Palavra do leitor
- 30 de abril de 2020
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Obediência simples
As palavras de Jesus geraram grande admiração às pessoas que ouviram os seus ensinamentos no sermão do monte (Mt 5-7, Lc 6.17-49). Os ensinos de Cristo eram transformadores, eles iam de encontro com alguns conceitos equivocados do sistema religioso daquela época, o que automaticamente incentivava uma mudança na sociedade daquele contexto. Além disso, Jesus ensinava não a partir da autoridade de algum outro homem, mas sua autoridade era divina, sendo um com o Pai (Jo 10.30), ele falava com grande propriedade para os que o ouviam.
Embora o relato destaque a admiração dos ouvintes, infelizmente, não encontramos o registro de que toda essa admiração redundou em um ato de obediência e submissão à Palavra. Pelo contrário, alguns que acompanhavam Jesus no início, mais tarde se afastaram dele (Jo 6.2-66). Outros chegaram a até mesmo desejar a sua crucificação (Lc 23.21), preferindo libertar um bandido a livrar alguém que havia sido acusado de maneira injusta (Lc 23.22-25).
Hoje não nos faltam recursos para ouvir a palavra de Deus. Ela é expressa de forma cantada, pregada, lida, encenada e etc. É inquestionável a tamanha relevância que todas essas transformações trouxeram para os dias atuais. O convite que nos é feito a partir disso é: o que faremos ao receber a palavra em suas diferentes formas de ser apresentada? Um encanto com o formato ou uma admiração com o conteúdo são importantes, mas pouco funcionais caso não nos levem a incorporar a palavra em nossa maneira de viver.
No último ensinamento do sermão do monte Jesus ensina que aquele que ouve a palavra e não a coloca em prática é semelhante a um homem que constrói sua casa sobre a areia (Mt 7.25-26). Embora o alicerce seja externamente imperceptível, quando as provas da vida vierem, elas mostrarão aquilo que aos olhos poderia ser difícil de perceber: não havia fundamento sólido para manter a casa, restando apenas uma grande ruína. A admiração, os adornos e a beleza pouco valeram para manter de pé a vida que se edificou em estruturas falíveis.
O pastor de origem alemã Dietriech Bonhoeffer dizia que "é exatamente na obediência que se dá a promessa da comunhão com Jesus." Sem comunhão corremos o risco de não perceber o trabalho de Deus nesse mundo. Ele continua trabalhando em nós e através de nós (Jo 5.17). Se nossos olhos não estiverem abertos, há o risco de sairmos de toda essa pandemia sem fazer parte da obra que Deus está fazendo em nossa família, em nossa forma de trabalho, em nossa maneira de ser igreja, em nossa organização enquanto sociedade. Pior do que isso: sem obediência e comunhão dificilmente conseguiremos ver o cumprimento de suas promessas eternas ao seu povo dizendo: "... eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28.20), "...nunca o deixarei, nunca o abandonarei." (Hb 13.5), "...o Senhor sustém os justos."(Sl 37.18).
Embora o relato destaque a admiração dos ouvintes, infelizmente, não encontramos o registro de que toda essa admiração redundou em um ato de obediência e submissão à Palavra. Pelo contrário, alguns que acompanhavam Jesus no início, mais tarde se afastaram dele (Jo 6.2-66). Outros chegaram a até mesmo desejar a sua crucificação (Lc 23.21), preferindo libertar um bandido a livrar alguém que havia sido acusado de maneira injusta (Lc 23.22-25).
Hoje não nos faltam recursos para ouvir a palavra de Deus. Ela é expressa de forma cantada, pregada, lida, encenada e etc. É inquestionável a tamanha relevância que todas essas transformações trouxeram para os dias atuais. O convite que nos é feito a partir disso é: o que faremos ao receber a palavra em suas diferentes formas de ser apresentada? Um encanto com o formato ou uma admiração com o conteúdo são importantes, mas pouco funcionais caso não nos levem a incorporar a palavra em nossa maneira de viver.
No último ensinamento do sermão do monte Jesus ensina que aquele que ouve a palavra e não a coloca em prática é semelhante a um homem que constrói sua casa sobre a areia (Mt 7.25-26). Embora o alicerce seja externamente imperceptível, quando as provas da vida vierem, elas mostrarão aquilo que aos olhos poderia ser difícil de perceber: não havia fundamento sólido para manter a casa, restando apenas uma grande ruína. A admiração, os adornos e a beleza pouco valeram para manter de pé a vida que se edificou em estruturas falíveis.
O pastor de origem alemã Dietriech Bonhoeffer dizia que "é exatamente na obediência que se dá a promessa da comunhão com Jesus." Sem comunhão corremos o risco de não perceber o trabalho de Deus nesse mundo. Ele continua trabalhando em nós e através de nós (Jo 5.17). Se nossos olhos não estiverem abertos, há o risco de sairmos de toda essa pandemia sem fazer parte da obra que Deus está fazendo em nossa família, em nossa forma de trabalho, em nossa maneira de ser igreja, em nossa organização enquanto sociedade. Pior do que isso: sem obediência e comunhão dificilmente conseguiremos ver o cumprimento de suas promessas eternas ao seu povo dizendo: "... eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28.20), "...nunca o deixarei, nunca o abandonarei." (Hb 13.5), "...o Senhor sustém os justos."(Sl 37.18).
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