente percebem. É mais ou menos assim que o mundo age. É mais ou menos assim que a gente age, percebendo ou não.
Entretanto, temos a escolha de continuar agindo como Hardy ou passar a adotar uma atitude mais animada, que demonstre confiança, disposição e gratidão. Ambos os caminhos sempre estão postos diante de nós. Mas é certo também que nem sempre sabemos que caminho escolher e ficamos remoendo a angústia da dúvida e da indecisão. Quer saber? A verdade é que não conseguimos escolher sozinhos.
Precisamos buscar auxílio para as respostas em Alguém que seja maior do que nós e que tenha pensamentos maiores que os nossos, para que Ele nos oriente a fazer a escolha correta e possamos, enfim, prosseguir com o coração mais feliz e em paz. Sei que você já suspeita, e confirmo: sem Deus, que é quem nos fortalece e aperfeiçoa nosso caminhar, caminhamos mal e, ao olhar para trás, temos a nítida certeza de que nossa vida se passou inutilmente. Se isso acontece, e se o poeta está certo, uma vida assim não será feliz.
“Oh, céus! Oh, vida!” pode ser uma sentença trágica ou pode virar, em nossos lábios, uma canção de louvor. Experimentemos repeti-la com outra entonação, com os ombros aprumados e um sorriso nos lábios. Mas não basta mudar a atitude exterior, pois mudanças de fora para dentro não passam de aparência. Para que haja sincera confiança, o sentido precisa ser inverso, de dentro para fora.
A felicidade na vida é uma verdade quando se confia a Deus cada passo que damos.
Felicidade é a certeza de que nossa vida não está se passando inutilmente. (Érico Veríssimo)
Quando eu era criança, assistia a um desenho chamado Lippy e Hardy. Confesso que precisei ir a um site de buscas para recuperar o nome, pois não me lembrava mesmo, embora me recorde que o mesmo era produzido pelos estúdios Hanna-Barbera. Além disso, lembro-me também e perfeitamente de seus personagens: um leão, o Lippy, e a hiena, Hardy. O primeiro era um gênio esperto e criativo que vivia inventando “boas ideias” para que a dupla se desse bem. No entanto, a hiena, fisicamente sem graça e meio corcunda, era deveras pessimista, e a cada nova ideia trazida pelo amigo ela retrucava seu bordão: “Oh, céus! Oh, vida! Oh, azar! Isso não vai dar certo!”. Assim, talvez porque envolvidos no clima pessimista da hiena, os criativos planos realmente fracassavam.
Não sei se por influência do desenho ou não, minha mãe conta que eu, em criança, tinha um bordão parecido, que era usado numa situação bem específica. Meu pai, a muito custo, comprou um carro. Mas não era um carro novo, era usado e muito velho, e isso causava vários problemas. Na época, éramos cinco filhos, e eu, a caçula, chorava quando precisava entrar no veículo, resmungando: “Essa pocalia não vai pegar! Essa pocalia não vai pegar!”, bem assim, conta a mamãe, em meu singelo vocabulário infantil. Minha mãe me forçava, claro, e eu entrava no carro, ainda chorosa. Diversas vezes minha profecia se cumpria e o carro, ou não pegava e todos tínhamos de descer e ir a pé para a igreja, ou pegava até um certo ponto e depois morria, o que também nos fazia ir a pé para a igreja.
Que bom que nossos pés nunca falharam e sempre conseguiam nos conduzir ao destino!
Há muita gente pessimista à nossa volta, diversas Hardys prontas a avançar sobre nossos ouvidos e coração com mensagens de desânimo, pessimismo e descrença em si, no outro, na vida. E é muitíssimo fácil concordar com essas hienas. Já reparou como é mais simples valorizar o que se faz de errado? Uma canção gospel já de algum tempo dizia “ninguém vê, ninguém vê, pode ser consagrado, ser abençoado, mas ninguém vê...” e a letra seguia apontando várias coisas boas que ninguém é capaz de ver, ao passo que, se algo dá errado, todos rapidamente percebem. É mais ou menos assim que o mundo age. É mais ou menos assim que a gente age, percebendo ou não.
Entretanto, temos a escolha de continuar agindo como Hardy ou passar a adotar uma atitude mais animada, que demonstre confiança, disposição e gratidão. Ambos os caminhos sempre estão postos diante de nós. Mas é certo também que nem sempre sabemos que caminho escolher e ficamos remoendo a angústia da dúvida e da indecisão. Quer saber? A verdade é que não conseguimos escolher sozinhos.
Precisamos buscar auxílio para as respostas em Alguém que seja maior do que nós e que tenha pensamentos maiores que os nossos, para que Ele nos oriente a fazer a escolha correta e possamos, enfim, prosseguir com o coração mais feliz e em paz. Sei que você já suspeita, e confirmo: sem Deus, que é quem nos fortalece e aperfeiçoa nosso caminhar, caminhamos mal e, ao olhar para trás, temos a nítida certeza de que nossa vida se passou inutilmente. Se isso acontece, e se o poeta está certo, uma vida assim não será feliz.
“Oh, céus! Oh, vida!” pode ser uma sentença trágica ou pode virar, em nossos lábios, uma canção de louvor. Experimentemos repeti-la com outra entonação, com os ombros aprumados e um sorriso nos lábios. Mas não basta mudar a atitude exterior, pois mudanças de fora para dentro não passam de aparência. Para que haja sincera confiança, o sentido precisa ser inverso, de dentro para fora.
A felicidade na vida é uma verdade quando se confia a Deus cada passo que damos.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 05 de outubro de 2012
- Visualizações: 1678
- comente!
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- A democracia [geográfica] da dor!
- O cristão morre?
- Só a Fé, sim (só a Escolha, não)
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade (parte 2)
- Não nos iludamos, animal é animal!
- Amor, compaixão, perdas, respeito!
- Até aqui ele não me deixou
- O soldado rendido
- O verdadeiro "salto da fé"!
- E quando a profecia te deixa confuso?